O secretário municipal de Planejamento, Zito Adrien, apontou a gestão do governador do Estado de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), como uma gestão acostumada a “fazer cortesia com o chapéu alheio”. A fala é uma resposta às declarações dadas pelo secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo Oliveira Padeiro, nesta terça-feira (11).
Segundo ele, todas as obras as quais o secretário estadual cita como grandes feitos do governador Mauro Mendes foram encontradas próximas da conclusão pelo seu antecessor, o ex-governador Pedro Taques (SD). Zito afirmou que o Governo do Estado, sem ter o que mostrar, se apegou a prática de se apossar de todos os créditos de trabalhos que tiveram outras participações.
“O COT UFMT, Pedro Taques deixou praticamente 90% da obra pronta. A Estrada da Guia, o atual governador pegou faltando detalhes para conclusão total. O mesmo acontece com a Avenida Córrego do Barbado. Vejam a falta de qualidade na obra do Córrego 8 de Abril. Como a população daquela região está sofrendo com esse descaso. Então, ficar fazendo cortesia com o chapéu alheio é vergonhoso para uma gestão” aponta Zito Adrien.
O secretário de Planejamento enfatizou ainda o que o próprio classificou como “péssimo legado” deixado pelo governador depois de passar pela Prefeitura de Cuiabá. De acordo com Zito, além da grande quantidade de obras paralisadas, a gestão Mauro Mendes foi a responsável por deixar para o prefeito Emanuel Pinheiro uma série de obras sem qualidade e que fazem com que a Prefeitura perca tempo e tenha prejuízos para recuperar.
“Não podemos esquecer da herança que recebemos do governador depois de passar pela Prefeitura. Um Parque das Águas mal terminado, uma Orla do Porto com problemas no muro de gabião, causando rachaduras no solo, isso atestado pelo CREA, que terá que ser praticamente refeito. Podemos citar também o Aquário Municipal com vidros comprados errados e ainda a Vila Cuiabana que tivemos que aplicar mais recursos para refazer um serviço porco. O tempo que o governador passa tentando atacar quem trabalha de verdade poderia gastar visitando nossos viadutos e aprendendo como se faz uma obra de qualidade e sem prejuízos futuros à população e aos cofres públicos”, argumentou.
Zito cita também a construção do Hospital Municipal de Cuiabá, que foi encontrada paralisada e com apenas 20% da obra física executada. “O prefeito Emanuel Pinheiro teve que fazer uma força-tarefa, uma grande articulação com a bancada federal, para garantir os recursos necessários para construir, equipar e mobiliar a estrutura que hoje é referência. É preciso parar de conversa fiada e falar a verdade à população”, pontuou.