A pior noite da história do futebol brasileiro na Libertadores só não foi igualada nesta quinta-feira, porque as derrotas desta vez não custaram as eliminações. Em 4 de maio de 2011, o Cruzeiro foi desclassificado pelo Once Caldas, o Internacional pelo Peñarol, o Fluminense pelo Libertad e o Grêmio pela Universidad Católica. Naquele meio de semana, apenas o Santos conseguiu avançar, contra o América do México.
A coincidência com a noite desta quinta-feira (18), com derrotas de Fluminense para o Junior, do Palmeiras para o Defensa, do Santos para o Strongest e do São Paulo para o Racing é o momento da temporada. Daquela vez, os quatro clubes foram eliminados quatro dias antes do início das finais estaduais. No domingo, dia 8, o Cruzeiro perdeu para o Atlético, o Grêmio perdeu do Internacional, o Santos empatou com o Corinthians. O Fluminense já estava eliminado do Carioca.
A coincidência de datas faz pensar em como os jogadores se concentram nas partidas mais decisivas ou se desgastam além do limite, quando são os titulares envolvidos nas duas competições. Caso do Fluminense contra o Junior, de Barranquilla.
Daquela vez, dez anos atrás, o esforço dobrado pode ter influenciado nas eliminações, mas o Santos conquistou o bicampeonato paulista e o troféu da Libertadores no mesmo semestre de 2011. Ainda parece um falso dilema, neste novo calendário, em que as finais continentais só acontecerão em dezembro, pensar que tentar ganhar o estadual seja a causa de derrotas na Libertadores. Até porque, dos quatro derrotados na terça-feira (18), só o Santos corre o sério risco de eliminação precoce, na fase de grupos do torneio sul-americano. O Fluminense também está ameaçado, em menor nível.
Por outro lado, não é coincidência que, dez anos depois, uma noite terrível, com quatro jogos e quatro derrotas de equipes brasileiras, tenha acontecido de novo às vésperas das finais dos estaduais. (Globo Esporte)