Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega para a rodada #7 do Brasileirão comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando, considerando também as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 75.665 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.105 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para entender a produtividade atual de cada equipe.

Para esta edição do Brasileirão, o desempenho de um jogador passa a ser comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e passamos também a considerar o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fluminense

 

  • Duas defesas sólidas. A do Fluminense é a mandante mais resistente no Brasileirão: em três jogos, sofreu um gol em 37 finalizações; a do Athletico-PR é a segunda visitante mais resistente: em três jogos, sofreu 41 finalizações e levou dois gols. Ambas já vêm assim no bimestre todo, a paranaense com o melhor desempenho visitante, apenas cinco gols sofridos em dez partidas, sem levar gol em seis desses jogos, e a carioca com seis gols sofridos em casa, mas três de pênalti e só mais três em oito jogos. No ataque, sem contar pênaltis e faltas diretas, o Athletico-PR fez pelo alto cinco dos últimos sete gols, e sofreu quatro dos últimos sete. O Fluminense marcou os últimos quatro gols pelo alto e levou assim só três dos últimos dez gols.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fortaleza

 

  • Uma partida com alto potencial para gol aéreo do Fortaleza, que tem a quarta maior média de gols pelo alto entre os mandantes (1,22 por jogo) e a sétima influência aérea ofensiva (50%). Entre os visitantes, a Chapecoense tem a pior média de gols aéreos sofridos (1,13 por jogo) e a sexta maior influência aérea defensiva (60%) sem contar pênaltis e faltas diretas. A Chapecoense não vence há sete jogos e só ganhou um dos últimos 12 (6 E, 5 D). O Fortaleza já sofreu 22 finalizações em contra-ataques neste Brasileirão, a pior marca, mas só um virou gol. A Chapecoense já sofreu 17, segundo pior desempenho, e levou dois gols. Não será surpresa se sair gol de contragolpe na partida porque o Fortaleza já fez dois, e a Chapecoense, um.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Internacional

 

  • O Palmeiras venceu um (em 2016) de 13 confrontos com este mando pela Série A de 2006 para cá. O Inter coloca muita energia nessa disputa e venceu sete. No Brasileirão, em três jogos em casa, o Inter levou quatro gols em 27 finalizações, e a média de um gol a cada 6,8 finalizações é a terceira pior entre os mandantes. O Palmeiras vem no bimestre como o segundo melhor visitante, sem levar gol em sete de 11 jogos fora de casa, mas neste início de Brasileirão teve queda de rendimento, com uma vitória e duas derrotas fora. O Internacional, por sua vez, está como o pior mandante dos últimos dois meses e em três jogos em casa no Brasileirão, ainda não venceu. Dos últimos nove gols, o Palmeiras fez seis pelo alto, e o Inter levou cinco.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Bahia

 

  • O América-MG tem a maior influência aérea ofensiva entre os visitantes nos últimos dois meses (80%), mas o gols estão rareando, com a equipe não conseguindo marcar em três dos últimos cinco jogos fora de casa. E, defensivamente, a equipe levou 62,5% dos gols (cinco de oito) fora de casa pelo alto, sem contar pênaltis e faltas diretas. A ver como a defesa do Bahia se comportará porque a derrota em casa para o Montevideo City Torque jogou a influência aérea defensiva do Bahia para 80%. No Brasileirão, a defesa do Bahia é a quinta mandante que mais resiste a finalizações, com dois gols sofridos após 37 finalizações em quatro jogos.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Santos

 

  • O Santos é o melhor mandante do bimestre, só tendo levado gol em um dos oito jogos disputados no período. No Brasileirão, tem a quarta melhor resistência, com um gol sofrido após 26 finalizações contra em quatro jogos. É o segundo mandante que menos permite finalizações aos visitantes (média 6,5). Nos últimos dois meses, o Sport é o pior visitante e tem o quarto pior desempenho defensivo visitante, tendo levado gol em todos os cinco jogos que disputou fora de casa no período. No Brasileirão, levou cinco gols em quatro partidas como visitante após sofrer 47 finalizações. Tem a décima resistência visitante.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Corinthians

 

  • No Brasileirão, o Corinthians é o 13º entre os mandantes em média de finalizações (11,3 por partida) e só fez dois gols em três jogos em casa. O São Paulo é o segundo visitante com menos finalizações (8,0 por partida) e ainda não fez gol fora de casa (ganhou um gol contra, feito pelo Ceará). Além da baixa produtividade, baixa eficiência: o Corinthians fez um gol a cada 17 tentativas, e o São Paulo, nenhum gol em 32. Dos últimos cinco gols que o Corinthians sofreu, todos pelo Brasileirão, quatro (80%) foram marcados a partir de bolas altas. Dos últimos seis gols que o São Paulo sofreu, todos pelo Brasileirão, quatro (67%) partiram de bolas aéreas. As equipes vêm fazendo metade de seus gols pelo alto, sem contar pênaltis e faltas diretas.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Empate

 

  • O ataque do Juventude produz pouco, o segundo que menos finalizou no Brasileirão (média 8,3 por partida) e em casa sua média é de 10,0 finalizações por jogo, quarta pior marca mandante. Com dois gols marcados em casa, o Juventude tem a quinta menor eficiência caseira, com um gol marcado a cada 20 finalizações. Porém pode sonhar com a primeira vitória sobre o Grêmio nos pontos corridos porque a equipe tricolor até aqui tem levado fora de casa um gol a cada 5,0 finalizações, o visitante que menos resistiu a pressões. O Grêmio não vence como visitante há quatro jogos (2 E, 2 D) e nessas quatro partidas só fez gol em um jogo. Na soma dos mandos, o Grêmio não vence há cinco partidas. A bola aérea é um risco real para o Juventude nesta partida porque o Grêmio tem a segunda média visitante de gols pelo alto (0,71).

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Bragantino

 

  • O Ceará venceu um dos últimos oito jogos e dois dos últimos 11. Fora de casa, não vence há seis partidas. O Bragantino não perde há sete jogos e só perdeu dois dos últimos 15 (9 V, 4 E). Líder do Brasileirão, em casa tem a quarta pior campanha no bimestre. Na Série A, sua defesa levou seis gols em três jogos em casa, um a cada 6,5 finalizações, segundo pior desempenho mandante. É o segundo mandante que mais sofre finalizações (13,0 em média), mas também é o segundo que mais finaliza (16,7) com um gol a cada 6,3 tentativas (segunda melhor marca). O Ceará precisa de 16,0 finalizações para fazer um gol quando visitante. O Bragantino é o segundo (19), e o Ceará o terceiro (16) time que mais finaliza em contra-ataques no Brasileirão. O Bragantino já fez dois gols assim, e o Ceará, um.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Atlético-MG

 

  • Duas equipes que ainda não conseguiram no Brasileirão o mesmo desempenho que vinham mostrando como mandante e visitante na temporada. Na temporada toda, o Atlético-MG é o segundo melhor mandante entre os 20 times da Série A (11 V, 3 E, 1 D, 80%), mas com uma vitória, um empate e uma derrota em casa no Brasileirão, seu aproveitamento está em 44%. Tanto ataque quanto defesa estão com desempenhos de meio de tabela, com três gols marcados e três gols sofridos. Na temporada toda, o Atlético-GO tem o melhor desempenho visitante (11 V, 2 E, 2 D, 78%), mas no Brasileirão o time goiano tem uma vitória e uma derrota fora de casa (50%), com dois gols marcados e dois sofridos. A equipe goiana está com baixa produtividade ofensiva quando visitante, com média de 8,0 finalizações por partida, a segunda menor entre os visitantes. O Atlético-MG já sofreu três gols em contra-ataques no Brasileirão.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Flamengo

 

  • O Cuiabá fará na oitava rodada apenas seu segundo jogo como mandante, e o Flamengo, seu segundo como visitante. A defesa do Cuiabá conseguiu na rodada passada segurar o time do Sport, que tem baixa produtividade ofensiva. Contra o Flamengo, a história é diferente: no agregado dos mandos, o Flamengo tem a maior média de finalizações por partida do campeonato (16,2 por partida), e o Cuiabá é o sétimo que mais finalizações sofre (11,8). O Cuiabá deve ser cuidadoso na partida, pois o Flamengo é o time que mais finalizações fez em contra-ataques (14) e já marcou dois gols dessa forma. Nenhum time fez mais.

 

Metodologia

 

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 75.665 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.105 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola e o gol em si em cada conclusão.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem cerca de 0,07 expectativa de gol (xG). Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. A partir da rodada #11, apresentaremos a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

Resultado

 

Favoritismos acertou 28 dos 66 jogos analisados, aproveitamento de 42%.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Leandro Silva, Mateus Pinheiro, Roberto Maleson e Valmir Storti.