Moradores de Sinop, a 509 quilômetros ao norte de Cuiabá, fizeram um protesto contra o alto índice de feminicídio no estado, nessa quinta-feira. Os manifestantes que são voluntários da Rede de Enfrentamento da violência contra a mulher fizeram um ato em frente ao cemitério municipal, durante o enterro de Francinete Silva dos Santos, de 32 anos.
Francinete foi morta com golpes de marreta e tijoladas na região da cabeça, além de ser encontrada com uma corda enrolada nos braços. Ela chegou a ser socorrida e passou três dias internada.
O suspeito que estava foragido foi preso a 60 km de Sinop, na BR-163, na quarta-feira (14).
Feminicídio em Mato Grosso
O 15° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta Mato Grosso com a maior taxa de feminicídio. De todos os homicídios de mulheres registrados no estado, 59,6% são classificados como feminicídio.
Em 2019, foram registrados 39 casos de feminicídio no estado e, no ano passado, 62 casos. Esse número quase dobrou em um ano.
Além disso, a taxa de feminicídio para cada 100 mil mulheres no estado é de 3,6, enquanto que no país é de 1,2 para cada 100 mil mulheres, muito acima da média nacional.
Em Sinop, o projeto Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar com apoio da prefeitura do município ajuda essas mulheres a denunciarem esses agressores.