O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, ainda não assumirão como interventores na Confederação Brasileira de Futebol. Nesta segunda-feira, a CBF conseguiu efeito suspensivo para a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que nomeou a dupla para o comando da entidade.
A suspensão, inclusive, veio quando Landim e Carneiro Bastos já se descolocavam, acompanhados de oficial de justiça, rumo à sede da confederação, no Rio de Janeiro. Foi já no local que ficaram sabendo do recurso obtido pela CBF.
A dupla de dirigentes foi nomeada em decisão de 1ª instância do Juiz Mário Cunha Filho e assinaram o termo aceitando a condição de interventores na manhã desta segunda, na 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca. Assim, eles poderiam começar imediatamente os trabalhos no comando da confederação.
A CBF tentava recorrer da decisão desde a última semana. Agora, o Ministério Público recorrerá para tentar reverter a “vitória” parcial da confederação.
“Entendo que presente elementos indicadores do risco de iminente dano irreparável e da irreversibilidade da liminar dada na sentença, porque o ilustre magistrado determinou intervenção na confederação de futebol, contrariando frontalmente a Lei Pelé, quando nomeou cidadão que dirigente importante time carioca, em violação ao art. 90 da norma de regência”, diz trecho da decisão do desembargador Luiz Umpierre de Mello Serra, da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça.
Antes do efeito suspensivo, Landim e Carneiro Bastos obtiveram aval da Justiça para demitir membros da atual diretoria ou indicar um novo presidente interino para a entidade, por exemplo.
A decisão da Justiça que nomeou Landim e Carneiro Bastos como interventores na CBF anulou a Assembleia Geral da entidade que mudou a forma de votação para a presidência. Assim, a eleição de Rogério Caboclo, em 2018, foi anulada.
Como interventores no comando da CBF, os presidentes de Flamengo e da FPF têm 30 dias para convocar novas eleições para a confederação, nas quais não poderão concorrer.
Caboclo já estava afastado da presidência da CBF por decisão do Comitê de Ética da entidade, depois das acusações de assédio moral e sexual feitas por uma funcionária da confederação. Coronel Nunes, um dos vices eleitos, havia assumido. (ESPN)