Com o recorde de medalhas já igualado, 19 no total, o objetivo agora do Brasil no quadro geral é superar os sete ouros obtidos na Rio 2016. Até o momento são quatro, e o país tem cinco grandes chances de título: vôlei feminino, Beatriz Ferreira e Hebert Conceição (boxe), Isaquias Queiroz (canoagem) e futebol masculino. Ainda há chances, correndo por fora, no hipismo e na marcha atlética.
São cinco chances reais de medalhas de ouro. Quando se tem cinco boas chances de ouro, é muito difícil conseguir conquistar todas. Imagino que o país conquiste mais dois ou três, e ao menos iguale o recorde. Passar o recorde é algo muito difícil, mas é claro que é possível.
Beatriz Ferreira é favorita ao ouro na categoria até 60kg. Venceu suas três lutas até agora e a final é contra a irlandesa Kellie Harrington. Bia foi campeã mundial em 2019, um torneio que Kellie não esteve presente. Em 2018, título mundial d Harrington, quando Beatriz caiu nas oitavas de final.
O vôlei feminino, que chegou como candidato ao pódio, mas considerado um patamar abaixo de Sérvia, EUA, China e Itália, embalou e está com boas chances de ouro. A semifinal, na teoria, é mais tranquila, contra a Coreia. A hipotética decisão seria contra EUA ou Sérvia.
Tandara Brasil Rússia vôlei feminino Olimpíadas Tóquio — Foto: Toru Hanai/Getty Images
O futebol masculino faz a final contra a Espanha, país que trouxe seis jogadores que estavam na Eurocopa. É um jogo equilibrado, o Brasil passou com mais facilidade pelos rivais até a decisão, mas o elenco da Espanha, no papel, é melhor.
Mordido após o quarto lugar na prova de duplas, Isaquias tem alguns grandes rivais pelo ouro na prova do C1 1000m. Isaquias Queiroz é o atual campeão mundial, Sebastian Brendell o atual bicampeão olímpico, Conrad-Robin Scheibner, campeão da Copa do Mundo, além de dois cubanos e do tcheco Marin Fuksa.
Hebert Conceição, da categoria até 75kg, chegou como candidato ao pódio, venceu três lutas importantes e vai tentar o ouro. Irá enfrentar o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, que tem um currículo melhor que o do brasileiro, mas Hebert lutou claramente melhor nesta Olimpíadas. (Guilherme Costa/Globo Esporte)