Embrenhar-se nas matas de Mato Grosso, caminhar em trilhas e observar a natureza em meio às florestas são atividades cheias de aventuras. Caminhadas nas trilhas de Chapada dos Guimarães ou do Pantanal de Mato Grosso, por exemplo, devem ser recheadas de cuiados preventivos.
Dos encontros com animais selvagens às dificuldades no percurso, os observadores, biólogos e passarinheiros se expõem a perigos como acidentes com espécies venenosas.
Além de escorpiões, aranhas e lagartas, também encontrados em ambientes urbanos, as serpentes são ameaças aos aventureiros, que devem embarcar nas expedições com equipamentos apropriados.
“É extremamente importante que a pessoa calce botas rígidas, de preferência de couro, que protejam o tornozelo e parte da canela. Luvas grossas também são importantes, caso seja necessário encostar em algum lugar de risco”, ensina o médico Afrânio Araújo, plantonista do Pronto Socorro de Várzea Grande.
O médico Werley Peres, plantonista em Cuiabá, explica quais procedimentos devem ser feitos no caso de um acidente e faz um alerta. “Em hipótese alguma tente retirar o veneno. Não faça ferimentos com a faca, muito menos sugue o veneno com a boca, pois pode ocorrer envenenamento na língua”, explica o médico, que destaca a necessidade de garantir o telefone dos centros de saúde da região.
“É importante ter o número de um serviço de controle de intoxicações ou, quando for para um lugar remoto, ligar antes para o centro e se informar sobre o serviço de saúde mais próximo que possa atendê-lo”, completa Werley Peres.
“A pessoa acidentada deve se manter calma, evitar andar muito e ser levada para o serviço de saúde mais próximo”, argumentou o médico mato-grossense.
Fazer torniquete também é contraindicado nos casos de acidentes com animais peçonhentos. Isso porque o procedimento pode aumentar o risco do veneno acelerar o efeito lesivo no local.