O Corinthians fechou o primeiro trimestre de 2021 (janeiro, fevereiro e março) com um superávit acumulado de R$ 3,5 milhões. O número está no balancete de março, divulgado pelo clube nesta terça-feira. Antes, o bimestre já havia tido um resultado positivo de R$ 1 milhão.
É o segundo balancete divulgado pela gestão do presidente Duilio Monteiro Alves, no cargo desde janeiro. É ele quem tem comandado uma política de redução de gastos, incluindo principalmente o departamento futebol profissional. Até o momento, o Timão não teve reforços.
O endividamento total chegou a R$ 952 milhões. Em relação ao final de 2020, o valor caiu, já que era de R$ 956 milhões.
Este montante, é bom lembrar, não engloba o financiamento da Neo Química Arena. O Timão tem acordo costurado com a Caixa Econômica Federal para pagar R$ 569 milhões até 2040 – R$ 300 milhões serão abatidos com o valor que o clube receberá pela venda do nome do estádio.
Com a política de corte de gastos, o Corinthians pretende manter a linha de superávits nos próximos balancetes. A folha salarial diminuiu em quase R$ 2 milhões e mais jogadores deixarão o elenco: o zagueiro Jemerson, o meia Ramiro e o atacante Otero são os próximos.
No curto prazo, a dívida do Corinthians é de R$ 554 milhões. Isso engloba empréstimos, obrigações com fornecedores, direitos de imagem atrasados, encargos sociais, impostos, entre outros. Já no longo prazo, a dívida é de R$ 416 milhões (a maior parte R$ 305 milhões, em tributos parcelados).
Duilio também contratou uma consultoria especializada em gestão e tenta cortar os gastos de todos os departamentos em até 20%, inclusive o de futebol. Ele terá o auxílio da KPMG na renegociação das dívidas e prega uma gestão de austeridade no clube.
Nestes primeiros três meses, o futebol teve um saldo positivo de R$ 24,5 milhões. Mas os outros esportes e o clube social deram um prejuízo de R$ 21 milhões, baixando o superávit do clube no período para R$ 3,5 milhões.
Em 2021, a maior fonte de receitas do Timão saiu dos direitos de transmissão, com uma arrecadação de R$ 88,5 milhões. Patrocínios e publicidades renderam ao Timão outros R$ 23,5 milhões nestes primeiros meses de 2021. (Globo Esporte)