Atual campeão do salto com vara, Thiago Braz está na final da prova nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na noite desta sexta (manhã de sábado no Japão), o paulista fez 5,75m de marca na eliminatória, avançando à decisão, que acontece na terça-feira a partir das 7h20 (de Brasília). Na mesma prova, o também brasileiro Augusto Dutra não conseguiu se classificar ao falhar nas três tentativas para 5,75m. Ele terminou em oitavo no grupo A com 5,65m de marca.

Favorito ao ouro, o sueco Armand Duplantis avançou como terceiro colocado do grupo B com os mesmos 5,75m do líder da chave, o alemão Bo Kanda Baehre. Já no grupo A, quem passou em primeiro foi o americano KC Lightfoot, também com 5,75m. Serão 12 saltadores competindo na final.

– Graças a Deus passei à final. Tive um dia difícil, porque tive câimbra nas duas panturrilhas e aguentei mesmo assim. Desejo ter uma boa participação na final, fazer ótimos saltos e esperar por boas notas – disse Thiago Braz.

Augusto Dutra abriu a sua série no grupo A passando fácil por 5,30m. Já Thiago Braz, que estava no grupo B, falhou em seu primeiro salto, quando o sarrafo já estava em 5,50m. O campeão olímpico só conseguiu superar os 5,50m em sua segunda tentativa. Já Augusto não teve problemas para saltar 5,50m logo em seu primeiro salto.

O sarrafo seguiu subindo, e Thiago passou dos 5,65m com facilidade. Augusto, por sua vez, superou 5,65m na segunda tentativa. Com a barra em 5,75m, Thiago acertou o seu segundo salto, garantindo-se na final com a quinta colocação do grupo B. Já Augusto falhou nos seus três saltos, despedindo-se da competição.

Augusto Dutra começou bem, mas não avançou à final — Foto: Aleksandra Szmigiel/Reuters

Augusto Dutra começou bem, mas não avançou à final — Foto: Aleksandra Szmigiel/Reuters

– Foi uma participação melhor que a da Rio 2016. Eu estava indo muito bem até cometer alguns erros nos últimos saltos. Nos detalhes, eu acabei caindo em cima do sarrafo. É um detalhe que faz a gente sofrer. Acontece, tanto que na última Olimpíada o Thiago quase não foi à final e terminou campeão – disse Augusto.

Thiago Braz teve 5,75m de marca — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Thiago Braz teve 5,75m de marca — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Izabela da Silva vai à final no disco

O Brasil terá uma representante na final do lançamento de disco feminino na segunda-feira, às 8h. Competindo no grupo B, Izabela da Silva fez 61,52m avançando com a nona colocação da chave. Ainda no grupo B, Andressa de Morais fez 58,90m e terminou em 13°. Ela não passou à final. Situação semelhante viveu Fernanda Borges, que cravou 57,90m e ficou em oitavo no grupo A. Ao passar pela zona mista, Izabela da Silva revelou mais um motivo para tamanha felicidade.

– É a minha estreia na Olimpíada e eu consegui a classificação. Vai ser muito especial, ainda mais porque a final vai ser no dia do meu aniversário – contou a lançadora.

Izabela da Silva se classificou para a final — Foto: REUTERS/Dylan Martinez

Izabela da Silva se classificou para a final — Foto: REUTERS/Dylan Martinez

Nos 400m com barreira feminino, a brasileira Chayenne Silva ficou na oitava e última colocação da sua bateria com o tempo de 57.55. Foi a estreia olímpica da atleta de 21 anos, que se despediu da Olimpíada de Tóquio logo na eliminatória.

Chayenne da Silva fica na 8ª posição do 400m com barreiras

Chayenne da Silva fica na 8ª posição do 400m com barreiras

Chayenne da Silva já foca nos próximos jogos: "Em 2024 vou estar com outra cabeça"

– Particularmente foi um tempo muito alto. Vim para a Olimpíada para baixar o meu tempo e não foi possível. Minha meta é Paris 2024. Aqui é tudo muito novo, o ambiente, os atletas e a falta da minha treinadora. Quero estar brigando na ponta daqui a três anos – disse Chayenne.

Nos 800m masculino, Thiago do Rosário André também ficou na última colocação da sua bateria não avançando ao fazer 1min47s75. Ao deixar a competição, o meio-fundista lamentou as condições de treinamento impostas pela pandemia.

Thiago André tenta acompanhar o pelotão de frente nos 800m  — Foto: Phil Noble/Reuters

Thiago André tenta acompanhar o pelotão de frente nos 800m — Foto: Phil Noble/Reuters

– Os últimos quatro meses foram muito complicados. A gente queria ter realizado mais treinos na Europa, mas não conseguimos. É a minha segunda Olimpíada e eu espero estar melhor na terceira – comentou o atleta natural de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Por fim, Ketiley Batista disputou a bateria 4 da eliminatória dos 100m com barreiras e terminou na sétima colocação com o tempo de 13s40.A velocista gostou do seu desempenho apesar da eliminação.

– O objetivo aqui era fazer o meu melhor resultado, abaixo de 13.00. Estar participando de uma Olimpíada já é um grande feito, estou feliz por estar aqui e saio contente com a minha participação – afirmou Ketiley. (Globo Esporte)