A Rússia gosta de surpreender com jogadoras talentosas. Com Nataliya Goncharova poupada por opção técnica, as russas foram para a quadra com a jovem revelação nacional: Arina Fedorovtseva, de 17 anos. Mas, nesta terça-feira, o Brasil não quis dar chances para ciladas na bolha de Rimini, na Itália. Em mais uma excelente atuação na Liga das Nações, a seleção de José Roberto Guimarães não teve dificuldades para vencer as adversárias por 3 sets a 0. Com a mesma formação do triunfo sobre o Japão, fechou a partida com parciais 25/20, 25/11 e 25/18.
Resumo do jogo
Em um constante processo de evolução rumo às Olimpíadas de Tóquio, a seleção começou a mostrar uma cara. Pela primeira vez nesta Liga das Nações, o técnico José Roberto Guimarães repetiu uma mesma formação. Nesta terça-feira, o Brasil deu mais uma demonstração de muita força no bloqueio – tanto com as centrais, Carol e Carol Gattaz, mas também com Gabi, Tandara e Macris. Foram, no total, 7 pontos no fundamento. Assim como na vitória contra o Japão, o saque ajudou no resultado com 9 pontos e também causou estragos na linha de passe das rivais, assim como a defesa, dificultando a virada de bola do Rússia.
O ataque, que, à exceção da derrota para os Estados Unidos, já vinha funcionando, voltou a encaixar. Fê Garay, Gabi e Tandara, assim como as centrais, deram boas opções a Macris durante todo o jogo. Sheilla e Lorenne, que foram lançadas nas ações de inversão de 5-1 com Dani Lins, também apareceram bem na definição das jogadas.
Próximo jogo
A seleção volta à quadra nesta quarta-feira. O time de Zé Roberto vai encarar a Itália, às 16h, com transmissão do SporTV2. O ge acompanha tudo em tempo real.
Como fica?
O Brasil, agora, soma quatro vitórias e uma derrota, para os Estados Unidos. São 12 pontos no total, com a terceira posição na tabela de classificação geral. A seleção está atrás apenas das americanas e da Turquia.
Os números
Carol – 15 pontos, sendo 6 de saque
Tandara – 14 pontos
Fernanda Garay – 12 pontos
Carol Gattaz – 10 pontos
Fernanda Garay foi um dos destaques na vitória do Brasil contra a Rússia na Liga das Nações 2021 — Foto: FIVB
1° set – Seleção brasileira sobe o paredão
Foram somente alguns minutos de domínio russo. Com a jovem e alta Fedorovtseva, a Rússia abriu três pontos de vantagem. Mas logo o Brasil encaixou a defesa e fez um primeiro set avassalador. Após um bloqueio de Carol Gattaz, Fê Garay foi para o saque e conseguiu uma ótima sequência. Com 10 a 5 no placar, a experiente Kosheleva foi lançada em quadra. O técnico Sergio Busato seguiu buscando a formação ideal com muitas alterações, mas o bloqueio brasileiro se manteve alinhado. Sheilla e Dani Lins entraram na inversão do 5-1, dando mais volume ao time. Com um ataque na paralela, Carol deu fim à parcial: 25 a 20.
2º set – Incrível sequência de saque de Carol
Com Nataliya Goncharova poupada por opção da comissão russa, o técnico Sergio Busato foi para o segundo set com suas jogadoras mais experientes: Voronkova e Kosheleva. O Brasil, por sua vez, manteve a sua formação inicial e a mesma pegada da parcial anterior. Abriu 3 a 0, com um sistema defensivo encaixado e um ataque potente. Tandara se apresentou bem no fundo de quadra, deixando as adversárias atordoadas. Carol foi para o saque e conseguiu uma sequência impressionante. Além de quatro aces, seguiu no serviço e dificultou a virada de bola do Rússia. A vantagem era grande, e o técnico Zé Roberto colocou a oposta Lorenne em quadra. Foi dela o ponto que encerrou o set: 25 a 11.
Tandara foi um destaques do Brasil na vitória sobre a Rússia na Liga das Nações 2021 — Foto: FIVB
3º set – Set apertado, mas ataque do Brasil resolve
O Brasil seguiu com a mesma intensidade das parciais anteriores, mas a Rússia conseguiu se ajustar e fez jogo duro no começo do terceiro set. Ainda com as experientes Voronkova e Kosheleva em quadra, as russas foram bem no ataque com a jovem Fedorovtseva e Smirnova. Mesmo atrás do marcador na parcial, elas equilibraram as ações e forçaram a total atenção da seleção brasileira. A equipe de José Roberto Guimarães não vacilou, se manteve atenta o tempo todo. Tandara e Fê Garay foram ótimas opções para Macris no ataque. O saque voltou a funcionar, assim como o bloqueio: 25 a 18. (Globo Esporte)