Ao se acostumar ao topo, a cobrança é inevitável. Quando a bola subir pela primeira vez na Arena Ariake, nos dois naipes, o Brasil jogará suas chances sobre a mesa mais uma vez como favorito. Nas Olimpíadas de Tóquio, o país terá no vôlei, mais uma vez, uma de suas maiores esperanças de medalhas na competição. No masculino, o time de Renan Dal Zotto tentará o quarto ouro olímpico, o segundo em sequência. No feminino, a seleção de José Roberto Guimarães terá a chance de retomar o alto do pódio em busca do tri. Neste guia, o ge apresenta todos os detalhes sobre a disputa no Japão.

A seleção masculina chega a Tóquio como a principal candidata ao título. Com um dos melhores elencos do mundo, os atuais campeões olímpicos mostraram força ao levarem o troféu na Liga das Nações no último mês. Por outro lado, ainda que apareça menos cotado nas apostas, o time feminino também está na briga.

A seleção de Renan Dal Zotto entra em quadra nesta sexta, contra a Tunísia, às 23h05. O time de Zé Roberto, por sua vez, encara a Coreia do Sul na estreia, no domingo, às 21h05. Confira tudo o que você precisa saber sobre o vôlei nas Olimpíadas de Tóquio.

A SELEÇÃO MASCULINA

Brasil campeão da Liga das Nações - Divulgação/FIVB
Brasil campeão da Liga das Nações – Divulgação/FIVB

A equipe de Renan Dal Zotto chega a Tóquio como a grande favorita ao ouro. Após manter a base campeã olímpica e buscar novos nomes para fortalecer ainda mais o time, o técnico montou, talvez, o melhor grupo do vôlei mundial. Liderado por Bruninho, Lucarelli e Leal, o Brasil terá a missão de traduzir sua força em mais uma conquista olímpica. No último desafio antes das Olimpíadas, saiu da fila e conquistou a Liga das Nações pela primeira vez.

Time base: Bruninho, Wallace, Lucão, Maurício Souza, Leal e Lucarelli. Líbero: Thales.
Reservas: Cachopa, Alan, Isac, Douglas Souza e Maurício Borges.

Olho nele! - Divulgação/FIVB

A SELEÇÃO FEMININA

Seleção de vôlei feminina do Brasil - Divulgação/FIVB
Seleção de vôlei feminina do Brasil – Divulgação/FIVB

O favoritismo, é verdade, está em outras mãos. Mas quem disse que não dá para sonhar com o tricampeonato olímpico? Depois de um ciclo conturbado, Zé Roberto viu a seleção crescer durante a última Liga das Nações. Ao cair apenas na final, para a forte equipe dos Estados Unidos, o Brasil mostrou ter chances de brigar mais uma vez pelo pódio nas Olimpíadas de Tóquio. Enquanto ainda busca o melhor ritmo para o time, o técnico deixa a pressão para os rivais na luta para conquistar mais uma medalha.

Time base: Macris, Tandara, Carol Gattaz, Carol, Gabi e Natália. Líbero: Camila Brait.
Reservas: Roberta, Rosamaria, Bia, Fê Garay e Ana Cristina.

Olho nela! - Divulgação

OS GRUPOS E O FORMATO DE DISPUTA

Nos dois naipes, as 12 seleções são divididas em dois grupos, com seis em cada. Os quatro melhores de cada chave se classificam para as quartas de finais. A partir daí, é mata-mata rumo à decisão.

No masculino, o Brasil está no Grupo B, o mais difícil da disputa. Além da Tunísia, rival da estreia, também vai encarar a Rússia (que jogará como ROC por conta da punição por esquema de doping), França, Argentina e Estados Unidos. Na outra chave, Japão, Polônia, Itália, Venezuela, Canadá e Irã.

No feminino, a seleção brasileira está no Grupo A, em um caminho teoricamente um pouco mais tranquilo na fase de classificação. Além da Coreia do Sul, rival da estreia, o Brasil encara Japão, Sérvia, República Dominicana e Quênia. Na outra chave estão China, EUA, Rússia, Itália, Argentina e Turquia.

VOLTA POR CIMA

Foram 36 dias no hospital, cerca de 480 horas intubado e 26 quilos perdidos no caminho. Renan Dal Zotto, técnico da seleção masculina de vôlei, ficou mais de um mês internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, no Rio de Janeiro. A primeira dose da vacina, todo o seu passado de atleta e mesmo a boa forma física que mantém até hoje não impediram que a infecção por coronavírus o deixasse em risco. O técnico, porém, venceu a batalha, conseguiu se recuperar e estará à beira da quadra durante os Jogos.

Renan Dal Zotto, em treino da seleção em Tóquio - Miriam Jeske/COB
Renan Dal Zotto, em treino da seleção em Tóquio – Miriam Jeske/COB

O SONHO DE ZÉ

A ideia, lá atrás, era se despedir da melhor forma possível, com uma medalha em casa. A China, porém, entrou pelo caminho, e José Roberto Guimarães viu seus planos ruírem nas Olimpíadas do Rio. Ele ficou, recomeçou e, agora, tenta retomar seu lugar no pódio olímpico. Único brasileiro com três ouros em Jogos, o técnico sabe que a missão não será das mais fáceis. Ainda assim, confia na evolução do grupo para brigar por um bom resultado em Tóquio.

José Roberto Guimarães em treino no Japão - Divulgação/COB
José Roberto Guimarães em treino no Japão – Divulgação/COB

OS MAIORES RIVAIS

Masculino: O grande rival do Brasil é a Polônia. Liderados por Leon, Kurek e Kubiak, os tricampeões mundiais tentam sair da fila e voltar a ganhar um ouro olímpico – têm apenas um, em 1976, nos Jogos de Montreal. Eles, porém, não serão os únicos. A França, do astro Earvin Ngapeth, também tenta se recuperar do péssimo desempenho no Rio, em 2016. Além deles, a Rússia, desfalcada do gigante Dmitriy Muserskiy, machucado, e os Estados Unidos, de Matt Anderson, também brigam por um lugar no pódio.

Brasil venceu a Polônia na final da Liga das Nações - Divulgação
Brasil venceu a Polônia na final da Liga das Nações – Divulgação

Feminino: O Brasil terá um caminho mais complicado no feminino. Hoje, a seleção aparece como a quinta força do vôlei mundial. China, de Ting Zhu, e Estados Unidos, com o melhor elenco da atualidade, são as duas seleções favoritas ao ouro. Logo atrás, a Sérvia, atual campeã mundial, e a Itália, de Paola Egonu, melhor jogadora do mundo. Uma boa primeira fase e uma dose de sorte no chaveamento, porém, pode clarear o caminho para a seleção de Zé Roberto.

Paola Egonu é encarada como melhor jogadora da atualidade - Divulgação
Paola Egonu é encarada como melhor jogadora da atualidade – Divulgação

A ARENA

Construída para as Olimpíadas de Tóquio, a Arena Ariake tem capacidade para 15.000 pessoas. Por conta da pandemia, porém, terá as arquibancadas vazias. O belo ginásio, porém, já está pronto para receber as estrelas do vôlei mudial em busca do pódio olímpico.

A sede é localizada em um dos principais polos de competições em Tóquio. Ariake é um distrito de Koto e abriga, também, as arenas da ginástica, do BMX, do skate e do tênis.

Ensaio para a estreia dos Jogos na Arena Ariake - Getty Images
Ensaio para a estreia dos Jogos na Arena Ariake – Getty Images

A TABELA MASCULINA

Torneio masculino

Primeira fase
23/07 (sexta) – 23h05 – Brasil x Tunísia
26/07 (segunda) – 09h45 – Brasil x Argentina
28/07 (quarta) – 09h45 – Brasil x Rússia
29/07 (quinta) – 23h05 – Brasil x EUA
31/07 (sábado) 23h05 – Brasil x França

Quartas de final
02/08 (segunda) – 21h – confronto a definir
03/08 (terça) – 01h – confronto a definir
03/08 (terça) – 05h – confronto a definir
03/08 (terça) – 09h30 – confronto a definir

Semifinal
05/08 (quinta) – 01h – confronto a definir
05/08 (quinta) – 05h – confronto a definir

Disputa do 3° lugar
07/08 (sábado) – 01h30 – confronto a definir

Final
07/08 (sábado) – 09h15 – confronto a definir

A TABELA FEMININA

Torneio feminino

Primeira fase
25/07 (domingo) – 09h45 – Brasil x Coreia do Sul
27/07 (terça) – 07h40 – Brasil x República Dominicana
29/07 (quinta) – 07h40 – Brasil x Japão
31/07 (sábado) – 04h25 – Brasil x Sérvia
02/08 (segunda) – 09h45 – Brasil x Quênia

Quartas de final
03/08 (terça) – 21h – confronto a definir
04/08 (quarta) – 1h – confronto a definir
04/08 (quarta) – 5h – confronto a definir
04/08 (quarta) – 9h30 – confronto a definir

Semifinal
06/08 (sexta) – 1h – confronto a definir
06/08 (sexta) – 9h – confronto a definir

Disputa do bronze
07/08 (sábado) – 21h – confronto a definir

Final
08/08 (domingo) – 01h30 – confronto a definir

(GE)