O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, ressaltou a importância da segunda dose da vacina contra Covid-19, durante entrevsita, nesta terça-feira (11).
Mato Grosso já recebeu mais de 1 milhão de doses de vacina contra a Covid-19, somando Coronavac, Atrazeneca e Pfizer.
Nesta madrugada, chegaram mais de 17 mil doses da Pfizer no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana da capital.
As pessoas estão preocupadas porque pelo menos 48 municípios já tinham declarado que precisavam de quase 20 mil doses das vacinas Coronavac para regularizar a segunda aplicação.
“Tem dois episódios envolvendo esses municípios que estão sem a segunda dose. Há municípios que não atentaram para as recomendações do Ministério da Saúde e que aplicaram como primeira dose as doses que deveriam ser reservadas para aplicação como segunda dose. Por outro lado, teve uma derrapagem também do Ministério da Saúde que em determinado momento orientou para que fosse só em primeira dose, com a previsão de assegurar a segunda dose, mas a previsão não ocorreu. Houve um atraso na entrega da vacina por falta de insumos, então o Ministério da Saúde não conseguiu cumprir esse cronograma e, por conseguinte, faltou no país inteiro a segunda dose para ser aplicada”, explicou o secretário.
Segundo Gilberto Figueiredo, o Ministério da Saúde está tentando corrigir essa deficiência. Na última semana já encaminhou um lote de doses exclusivamente para ser aplicadas como segunda dose, para diminuir essa fragilidade que existe hoje.
Vacinação contra a Covid-19 em MT — Foto: MPMT/Divulgação
Ela destaca que o atraso na aplicação da segunda dose da vacina não atrapalha o esquema de vacinação, mas diz que é importante que todas as pessoas recebam as duas doses.
“Isso não quer dizer que a primeira dose perde a eficiência, mas é claro que é necessário concluir o cronograma com a segunda dose tão logo seja disponibilizada”, disse.
De acordo com o secretário, as vacinas da Pfizer serão destinada somente a Cuiabá devido á logística de armazenamento.
“Até o momento serão destinadas só para Cuiabá, face a proximidade que tem da nossa central de armazenamento. Essa vacina chega no país a -70 graus, depois, quando é dispensada pelo Ministério da Saúde, ela chega nos estados entre -15 e -25 graus. Quando chega em Mato Grosso, nós mantemos na central ela em -30 graus. Lá nós temos freezers que chegam a -70 graus. Ela, para ser aplicada, precisa estar entre 2 e 8 graus positivos. Por isso a logística dessa vacina precisa ser feita com cuidado, e a aplicação o mais rápido possível depois que ela é positivada. Ela pode permanecer com temperatura entre 2 e 8 graus positivos por até 5 dias. Um frasco aberto precisa ser aplicado em até 8h”, explica.
Gilberto Figueiredo diz, no entanto, que há uma programação diária de retirada dessa vacina na nossa central. “Estamos tentando estender isso para Várzea Grande, para isso nós precisamos de uma programação diária de aplicação e estudamos também uma logística para que essa vacina possa ser utilizada em outros municípios”.