Está praticamente concluído o inquérito do caso Brian, o bebê de quatro meses que foi morto pela própria mãe e teve membros do corpo cortados antes de ser enterrado no quintal da casa. Após um depoimento de mais de três horas à Polícia Civil do município de Sorriso, a mãe da criança, identificada como Ramira Nunes, 22, confessou a morte do filho.
De acordo com o delegado do caso, José Getúlio, a mulher foi presa em Rondônia, tentando ir para Manaus. No caminho de volta, ela foi trazida no camburão da viatura, chorando e se dizendo arrependida.
Enfim, na delegacia, ao prestar depoimento, a mulher revelou que foi a autora do caso, mudando a versão de que enterrou a criança com medo de ser descoberta pela polícia.
Investigações preliminares apontam que ela teria matado a criança possivelmente com golpes na cabeça e depois cortou os membros. No entanto, essas suspeitas ainda não foram confirmadas pela polícia.
Também há a hipótese de que ela arremessou a criança contra um tanque de lavar roupas, pois havia marcas de sangue no local e depois ela teria cortado mãos e pés do bebê e jogado no ralo do banheiro. Só então, cavou uma cova rasa, num lugar próximo a casinha do cachorro e depois enterrou o filho lá.
O crime só foi descoberto porque o cão da raça pit bull acabou escavando o local e encontrado o corpo. Uma vizinha viu quando o animal andava pela casa carregando o corpo do bebê na boca. Nesse momento a mulher já tinha fugido do local.
A mãe teria se desfeito da criança para começar um relacionamento amoroso fora de Mato Grosso. O motivo da morte ainda é desconhecido, mas acredita-se que a namorada de Ramira não tem ligação direta com o crime.
O delegado José Getúlio disse que jamais tinha trabalhado num caso com tamanha crueldade.
A assassina ainda segue presa em Sorriso, porém ela deve ser encaminhada para Cuiabá, onde deve ficar presa no Presídio Ana Maria do Couto, no bairro Pascoal Ramos. Ela deverá ser autuada por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, tentativa de fuga e falsificação ideológica, tendo em vista que ela já estava em busca de documentos falsos para se passar por outra pessoa em outro estado.