Classificado para as oitavas de final da Libertadores depois do empate em 2 a 2 com a LDU nesta quarta-feira, Rogério Ceni respondeu às perguntas dos jornalistas sobre o resultado conquistado no sufoco no Maracanã – Willian Arão foi expulso ainda no primeiro tempo, e o gol de Gustavo Henrique que selou o placar saiu só no fim do confronto.
A primeira pergunta foi sobre a decisão de poupar vários titulares e mandar a campo uma escalação com três zagueiros (Gustavo Henrique, Léo Pereira e Bruno Viana). Ceni disse que tinha medo de perder jogadores por lesão.
– Eu tenho um grupo muito bom de jogadores. Muitos não sabem, mas nossa viagem para o desgastante para o Chile. Foram quase 11 horas entre espera, embarque e viagem. Não posso perder jogadores. Colocamos o melhor time para hoje. Gabriel e Pedro juntos todos pedem. Fizemos o melhor que podíamos. O que não podemos é contar com o imponderável, uma expulsão aos 15 minutos. É de se valorizar o empenho e atitude – disse ele.
Ceni prosseguiu com suas explicações:
– O sistema que jogamos foi o mesmo. O Filipe já vinha de duas partidas, e o medo de perdê-lo por lesão passa pela nossa cabeça. Léo Pereira fez a função, mas claro que a gente perdeu a peça-chave, o volante de marcação que dá equilíbrio (Arão). Isso altera a montagem. Resolvemos colocar o João Gomes, que tem mais noção da marcação e sacrificamos o Everton. No segundo tempo colocamos Bruno e Arrascaeta na frente para tentar. Fomos atrás do resultado. Não é o ideal, porque aqui o objetivo é sempre sair vencedor. Mas são 80 minutos com um jogador e menos e isso precisa ser valorizado – explicou o comandante rubro-negro.
– A ideia era uma linha de 4 jogando exatamente como antes. O Léo Pereira já foi lateral, tem boa construção. Queria também deixar o time mais alto porque estávamos sofrendo gols, infelizmente. Mesmo assim, com uma linha mais alta, levamos o gol. Trabalhamos todos os dias e vamos continuar para tentar melhorar – completou ele.
Rogério Ceni se disse confiante de que não teria sufoco em caso de 11 contra 11 e negou que tenha assumido algum risco em função da escalação.
– Garanto que num 11 contra 11 sairíamos com a vitória tranquilamente. E as mudanças durante o jogo deram a classificação ao Flamengo. Um time que joga para frente, mesmo em desvantagem. Precisamos corrigir e diminuir a média de gols sofridos – disse.
“Não foi arriscado. Não coloquei três zagueiros. Jogamos em uma linha de 4 com o Léo Pereira na função do Filipe Luís. Ele é até melhor na bola aérea. O que mudou o jogo foi a expulsão”, concluiu.
O Flamengo volta a campo no próximo sábado para fazer o segundo jogo da final do Campeonato Carioca contra o Fluminense, às 21h05 (de Brasília), no Maracanã. Pela Libertadores, a equipe joga na quinta-feira da semana que vem contra o Vélez, também no Maracanã, no duelo que vale a liderança do Grupo G. (Globo Esporte)