O Fluminense venceu o River Plate por 3 a 1 na noite desta terça-feira, na Argentina, e se classificou para as oitavas de final da Copa Libertadores como líder do Grupo D. Além disso, o Tricolor se tornou o segundo clube na história da competição a conseguir ganhar tanto do Boca Juniors na Bombonera quanto do River no Monumental de Núñez, feito antes só alcançado pelo Cruzeiro. Em entrevista coletiva, o técnico Roger Machado foi questionado sobre o clima do vestiário e exaltou seu time:

– Estamos felizes porque não é qualquer equipe que vem na Argentina e ganha do River no Monumental. Quando atleta, vivi momentos felizes aqui, venci e sei como é difícil. Era um jogo decisivo, com três dos quatro clubes do grupo vivos na competição, o que deixou o jogo tenso. Mas o time soube trabalhar bem a cabeça, o emocional, e esteve pronto para vencer sempre.

Após o vice-campeonato carioca para o Flamengo, Roger vinha sendo contestado por ter seu meio de campo muito exposto, e ele havia alegado que o problema era na pressão dos atacantes na saída de bola. Por isso mudou e entrou com Caio Paulista e Gabriel Teixeira nos lugares de Kayky e Luiz Henrique. Questionado se acredita que a mudança resolveu a deficiência, respondeu:

– Em parte, a gente conseguiu com o Caio e o Biel encurtar mais rápido, ter pressão na bola quando ela cai nos corredores laterais. Mas também com um bom posicionamento mais atrasado do meu meia, saindo de dentro para frente para pressionar, fez com que a gente ficasse sempre com jogadores no centro do campo sem desguarnecer o setor. Então foi uma mudança sensível de posicionamento que alterou muito a disposição da pressão, mas também os jogadores com características diferentes nessas funções de lado.

Classificado, o Fluminense agora aguarda o término da fase de grupos nessa semana e o sorteio das oitavas de final da Conmebol. Antes, o Tricolor estreia no Campeonato Brasileiro em nova pedreira pela frente: contra o São Paulo no próximo sábado, às 21h (de Brasília), no Morumbi.

Veja outras respostas de Roger:

Pontos altos e o que melhorar?

– Ponto alto foi o nível de concentração alto, durante todo tempo dentro da estratégia do jogo. Cedemos poucos espaços para o adversário, contra-atacando com velocidade e propondo o jogo a partir do nosso campo. E tendo sido eficiente, as chances que o time criou foram concretizadas. A melhorar são pequenos ajustes, o adversário conseguiu em alguns momentos atacar a velocidade nas nossas costas, mas nada que não se corrija com treinamento.

O que esperar desse grupo?

– Esse grupo prova que é mais que futebol. É um grupo de jogadores reunidos em torno de valores importantes, e que esses valores são levados para dentro de campo para disputar um jogo jogado com a bola nos pés. O que se esperar não se sabe. A gente pensa em evoluir e alcançar níveis maiores depois dessa classificação. (Globo Esporte)