Em menos de 20 dias, o prefeito Emanuel Pinheiro foi entrevistado pela segunda vez pela emissora de TV fechada CNN Brasil. Neste sábado (26), ao vivo, ele falou sobre as tratativas junto ao governo federal para conseguir vacinar a população contra a covid-19, reforçou que a capital mato-grossense não armazena doses e disse que a prioridade de Cuiabá é imunizar toda a população.

Neste sábado, a capital mato-grossense retomou a campanha de vacinação em todos os polos, após suspender temporariamente o funcionamento de quatro dos cinco polos, mantendo a vacinação apenas para lactantes (primeira dose) e segunda dose de Coronavac e Astrazeneca.

De acordo com o prefeito Emanuel Pinheiro, em Cuiabá já foram aplicadas mais de 270 mil doses de imunizantes. “Imunizante sempre falta. Se chegarem as vacinas vamos abrir pontos de vacinação até nas feiras porque a prioridade de Cuiabá é imunizar toda a população. Já aplicamos mais de 270 mil doses de vacinas, o que corresponde a 85% das doses recebidas, cerca de 200 mil primeiras doses e cerca de 70 mil segundas doses. Há uma sazonalidade. Nós não conseguimos fazer um planejamento porque não sabemos o número de doses que vem ou quando vem. Devido a isso, ficamos nesse compasso de espera, mas as doses chegando, a estrutura em Cuiabá é para que essas doses cheguem ao seu destino, nos braços da população, com a maior brevidade de tempo possível”,

O prefeito Emanuel Pinheiro disse que Cuiabá é um case de sucesso. No Município, a segunda dose não é utilizada para melhor o ranking da primeira dose. “A segunda dose em Cuiabá é patrimônio de quem tomou a primeira dose. Ela fica devidamente guardada e reservada para ser aplicada no tempo oportuno, em quem tomou a primeira dose”.

Sobre a necessidade da paralisação durante a semana e o provável atraso no calendário de imunização da população, Emanuel Pinheiro lembrou que os municípios não produzem vacinas e não existe a possibilidade de comprar vacinas, o que leva à dependência dos repasses do Ministério da Saúde. Somente quando as vacinas chegam aos Estados, que também acabam dependendo desses repasses, os municípios sabem a quantidade de doses que irão receber. “Não obstante isso, nosso ritmo está muito bom. Não temos como fazer um prognóstico mais definido porque não sei o número de doses que vamos receber, por exemplo, na semana que vem, daqui a dez dias ou daqui a quinze dias. Então, presume-se que, se continuar no ritmo que está, dentro de seis meses a um ano, no máximo, teremos toda a população imunizada. Estamos contando com o compromisso empenhado do governo federal de doar doses de vacinas extras para Cuiabá, em virtude de que fomos escolhidos como sede da Copa América sem ter o direito de opinar”, disse o prefeito.

Sobre a situação epidemiológica da cidade a partir da vacinação e a taxa de ocupação dos leitos de UTI, Emanuel Pinheiro disse que já é possível detectar uma melhora. “Mesmo no período em que Mato Grosso esteve com leitos de UTI, por exemplo, há poucas semanas, acima de 90% de ocupação, Cuiabá nunca passou de 50%. Hoje Cuiabá está em torno de 40% dos leitos de UTI ocupados. A celeridade e a eficiência da imunização da população cuiabana, acabou refletindo em resultados aonde pudemos constatar a diminuição num ritmo muito bom dos casos confirmados e os leitos de UTI se estabilizando numa faixa de 40% a 45% de ocupação. Isso representa um bálsamo para a capital do Estado, que é a região, a cidade mais importante e mais  populosa”, disse.

Perguntado sobre as negociações junto ao Governo Federal e ao próprio Ministério da Saúde sobre as doses extras para Cuiabá, Emanuel Pinheiro relembrou os encontros que teve com o presidente Jair Bolsonaro e autoridades federais. “Apesar do  boicote do governo do Estado, que tenta atrapalhar Cuiabá, nós confiamos no governo federal”, disse Emanuel Pinheiro.

Acompanhado pelo deputado federal Emanuelzinho, o gestor esteve em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no dia 8 de junho, e sob a coordenação do ministro-chefe da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos, estiveram por duas vezes com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, quando foram prometidas doses extras de vacina como contrapartida em virtude de Cuiabá ter sido escolhida sede da Copa América, sem ser consultada.

Emanuel Pinheiro reafirmou que foi contra a capital mato-grossense receber a competição num período de pandemia. Entretanto, a decisão, que não cabia ao Município, foi tomada pelos governos federal, estadual e pela CBF – Confederação Brasileira de Futebol.

De acordo com o prefeito, a sugestão feita ao presidente Bolsonaro é de que fosse enviada a Cuiabá a vacina da Janssen, de dose única. Com o imunizante, 290 mil doses seria possível imunizar 100% da população adulta. Sobre o assunto, a expectativa do prefeito Emanuel Pinheiro é de que na próxima semana haja uma definição por parte do governo federal.

Sobre as novas cepas do coronavírus, Emanuel Pinheiro disse que a vacinação é o melhor remédio e para isso tem trabalhado buscando mais doses para o Município, além de investir maciçamente em campanhas de informação e conscientização. “Graças a Deus, a maioria da população cuiabana tem apoiado. A maioria da população tem respeitado as medidas de biossegurança e a Prefeitura busca estar, sempre de forma pedagógica, acompanhando, monitorando e conscientizando a população, mas o foco é na vacinação. O único e melhor remédio para o enfrentamento da Covid-19, das suas novas variantes, as novas cepas, que toda hora assombram o mundo e o Brasil”, disse o prefeito Emanuel Pinheiro.