Eu sou Mato Grosso…
Nasci no século dezoito…
Aos mil e setecentos e quarenta e oito…
Sou o Dicionário da Flora em mil gostos …
Sou a fotografia e o esboço do coração de Deus, saltitoso!
Nove de Maio, meu dia natal…
Como os nove dons do Espírito Divinal…
Como o número Nove na Sinfonia nobre Bethoveenial…
Estado Verdejante elegancial, seivoso, viço e verdoso!
Mato Grosso: A Bíblia da natureza…
Morada gigante…
Autêntico comprovante de residência da beleza!
Eis que, de fato, é fácil ler o Prefácio do Céu plasmado em tua singeleza e inteireza!
Ó Sumário do infinito…
O mais tocante capítulo do livro legítimo das florezas e faunezas!
Estado Vice-Céu!
Cachoeiras de longos véus…
Prólogo fiel do Céu, bem escrito…
Endereço da elegância que dança entre as nuanças de seu Protagonismo!
Mato Grosso: Natureza épica…
Parágrafo que completa a História da Terra e de seu ciclismo!
Sou o espírito que proplexa as rimas métricas das épocas…
Sou a alma inédita do Culturalismo!
Sou o espírito do barro que inspirou Manoel de Barros nos calmos lagos argilados do Pantanal!
Sou o espírito da arte que outorgou à Almir Sater a canção que arde no espititual…”Como um velho boiadeiro” parte, “tocando em frente” o alarde da boiada entre vargens, na margem musical!
Sou o espírito amoroso que embalou, em Mimoso, o grande Rondon ilustroso… Ouvi seu primeiro choro em Mato Grosso, e o ungi o triunfal Marechal!
Rondonópolis viu repousar em seu Casario o Marechal mais varonil do Brasil, em revisitações mil no seu Estado natal!
No histórico Casario o Militar gentil dormiu, e se expediu em desbravações mil, pois o Espírito intuiu e ungiu o Menino do Pantanal!
Sou irmão gêmeo de muitos milênios impressos em meu chão imenso, sou o espírito do desenvolvimento no tempo e no povo!
Sou antes do geológico divórcio dos Continentes primórdios, em geógrafos coros !
Sou o poeta psicógrafo…
Com o dom ortógrafo, que transcende o biológico d’além do corpo!
Sou o espírito de gerações interminantes…
Sou a Miragem e o Mirante…
Os olhos das flores que fitam os esplendores do horizonte em ar perfumante e nectoso!!
Sou o coração do Ecossistema…
O Palácio da soja no solo, o pódio do óleo , e o extrato da lenha …
Assim Deus quisera…Às margens do Rio Galera… Entre os sonidos bonitos das feras, acender a inaugural vela dessa terra que auto emblema nas cenas!!”
Mato Grosso “… Raiante nominação setentária.
Aqui os peixes borbulham e se orgulham dessas águas que vagalumam cristálicas!
Nossas águas não são inodoras… Elas cheiram as Auroras que se plasmam aquariosas sobre as exuberanias nectáricas!!
Mato Grosso: A Rosa do Brasil!
Bela terra vermelha… Em suas rochas inteiras Deus Se esculpiu!
O espírito da poesia pede um olhar leve que sele o Histórico Poético deste Éden naturil!
Eu sou o espírito dos aromas cítricos…O tecelão sob inspiração dos lírios desses bosques…
Eu sou o Mato Forte!
O Paraíso dos Pólens!
Formosa botanicidade!
Mato Grosso eu sou!
O arco íris de Mato Grosso é o anel maravilhoso em que o Criador magnioso com este Estado brilhoso noivou!
Mato Grosso, chão bonito…
Cartório de sumo Ofício…
Onde Deus, todos os bichos, registrou!
Paraíso hortalícico em que Deus apaixonadíssimo, com a natureza e seus filhos exímios, se casou… Em cerimonial de naturía e poesia e bela homilia, sim Deus c’o essa ecologia se aliançou!
Eu sou o espírito da matogrossidade…
A força de Aleixo Garcia em sua primeira via, na histórica viagem!
Eu sou as lavras áureas… Sou a Carta Real de Mariana da Áustria!
Sou o primeiro garimpeiro no seio das águas…
Sou as vargens e a grossa folhagem!
Eu sou a Sede do Pantanal…
Sou as relvas e a espessura de sete léguas desse Matagal!
Sou a beleza em toda a sua vernaculeza, em toda a semântica da natureza colonial, provincial e capitanial!
Eu também fui Mato Grosso do Sul…
Dois irmãos gêmeos…Sob o mesmo céu esplêndido mui azul!
Como os irmãos Paes de Barros, em espírito desbravário, Fernando e Artur!
Sou a alvura, o símbolo e a cultura do Tuiuiú…
Sou a bravura dos Desbravadores, e a coragem dos Vapores “Alfa” e “Jaurú”!
Sou grande, mas já fui uma Vila… Minha luz brilha como o quadro de Tarsila, o “Abaporu” !!
Sou essa luz claro e bem rara sobre a Arara Azul…
Sou o carinho do ninho que acolhe os ovinhos nus de talentos incomuns!
Eu estava aqui em formol, sentindo os raios deste Sol… Essa terra ainda era campinas belas do domínio espanhol!
Ouvi o casteliano e o guarani fusos por aqui! Eu pareço os Parecis, e os Bororos enfim, em rol!
Sou a fluência do tupi e do português daqui…
Sou o Tratado de Madrid que reconhecia os Bandeirantes aqui…
Sou a língua do mato a sonir, sou a língua do Sol!
Vi os índios pródigos, e os dominadores lusófonos.
Vi toda a Lusofonia…
Vi quando a fotografia era artesania nos binóculos!
Eu sou essa terra vermelha… A luz doce dessas abelhas… Sou Papazian em suas primeiras fotos pioneiras, nosso histórico fotógrafo!
Vi as primeiras estradas e os primeiros passantes…
A luminescência do ouro e a efervescência dos Bandeirantes…
Sou as rosáceas que se anteabrem; sou os seringueiros e sou a erva mate! Sou o protagonismo flórico da brasilidade; Sou o Estado Verdejante!!!
Sou o verde-claro em evidência da suma matogrossência…
Sou a terra molhada com cheiro de amêndoas!
A alma da fauna que acalma os olhos das têmporas!
Sou esse chão, sou esses grãos, o algodão que veste os irmãos, a brisas amenas !
Sou esse rústico carpete de verde silvestre no estofado campestre em que o orvalho celeste umedece nas lindas campinas!
O hidrogênio e o oxigênio fusos pelos milênios apontam para o Gênio dos gênios, Criador Supremo, e dessas águas é gêmeo… Águas lindas, arquilindas!!
Terra amada
Terra esverdeada…
Estado iluminado,
Verdejante Morada infinda!
Santuário florestário no espaldar dos Salmos elevados das Aves primais…
Aqui, os grossos galhos são o Confortável agasalho e o firme assoalho dos pássaros Operais!
Qual o propósito deste lindo Depósito de arbustos formosos elementais?
A Natureza é confessora…
É a mais nativa das professoras e detalha-se Mentora das vidas evolucionais
Sou o espírito do mato e do urbanismo…
Sou as vozes das cavernas e as prosas belas nas ocas dos índios!
Sou a alma campestre, a luz da arte rupestre… Um velejante que se ergue de um barco bege antiquíssimo!
Sou o espírito da terra, a evolução férrea o som das botas de Rondon sobre a terra, sou as mensagens belas do telegrafismo!!
No Glacial vi a graça…
No paleolítico vi o espírito biopolítico da caça…
Meu espírito empírico viu o Neolítico, o tempo dos trigos e das safras…
Como a filósofa de Alexandria… Chamava-se Hipatia… Em tudo ela via o mistério da geometria sagrada!
Terra de lâmpados em brilhos quânticos sob as vozes em cânticos das tardes alaranjadas!
Sou o espírito que evoca nesses trovões de prosas…
Trovões que poesias trovam…em rimas metróricas e essas brotam excelentizadas!
Eu sou o sonho do índio… O verdadeiro guardião dos chãos campesinos…
Sou a inspiração de cada refrão de Dom Aquino…
O talento de Dantes, brilhante e exímio!
Sou as raízes desses matos felizes e bons…
Sou as centenárias árvores, a delicadeza da orvalhidade em som “ad horizon ”
Eu sou o Ofício de que se depreende a primeira nominação matogrossense… A ancestralidade rebrotada nessa gente… Sou o amor de Rondon!
Eu sou mato, sou terra, sou vida…
Sou as primeiras missões construídas pelos espanhóis jesuítas, e entre os rios erguidas, Paraná e Paraguai, e se eternizam em chão formoso!
Sou a primeira escavaldura dessas Serras puras…Ninho do sol “in natura”, onde ele madruga, e dá a luz à mil canduras em Porto raioso…
Ó Estado Verdejante… Vós sóis O Mar arbustante … O Porto arvorante em que o Sol vem ancorar e translatar!
Sou o Estado pantanante…
Nasci consoante, sete décadas antes da Independência Proclamante, eis-me a contar…
Sou o Siriri bem dançado!
Sou os belos passos do rasquiado…
Sou as águas em altos cachos…
Cachoeiras de lindos saltos…que tem inspirado a nuvem a se derramar!
Sou a a alma em brado dos Montes arautos… Com belos nascedouros aquáticos, vivantes em sobressalto, sou lindos mundos!
Terra que encerra Serras que se revelam ternas em Planaltos muitos!
Sim, Planaltos que tem mostrado um Deus de planos alto, elevados e puros!
Ali, são nascentes de rios matogrossenses excelentes que alagam o Pantanal cristalmente, em braços correntes difusos!
Sou o rebrotar esperado do Pantanal amado… e de seus matos máximos… Sou os cabelos do Sol esvoaçados, e a chuva que o tem molhado contudo!
Sou esses raios iluminados que no espírito dos matos têm oblado…Ó Jardim naturado em que todos os pássaros fazem culto na maior planície alagada e honrada do mundo!
Sou o sonho cor de rosa do poeta Guimarães Rosa… Sou o espírito de suas prosas…e de seu dom profundo!
Eu trouxe Guimarães Rosa aqui nesse Estado de rosas… Vi seu olhar sobre os bois da roça… Olhar profuso!
Dei-lhe versos inspirados…
Toquei o rosto rosado de Guimarães Rosa, de fato, e sua visita no Pantanal deste Estado foi direcionado por outros mundos!
Essas chuvas brandas que aqui cantam…São poemas das nuvens santas que lavam as Lavandas, em banhos puros!
E irrigam as margaridas bonitas, coloridas com as cores da vida em tons púrpuros!
Chuvas gentis que servem águas juvenis à esses jardins, às ervas e alecrins em seus cursos!
Chuva doce que torna a erva doce… no cerne de suas flores, sou o espírito dos sabores, assim juro!
Sou a chuva educada que oferece a sua água à assembleia de azaleias embelezadas em suas moradas desde o nascituro…
Sou a voz dessa terra …
E a literatura sob as curvaturas de cada Serra…
Em suas cinturas de suma postura, o Sol deixa sua assinatura e namora co’ essa terra!
Ó Mato bonito: Sois o Estado mais brasílico, pois em todo espírito evoluído…Deus deixou escrito seu autógrafo legível que se auto esmera!!
Naturidade retórica de tal fama… que a Filosofia legisla e leciona no Plexo de seu Bioma…Ó Estrela bela entre mil terras !
Eu sou o caminho das chuvas…
A sabedoria da coruja…
A luz tropical que ninguém ofusca… tampouco nubla!! Sou este ar…
Sou a voz do outono com música… Sou as frases do tempo que cursa, e o Sol, c’o ternura e plenitura as lerá!
Eu sou as oblíquas colinas que se robustessem sobre as vigorantes nuances da Catedral do Agreste…
Sou os primeiros comerciantes, as primeiras feiras de pioneiros ambulantes silvestres…
Sou o primeiro café coado na roça…
Sou o sorriso que brota no vendedor da primeira loja…Sou o espírito e a porta das décadas novas do Centro Oeste!
Eu sou o mato quão alto como as torres….
Sou a natureza em sua ápice-beleza, em sua melhor pose!
Sou a luz entardecida que, aturdida, reluzir-se-á entre flores …
Quão seja tuas noites negras como a luz perfeita das jabuticabas…
Vê-lo-ei e contar-me-ás sobre o brilho-rei que nesse chão há…
C’as linhas do céu a bordar, Deus fê-la decorada.
Deus respirava o Céu e a poesia… Naquele dia em que Ele cria essa topografia esverdeada!
Quando compunha com Seu braço esse Recanto violáceo, unira os laços entre o Céu e esses matos de luzes magnas!
Eu sou Mato Grosso… O mato de opulento corpo!
Sou os primeiros dias da natural Capitania… A manhã que renascia nos olhos dos moços…
Vi Dom João em arte…
Escrever com propriedade… à Gomes Freire de Andrade sobre esse colosso…
Este, o então Governador do Rio…
Criou, então, mui gentil, mais um Governo no Brasil:
O espaçoso e formoso Mato Grosso!
Nascia a nova Capitania naturil…
Depois do ouro, a erva do povo, o agro e o pastoril…
A paz orgânica de sua natureza magnânima ultrapõe as montanhas de sobreelevadas alcanhas com entretom anil…
Como Nerva, Trajano, Marco Aurélio e Adriano na paz social dos campos romanos, em era antiquil…
Sim, como o espírito pacífico desses arquétipos romanílicos, supracitados e empíricos tal como Antônio Pio.
Sou a paz dos Paes de Barros… Os primeiros pais dos primeiros bairros…
Sou a dança do primeiro Arraial… A esperança da mina garimpal, a peneira principal dos lagos…
Sou essas lagoas nas quais a lua sobrevoa, e pinta as canoas e sobr’elas tem velejado!
Sou essa lua ultra montana que o Rio Cuiabá, de luz, banha… Satélite-Sereia que as águas permeia, e Mato Grosso clareia, prateia em veias-façanhas!
Mato Grosso:
Celeiro grandioso de brilhos arrebatores!
Vibra cada fibra das liras de teus arredores!
Sou o espírito do sorriso em Sorriso… Guardo tesouros em Tesouro, chão bonito de benditos senhores!
Sondo e rondo Rondonópolis…
Sou a sinopse de Sinop…
Sou a garça branca que em Guiratinga canta bem forte, entre tons e cores!
Sou o espírito nobre de Nobres… A grandeza de Várzea Grande que sobe e se move em esplendores !
Sou a rocha negra de Pedra Preta… Sou a fama da doce cana de Jaciara usineana e meiga, e seus trabalhadores!
Cuiabatizei a Capital…Chapadanizei as águas em cacho cascatal…e ao cheiro magnal das flores…
Argilei e aquarizei o Pantanal, sua água especial, cada espécie animal em nível ultracolores!
Sou o tracejo das garças… As amplidões das várzeas…O poeta que pesca sílabas várias… Sou os pescadores!
A beleza dessa terra poliglotiza e chancela o sotaque das feras, das naturezas suprabelas que parecem sentinelas a nos aconselhar!
Como o espírito do epílogo de um conto …
O poeta é escultor de sonhos…nos mármores de um ser pronto para amar!
Parece, de longe, um monte de monges pelos montes, onde a sabedoria faz ponte para o espírito das fontes escalar!
Como a Itália lírica é a mãe legítima da melodia classicista do instrumento Violino…
Nossos pássaros também são clássicos, são pais de sons mágicos, e compõem acordes inplágicos nos hinos lindos!
Mato Grosso é uma canção de amor, tal qual o dom surreal de José Bolo Flô…
Mato Grosso tem povo fino que fala com som divino, c’a elegância do violino… Sim, senhor!
Nosso bioma fala muitos idiomas, em expressões que somam com as frases dos passarinhos!
O espírito matogrossense é eloquente e sempre resplende em mil verbos, em mil gentes e em mil gerações valentes que honram o seu ninho!
Já rezei com muita fé … D’além do Cerrado entre os matos e a fé, entre Guaporé e Mamoré!
Rolim de Moura Tavares, ali entre as paisagens daquelas margens, fizera a Vila Bela da Santíssima Trindade ao pé do Guaporé!
Sou a heróica defesa divina do Forte de Coimbra…
A expulsão dos inimigos precisa…
A defesa de Cuiabá, a evacuação de Corumbá, ambas idílicas!
Sou a força dos braços do Augusto Barão de Melgaço…E à ele eternos aplausos de honras gentílicas!
Eu sou a natureza em ópera…
Vi a luta histórica contra a varíola e a cólera…
Sou as gerações próximas que não nasceram ainda !!!
Sou a visão triunfal de Pascal Moreira Cabral a fundar no primeiro Arraial, com mui bom gosto!
Em São Gonçalo Velho inicial, nascia a estrela oficial do Pantanal, Cuiabá a linda Capital de Mato Grosso…
As águas do Coxipó aplaudiram…A fundação da Capital do Paraíso… Ao som da música dos índios e brados dos pássaros em um “Bem Vindo” ao espírito latino dançoso!
O Sol e suas luzes belas, e demais estrelas e velas, todas se constelam nos olhos de nossas feras, neste Estado Verdejante em tela em que o Céu coube todo!
Mato Grosso é o Hino de Deus… É o retrato falado do rosto seu! É o semblante esboçado do Criador magnificado, o sorriso mais comprido dado pelo lábios de Deus!
Sou o espírito Verdejante sobrepousado nesses gramados ramalhados… Sou o coração da vegetação suprapulsado que corta as Estações em quatro… Eu sou!
Sou essas flores auto olfatando-se, auto perfumando-se, sou as fontes auto hidratando-se, autobebendo-se… O mato autoengrossando-se eu sou!
Sou mato, sou relva, sou a índia das antigas selvas…Sou a canoa, sou a flecha, o remo, as velas eu sou!
Já dei uma rosa para Rosa Bororo…
Já dancei em volta das ocas, e dentro das rodas desse solo!
Sou filha do Guarani. Sou irmã do latim… Sou índia pintada, amiga da onça pintada aqui… E, no solo, eu me performo!
Sou o pincel bonito de um tempo antigo sob o penacho do meu coronário erguido e me renovo !
Como a fonte do infinito emerge o mistério do espírito… Essa terra e as tribos conhecem o meu grito e meus coros!
Sou essa terra que ouviu o riso de Miguel Sutil… Sou essa Serra que sentiu as escaladas em tempo frio, Sou a luz da lareira!
Como o alpinista no coração dos Montes…
Sou esses olhos espelhando o Mirante…
Sou o riacho em cheia que passeia nas Aldeias e rodeia as fontes…
Sou a bússola que o vento beira…
O som da locomotiva ativa entre seivas…
A pressão do sangue da geração em minhas veias… Sou os versos, me leia… avante…!
No balanço do tempo, eis que contemplo o Universo nos vendo, grávido de um novo Evento, de uma nova estrela!
Sou consciência expandida… Sou alma antiga… endossada em muitas idas e vindas, até que haja finda a vereda perfeita!
Talvez, pela solidez das cósmicas leis, mais de uma vez centelhei em missões, como as dos Freis, eleitas!
Sou todos esses rostos…
Eu sou Mato Grosso…
A água do poço…A orvalhesca fresca!
Amansei o primeiro cavalo…E galopei entre esses matos…
Vi o primeiro avião pousar entre a cerração deste Estado…
Vi, na ocasião, o vento contando a vegetação, e a linda evaporação dos orvalhos sobre os galhos!
A vida tem suas leis, e eu bem sei que já pulsei em muitos abraços!
Sou esse chão, a água do sertão e da urbanização…Sou o pulso dessas mãos que lavram o chão e matos!
Estou nas nascentes viçosas, no verde que brota, no Pantanal que rebrota, a parlatura das prosas, sou este Estado!
Ó Verdejante Mato Grosso, ó Estado largo ,quão moço! Eu sou seu rosto que o tempo talentoso pincela na vida e na tela da terra!
Ó mar de Cidades de expressividade que, em sua potencialidade se agrega e se prega!
Aos nove de Abril, o Céu inteiro se abriu, e aqui espargiu as divinas pérolas!
Sois, pois, a Sede das celestes réplicas!
Os Universos múltiplos reuniram diúrnicos, e selaram em público a Ata bela que o Céu chancela:
Compuseram o Acordo mútuo, que Mato Grosso é o Púlpito e mais brilhante núcleo da Maravilha Sétima!!!
Em tuas cirandas de épocas…
No encontro sacrossanto das décadas…
A ternura de tuas culturas ecléticas…
Tuas Cidades evolutárias de rochas milenárias, são os dedos das mão da Pátria, cidades ávidas de pedras!
Tua rica hegemonia, a cultura de tua economia, trabalhada na polietnia, é a radiosa e mais lustrosa Biografia de Deus na Terra!
Sou as planícies em belas pradarias…
Sou esses lagos e essas baías…
Sou o som e melodia da Ornitologia…
Isto seja, como a Bacia do Rio Azul!
Sou o espírito bendito da maior Caverna de arenito que há no Brasil bonito…e em Mato Grosso resido, entre os pés floridos de caju!
Floresta essa que alberga relevos e falésias…
Sou o Parque em festa onde congrega a egrégora do Xingu!
No interlúdio das conquistas, eis que a Bolívia era o Sudoeste dessa Maravilha, dessa terra matogrossílica, lembras tu?!
Sim, a Bolívia integrava essa lívia terra vívida, esse Estado de bonitas trilhas, terra da Festrilha e do Cururu!!
Porém, conforme o Tratado de Petrópolis, houve o corte entre Bolívia e esse Estado de Pólens em tom azul!
Fora incluído o Acre forte ao invés da Bolívia nobre…Bela irmã consorte, de luzes fortes qual abaju!
Ela, em saudades fortes, separou-se desse chão de Pólis, e hoje é Nação que acolhe… Mas, já foi esse Mato do norte e Mato do Sul!
Sou vizinho da Amazônia…
Sou o tríade Bioma:
Cerrado, Pantanal e Amazônia em naturezas sinfônicas, em porções fluviais e florestais…
Sou o som da viola de cocho, ganzá e mocho…
Sou o cururueiro melodioso…
Sou essas águas termais…
Sou essas borboletas que bordam as letras do vôo das Naturezas verdes e violetas, ultra verbais e supracolorais!
Sou o vigor das Capivaras, dos jacarés que se espraiam…
Sou o fluir do Rio Araguaia que se praia em sons eternais!
Já naveguei e andei com o Rei nas praias do Rio Paraguai!
Também sou o ritmo chorado, que prescinde do Afro, e ecoa neste Estado mui agro… dedilhado ao redor dos matos misteriais!
Sou a tinta pronta da Pintada Onça…
Sou o dom de Rubens de Mendonça…
Que os anais daqui remontam e contam coisas referenciais e historiais!
Sou o talento do ameríndio…do cabloco…do índio…do asiático espírito…Nesse sítio de céus naturais!
Terra de formosidades absolutas na pré-historicidade das grutas…como as pedras brutas diamantais, que vós lapidais!
Terra de Marechal Dutra…
Chão de naturezas múltiplas em púrpuras, e os mistérios se agrupam e se desnudam sobre as tais!
Marechal Deodoro morou cá…
Habitou e se casou em Cuiabá…
Viram-no jurar lá na Catedral de Cuiabá, juras nupciais!
No Cartório do 3° Ofício de Cuiabá…
O casório em certidão, no arquivo está…
Nos anais do Estado de prados verdejais!
Sou o espírito que celebra a estrela amarela da Bandeira dessa terra…
Ah, Bandeira azul!!
Estrela que fala, e os lábios se calam, ante sua Alvorada nos dias de gala, ó Estrela Sirius…!!
Uma das mais brilhantes da Constelação chamiscante…Estrela tão protagonizante quanto o Cruzeiro do Sul!
Estrela amarela…
Que revela o ouro dessa terra… E riquezas mil que agrega nela como o Ouro Branco do Sul!
Quatro dias, então, após a Proclamação da República na Nação, a Bandeira desse chão fora instituída!
Vi o ato feito, no institucionar de respeito, do símbolo estandártico perfeito que tremula e brilha!pelo ato de Direito do General escorreito, de heróicos feitos, Antônio Maria Coelho, em obra cívica!
Ó Bandeira azulante!
Do Estado Verdejante!
Losango branco pacificante!
Da Bandeira Nacional raiante vós sois a Filha que mais brilha!
Brasão do Brasil agril!
Expressão do chão pastoril!
Sou o verde da Bandeira do Brasil…
Sou o seu amarelo, pois fui, no pretérito, a maior fonte do singelo ouro eterno que no País belo fluiu e reluziu!
As nuvens do nosso sertão…mais alvas são que a neve de outra Região gentil!
Carregam chuvas de inspiração que gotejam nas telhas do coração da vegetação campil…
Ó brava gente, entre e adentre no pulsar do ventre do Brasil!
Estive com Dom Aquino…
Mirei seu espírito exímio compondo a letra do Hino que honra esse Estado lindo centro-oestil…
Eu dera-lhe o “Bem Vindo”, quando da terra, quão plínio, o espírito de Dom Aquino se despediu!
Mato Grosso: beleza que prevalece…
O espírito do poeta o descreve!
O azul de sua Bandeira sugere de forma leve e sutil:
Uma elevação espititual como a sublimidade celestial… como o galgar das naus no azul anil sutil!
Mato Grosso: Estrela célebre do agreste…Estrela do Centro-Oeste!
Em todas as Estações temos a Primavera do Leste !!
Deus pintou Campo Verde de um verde bem alegre em tons mil!
Mato Grosso amansa as feras, poetiza a lira da terra… Mato Grosso é a Primavera do Brasil!
Biblioteca fabulosa que não peca em sua Loja de biografia das rosas e de aves em prosa que outorgam e estocam miríades de brios mil!
Ah, Estado Verdejante, és a impressora fabricante das páginas impressionantes, salve, salve!
O DNA da beleza preexiste em sua natureza, e na essência de sua simpleza, ó salme, salme!
Como somos os teus cromossomos, e o espírito de teus sonhos… Que a parábola desse Conto te acalme, sim acalme!
Vi Rondon, em generosidade, visitar essas Cidades…e, com ele, vasta espirirualidade, em suas visitas de auxílio…
Levava coisas portifólicas em ação honrórica, provimentos às Escolas e lá cantava, em lírico, hinos cívicos!
Em qualquer Cidade que Rondon chegasse… Independentemente do dia que perpasse, na urbanidade ou nos sítios…
Esse dia, na verdade, tornava-se eventualidade e “feriado” na cidade, entre os seus gentílicos!
Dada a sua ilustridade, benevolência e positividade… Pois tinha a chave que abre as Cidades do espírito!
Vi Rondon em cada atitude, após reflexões em solitude…
Vi sua chegada nas altas Moradas da Virtude e fui-lhe receptivo em espírito!
Presenciei a expressividade do grande choro da nacionalidade, o universo indígena em lívida saudade, o choro das tribos fora ouvido!
Ouvi, em Rondonópolis, o choro alto e forte de seus consortes por causa da morte do líder exímio!
Tribos em prole em multidão cobre a Praça dos Carreiros em Rondonópolis e em todo Estado são fortes os gemidos!
Em Rondonópolis, entre as árvores de grande porte, choraram em rituais de sorte, em luto preemptivo todos os índios!
Mato Grosso: chão de deleites…
Terra em que Deus esteve!
E ainda habita, ó O vedes!
Nesse infinito cabe o Ser infinito!
Terra de carinhos, onde a Natureza fez seu Ninho… E o Universo fez seu caminho por esses ladrilhos fixos…
Gigante chão biodiverso, mas cabe nesses versos… Cabe aqui o Universo completo e o sucesso do espírito!
(*) (Suziene Cavalcante.
Poeta brasileira)
A HISTÓRIA DE MATO GROSSO EM POESIA- 273 ANOS!
(*) Suziene Cavalcante
Eu sou Mato Grosso…
Nasci no século dezoito…
Aos mil e setecentos e quarenta e oito…
Sou o Dicionário da Flora em mil gostos …
Sou a fotografia e o esboço do coração de Deus, saltitoso!
Nove de Maio, meu dia natal…
Como os nove dons do Espírito Divinal…
Como o número Nove na Sinfonia nobre Bethoveenial…
Estado Verdejante elegancial, seivoso, viço e verdoso!
Mato Grosso: A Bíblia da natureza…
Morada gigante…
Autêntico comprovante de residência da beleza!
Eis que, de fato, é fácil ler o Prefácio do Céu plasmado em tua singeleza e inteireza!
Ó Sumário do infinito…
O mais tocante capítulo do livro legítimo das florezas e faunezas!
Estado Vice-Céu!
Cachoeiras de longos véus…
Prólogo fiel do Céu, bem escrito…
Endereço da elegância que dança entre as nuanças de seu Protagonismo!
Mato Grosso: Natureza épica…
Parágrafo que completa a História da Terra e de seu ciclismo!
Sou o espírito que proplexa as rimas métricas das épocas…
Sou a alma inédita do Culturalismo!
Sou o espírito do barro que inspirou Manoel de Barros nos calmos lagos argilados do Pantanal!
Sou o espírito da arte que outorgou à Almir Sater a canção que arde no espititual…”Como um velho boiadeiro” parte, “tocando em frente” o alarde da boiada entre vargens, na margem musical!
Sou o espírito amoroso que embalou, em Mimoso, o grande Rondon ilustroso… Ouvi seu primeiro choro em Mato Grosso, e o ungi o triunfal Marechal!
Rondonópolis viu repousar em seu Casario o Marechal mais varonil do Brasil, em revisitações mil no seu Estado natal!
No histórico Casario o Militar gentil dormiu, e se expediu em desbravações mil, pois o Espírito intuiu e ungiu o Menino do Pantanal!
Sou irmão gêmeo de muitos milênios impressos em meu chão imenso, sou o espírito do desenvolvimento no tempo e no povo!
Sou antes do geológico divórcio dos Continentes primórdios, em geógrafos coros !
Sou o poeta psicógrafo…
Com o dom ortógrafo, que transcende o biológico d’além do corpo!
Sou o espírito de gerações interminantes…
Sou a Miragem e o Mirante…
Os olhos das flores que fitam os esplendores do horizonte em ar perfumante e nectoso!!
Sou o coração do Ecossistema…
O Palácio da soja no solo, o pódio do óleo , e o extrato da lenha …
Assim Deus quisera…Às margens do Rio Galera… Entre os sonidos bonitos das feras, acender a inaugural vela dessa terra que auto emblema nas cenas!!”
Mato Grosso “… Raiante nominação setentária.
Aqui os peixes borbulham e se orgulham dessas águas que vagalumam cristálicas!
Nossas águas não são inodoras… Elas cheiram as Auroras que se plasmam aquariosas sobre as exuberanias nectáricas!!
Mato Grosso: A Rosa do Brasil!
Bela terra vermelha… Em suas rochas inteiras Deus Se esculpiu!
O espírito da poesia pede um olhar leve que sele o Histórico Poético deste Éden naturil!
Eu sou o espírito dos aromas cítricos…O tecelão sob inspiração dos lírios desses bosques…
Eu sou o Mato Forte!
O Paraíso dos Pólens!
Formosa botanicidade!
Mato Grosso eu sou!
O arco íris de Mato Grosso é o anel maravilhoso em que o Criador magnioso com este Estado brilhoso noivou!
Mato Grosso, chão bonito…
Cartório de sumo Ofício…
Onde Deus, todos os bichos, registrou!
Paraíso hortalícico em que Deus apaixonadíssimo, com a natureza e seus filhos exímios, se casou… Em cerimonial de naturía e poesia e bela homilia, sim Deus c’o essa ecologia se aliançou!
Eu sou o espírito da matogrossidade…
A força de Aleixo Garcia em sua primeira via, na histórica viagem!
Eu sou as lavras áureas… Sou a Carta Real de Mariana da Áustria!
Sou o primeiro garimpeiro no seio das águas…
Sou as vargens e a grossa folhagem!
Eu sou a Sede do Pantanal…
Sou as relvas e a espessura de sete léguas desse Matagal!
Sou a beleza em toda a sua vernaculeza, em toda a semântica da natureza colonial, provincial e capitanial!
Eu também fui Mato Grosso do Sul…
Dois irmãos gêmeos…Sob o mesmo céu esplêndido mui azul!
Como os irmãos Paes de Barros, em espírito desbravário, Fernando e Artur!
Sou a alvura, o símbolo e a cultura do Tuiuiú…
Sou a bravura dos Desbravadores, e a coragem dos Vapores “Alfa” e “Jaurú”!
Sou grande, mas já fui uma Vila… Minha luz brilha como o quadro de Tarsila, o “Abaporu” !!
Sou essa luz claro e bem rara sobre a Arara Azul…
Sou o carinho do ninho que acolhe os ovinhos nus de talentos incomuns!
Eu estava aqui em formol, sentindo os raios deste Sol… Essa terra ainda era campinas belas do domínio espanhol!
Ouvi o casteliano e o guarani fusos por aqui! Eu pareço os Parecis, e os Bororos enfim, em rol!
Sou a fluência do tupi e do português daqui…
Sou o Tratado de Madrid que reconhecia os Bandeirantes aqui…
Sou a língua do mato a sonir, sou a língua do Sol!
Vi os índios pródigos, e os dominadores lusófonos.
Vi toda a Lusofonia…
Vi quando a fotografia era artesania nos binóculos!
Eu sou essa terra vermelha… A luz doce dessas abelhas… Sou Papazian em suas primeiras fotos pioneiras, nosso histórico fotógrafo!
Vi as primeiras estradas e os primeiros passantes…
A luminescência do ouro e a efervescência dos Bandeirantes…
Sou as rosáceas que se anteabrem; sou os seringueiros e sou a erva mate! Sou o protagonismo flórico da brasilidade; Sou o Estado Verdejante!!!
Sou o verde-claro em evidência da suma matogrossência…
Sou a terra molhada com cheiro de amêndoas!
A alma da fauna que acalma os olhos das têmporas!
Sou esse chão, sou esses grãos, o algodão que veste os irmãos, a brisas amenas !
Sou esse rústico carpete de verde silvestre no estofado campestre em que o orvalho celeste umedece nas lindas campinas!
O hidrogênio e o oxigênio fusos pelos milênios apontam para o Gênio dos gênios, Criador Supremo, e dessas águas é gêmeo… Águas lindas, arquilindas!!
Terra amada
Terra esverdeada…
Estado iluminado,
Verdejante Morada infinda!
Santuário florestário no espaldar dos Salmos elevados das Aves primais…
Aqui, os grossos galhos são o Confortável agasalho e o firme assoalho dos pássaros Operais!
Qual o propósito deste lindo Depósito de arbustos formosos elementais?
A Natureza é confessora…
É a mais nativa das professoras e detalha-se Mentora das vidas evolucionais
Sou o espírito do mato e do urbanismo…
Sou as vozes das cavernas e as prosas belas nas ocas dos índios!
Sou a alma campestre, a luz da arte rupestre… Um velejante que se ergue de um barco bege antiquíssimo!
Sou o espírito da terra, a evolução férrea o som das botas de Rondon sobre a terra, sou as mensagens belas do telegrafismo!!
No Glacial vi a graça…
No paleolítico vi o espírito biopolítico da caça…
Meu espírito empírico viu o Neolítico, o tempo dos trigos e das safras…
Como a filósofa de Alexandria… Chamava-se Hipatia… Em tudo ela via o mistério da geometria sagrada!
Terra de lâmpados em brilhos quânticos sob as vozes em cânticos das tardes alaranjadas!
Sou o espírito que evoca nesses trovões de prosas…
Trovões que poesias trovam…em rimas metróricas e essas brotam excelentizadas!
Eu sou o sonho do índio… O verdadeiro guardião dos chãos campesinos…
Sou a inspiração de cada refrão de Dom Aquino…
O talento de Dantes, brilhante e exímio!
Sou as raízes desses matos felizes e bons…
Sou as centenárias árvores, a delicadeza da orvalhidade em som “ad horizon ”
Eu sou o Ofício de que se depreende a primeira nominação matogrossense… A ancestralidade rebrotada nessa gente… Sou o amor de Rondon!
Eu sou mato, sou terra, sou vida…
Sou as primeiras missões construídas pelos espanhóis jesuítas, e entre os rios erguidas, Paraná e Paraguai, e se eternizam em chão formoso!
Sou a primeira escavaldura dessas Serras puras…Ninho do sol “in natura”, onde ele madruga, e dá a luz à mil canduras em Porto raioso…
Ó Estado Verdejante… Vós sóis O Mar arbustante … O Porto arvorante em que o Sol vem ancorar e translatar!
Sou o Estado pantanante…
Nasci consoante, sete décadas antes da Independência Proclamante, eis-me a contar…
Sou o Siriri bem dançado!
Sou os belos passos do rasquiado…
Sou as águas em altos cachos…
Cachoeiras de lindos saltos…que tem inspirado a nuvem a se derramar!
Sou a a alma em brado dos Montes arautos… Com belos nascedouros aquáticos, vivantes em sobressalto, sou lindos mundos!
Terra que encerra Serras que se revelam ternas em Planaltos muitos!
Sim, Planaltos que tem mostrado um Deus de planos alto, elevados e puros!
Ali, são nascentes de rios matogrossenses excelentes que alagam o Pantanal cristalmente, em braços correntes difusos!
Sou o rebrotar esperado do Pantanal amado… e de seus matos máximos… Sou os cabelos do Sol esvoaçados, e a chuva que o tem molhado contudo!
Sou esses raios iluminados que no espírito dos matos têm oblado…Ó Jardim naturado em que todos os pássaros fazem culto na maior planície alagada e honrada do mundo!
Sou o sonho cor de rosa do poeta Guimarães Rosa… Sou o espírito de suas prosas…e de seu dom profundo!
Eu trouxe Guimarães Rosa aqui nesse Estado de rosas… Vi seu olhar sobre os bois da roça… Olhar profuso!
Dei-lhe versos inspirados…
Toquei o rosto rosado de Guimarães Rosa, de fato, e sua visita no Pantanal deste Estado foi direcionado por outros mundos!
Essas chuvas brandas que aqui cantam…São poemas das nuvens santas que lavam as Lavandas, em banhos puros!
E irrigam as margaridas bonitas, coloridas com as cores da vida em tons púrpuros!
Chuvas gentis que servem águas juvenis à esses jardins, às ervas e alecrins em seus cursos!
Chuva doce que torna a erva doce… no cerne de suas flores, sou o espírito dos sabores, assim juro!
Sou a chuva educada que oferece a sua água à assembleia de azaleias embelezadas em suas moradas desde o nascituro…
Sou a voz dessa terra …
E a literatura sob as curvaturas de cada Serra…
Em suas cinturas de suma postura, o Sol deixa sua assinatura e namora co’ essa terra!
Ó Mato bonito: Sois o Estado mais brasílico, pois em todo espírito evoluído…Deus deixou escrito seu autógrafo legível que se auto esmera!!
Naturidade retórica de tal fama… que a Filosofia legisla e leciona no Plexo de seu Bioma…Ó Estrela bela entre mil terras !
Eu sou o caminho das chuvas…
A sabedoria da coruja…
A luz tropical que ninguém ofusca… tampouco nubla!! Sou este ar…
Sou a voz do outono com música… Sou as frases do tempo que cursa, e o Sol, c’o ternura e plenitura as lerá!
Eu sou as oblíquas colinas que se robustessem sobre as vigorantes nuances da Catedral do Agreste…
Sou os primeiros comerciantes, as primeiras feiras de pioneiros ambulantes silvestres…
Sou o primeiro café coado na roça…
Sou o sorriso que brota no vendedor da primeira loja…Sou o espírito e a porta das décadas novas do Centro Oeste!
Eu sou o mato quão alto como as torres….
Sou a natureza em sua ápice-beleza, em sua melhor pose!
Sou a luz entardecida que, aturdida, reluzir-se-á entre flores …
Quão seja tuas noites negras como a luz perfeita das jabuticabas…
Vê-lo-ei e contar-me-ás sobre o brilho-rei que nesse chão há…
C’as linhas do céu a bordar, Deus fê-la decorada.
Deus respirava o Céu e a poesia… Naquele dia em que Ele cria essa topografia esverdeada!
Quando compunha com Seu braço esse Recanto violáceo, unira os laços entre o Céu e esses matos de luzes magnas!
Eu sou Mato Grosso… O mato de opulento corpo!
Sou os primeiros dias da natural Capitania… A manhã que renascia nos olhos dos moços…
Vi Dom João em arte…
Escrever com propriedade… à Gomes Freire de Andrade sobre esse colosso…
Este, o então Governador do Rio…
Criou, então, mui gentil, mais um Governo no Brasil:
O espaçoso e formoso Mato Grosso!
Nascia a nova Capitania naturil…
Depois do ouro, a erva do povo, o agro e o pastoril…
A paz orgânica de sua natureza magnânima ultrapõe as montanhas de sobreelevadas alcanhas com entretom anil…
Como Nerva, Trajano, Marco Aurélio e Adriano na paz social dos campos romanos, em era antiquil…
Sim, como o espírito pacífico desses arquétipos romanílicos, supracitados e empíricos tal como Antônio Pio.
Sou a paz dos Paes de Barros… Os primeiros pais dos primeiros bairros…
Sou a dança do primeiro Arraial… A esperança da mina garimpal, a peneira principal dos lagos…
Sou essas lagoas nas quais a lua sobrevoa, e pinta as canoas e sobr’elas tem velejado!
Sou essa lua ultra montana que o Rio Cuiabá, de luz, banha… Satélite-Sereia que as águas permeia, e Mato Grosso clareia, prateia em veias-façanhas!
Mato Grosso:
Celeiro grandioso de brilhos arrebatores!
Vibra cada fibra das liras de teus arredores!
Sou o espírito do sorriso em Sorriso… Guardo tesouros em Tesouro, chão bonito de benditos senhores!
Sondo e rondo Rondonópolis…
Sou a sinopse de Sinop…
Sou a garça branca que em Guiratinga canta bem forte, entre tons e cores!
Sou o espírito nobre de Nobres… A grandeza de Várzea Grande que sobe e se move em esplendores !
Sou a rocha negra de Pedra Preta… Sou a fama da doce cana de Jaciara usineana e meiga, e seus trabalhadores!
Cuiabatizei a Capital…Chapadanizei as águas em cacho cascatal…e ao cheiro magnal das flores…
Argilei e aquarizei o Pantanal, sua água especial, cada espécie animal em nível ultracolores!
Sou o tracejo das garças… As amplidões das várzeas…O poeta que pesca sílabas várias… Sou os pescadores!
A beleza dessa terra poliglotiza e chancela o sotaque das feras, das naturezas suprabelas que parecem sentinelas a nos aconselhar!
Como o espírito do epílogo de um conto …
O poeta é escultor de sonhos…nos mármores de um ser pronto para amar!
Parece, de longe, um monte de monges pelos montes, onde a sabedoria faz ponte para o espírito das fontes escalar!
Como a Itália lírica é a mãe legítima da melodia classicista do instrumento Violino…
Nossos pássaros também são clássicos, são pais de sons mágicos, e compõem acordes inplágicos nos hinos lindos!
Mato Grosso é uma canção de amor, tal qual o dom surreal de José Bolo Flô…
Mato Grosso tem povo fino que fala com som divino, c’a elegância do violino… Sim, senhor!
Nosso bioma fala muitos idiomas, em expressões que somam com as frases dos passarinhos!
O espírito matogrossense é eloquente e sempre resplende em mil verbos, em mil gentes e em mil gerações valentes que honram o seu ninho!
Já rezei com muita fé … D’além do Cerrado entre os matos e a fé, entre Guaporé e Mamoré!
Rolim de Moura Tavares, ali entre as paisagens daquelas margens, fizera a Vila Bela da Santíssima Trindade ao pé do Guaporé!
Sou a heróica defesa divina do Forte de Coimbra…
A expulsão dos inimigos precisa…
A defesa de Cuiabá, a evacuação de Corumbá, ambas idílicas!
Sou a força dos braços do Augusto Barão de Melgaço…E à ele eternos aplausos de honras gentílicas!
Eu sou a natureza em ópera…
Vi a luta histórica contra a varíola e a cólera…
Sou as gerações próximas que não nasceram ainda !!!
Sou a visão triunfal de Pascal Moreira Cabral a fundar no primeiro Arraial, com mui bom gosto!
Em São Gonçalo Velho inicial, nascia a estrela oficial do Pantanal, Cuiabá a linda Capital de Mato Grosso…
As águas do Coxipó aplaudiram…A fundação da Capital do Paraíso… Ao som da música dos índios e brados dos pássaros em um “Bem Vindo” ao espírito latino dançoso!
O Sol e suas luzes belas, e demais estrelas e velas, todas se constelam nos olhos de nossas feras, neste Estado Verdejante em tela em que o Céu coube todo!
Mato Grosso é o Hino de Deus… É o retrato falado do rosto seu! É o semblante esboçado do Criador magnificado, o sorriso mais comprido dado pelo lábios de Deus!
Sou o espírito Verdejante sobrepousado nesses gramados ramalhados… Sou o coração da vegetação suprapulsado que corta as Estações em quatro… Eu sou!
Sou essas flores auto olfatando-se, auto perfumando-se, sou as fontes auto hidratando-se, autobebendo-se… O mato autoengrossando-se eu sou!
Sou mato, sou relva, sou a índia das antigas selvas…Sou a canoa, sou a flecha, o remo, as velas eu sou!
Já dei uma rosa para Rosa Bororo…
Já dancei em volta das ocas, e dentro das rodas desse solo!
Sou filha do Guarani. Sou irmã do latim… Sou índia pintada, amiga da onça pintada aqui… E, no solo, eu me performo!
Sou o pincel bonito de um tempo antigo sob o penacho do meu coronário erguido e me renovo !
Como a fonte do infinito emerge o mistério do espírito… Essa terra e as tribos conhecem o meu grito e meus coros!
Sou essa terra que ouviu o riso de Miguel Sutil… Sou essa Serra que sentiu as escaladas em tempo frio, Sou a luz da lareira!
Como o alpinista no coração dos Montes…
Sou esses olhos espelhando o Mirante…
Sou o riacho em cheia que passeia nas Aldeias e rodeia as fontes…
Sou a bússola que o vento beira…
O som da locomotiva ativa entre seivas…
A pressão do sangue da geração em minhas veias… Sou os versos, me leia… avante…!
No balanço do tempo, eis que contemplo o Universo nos vendo, grávido de um novo Evento, de uma nova estrela!
Sou consciência expandida… Sou alma antiga… endossada em muitas idas e vindas, até que haja finda a vereda perfeita!
Talvez, pela solidez das cósmicas leis, mais de uma vez centelhei em missões, como as dos Freis, eleitas!
Sou todos esses rostos…
Eu sou Mato Grosso…
A água do poço…A orvalhesca fresca!
Amansei o primeiro cavalo…E galopei entre esses matos…
Vi o primeiro avião pousar entre a cerração deste Estado…
Vi, na ocasião, o vento contando a vegetação, e a linda evaporação dos orvalhos sobre os galhos!
A vida tem suas leis, e eu bem sei que já pulsei em muitos abraços!
Sou esse chão, a água do sertão e da urbanização…Sou o pulso dessas mãos que lavram o chão e matos!
Estou nas nascentes viçosas, no verde que brota, no Pantanal que rebrota, a parlatura das prosas, sou este Estado!
Ó Verdejante Mato Grosso, ó Estado largo ,quão moço! Eu sou seu rosto que o tempo talentoso pincela na vida e na tela da terra!
Ó mar de Cidades de expressividade que, em sua potencialidade se agrega e se prega!
Aos nove de Abril, o Céu inteiro se abriu, e aqui espargiu as divinas pérolas!
Sois, pois, a Sede das celestes réplicas!
Os Universos múltiplos reuniram diúrnicos, e selaram em público a Ata bela que o Céu chancela:
Compuseram o Acordo mútuo, que Mato Grosso é o Púlpito e mais brilhante núcleo da Maravilha Sétima!!!
Em tuas cirandas de épocas…
No encontro sacrossanto das décadas…
A ternura de tuas culturas ecléticas…
Tuas Cidades evolutárias de rochas milenárias, são os dedos das mão da Pátria, cidades ávidas de pedras!
Tua rica hegemonia, a cultura de tua economia, trabalhada na polietnia, é a radiosa e mais lustrosa Biografia de Deus na Terra!
Sou as planícies em belas pradarias…
Sou esses lagos e essas baías…
Sou o som e melodia da Ornitologia…
Isto seja, como a Bacia do Rio Azul!
Sou o espírito bendito da maior Caverna de arenito que há no Brasil bonito…e em Mato Grosso resido, entre os pés floridos de caju!
Floresta essa que alberga relevos e falésias…
Sou o Parque em festa onde congrega a egrégora do Xingu!
No interlúdio das conquistas, eis que a Bolívia era o Sudoeste dessa Maravilha, dessa terra matogrossílica, lembras tu?!
Sim, a Bolívia integrava essa lívia terra vívida, esse Estado de bonitas trilhas, terra da Festrilha e do Cururu!!
Porém, conforme o Tratado de Petrópolis, houve o corte entre Bolívia e esse Estado de Pólens em tom azul!
Fora incluído o Acre forte ao invés da Bolívia nobre…Bela irmã consorte, de luzes fortes qual abaju!
Ela, em saudades fortes, separou-se desse chão de Pólis, e hoje é Nação que acolhe… Mas, já foi esse Mato do norte e Mato do Sul!
Sou vizinho da Amazônia…
Sou o tríade Bioma:
Cerrado, Pantanal e Amazônia em naturezas sinfônicas, em porções fluviais e florestais…
Sou o som da viola de cocho, ganzá e mocho…
Sou o cururueiro melodioso…
Sou essas águas termais…
Sou essas borboletas que bordam as letras do vôo das Naturezas verdes e violetas, ultra verbais e supracolorais!
Sou o vigor das Capivaras, dos jacarés que se espraiam…
Sou o fluir do Rio Araguaia que se praia em sons eternais!
Já naveguei e andei com o Rei nas praias do Rio Paraguai!
Também sou o ritmo chorado, que prescinde do Afro, e ecoa neste Estado mui agro… dedilhado ao redor dos matos misteriais!
Sou a tinta pronta da Pintada Onça…
Sou o dom de Rubens de Mendonça…
Que os anais daqui remontam e contam coisas referenciais e historiais!
Sou o talento do ameríndio…do cabloco…do índio…do asiático espírito…Nesse sítio de céus naturais!
Terra de formosidades absolutas na pré-historicidade das grutas…como as pedras brutas diamantais, que vós lapidais!
Terra de Marechal Dutra…
Chão de naturezas múltiplas em púrpuras, e os mistérios se agrupam e se desnudam sobre as tais!
Marechal Deodoro morou cá…
Habitou e se casou em Cuiabá…
Viram-no jurar lá na Catedral de Cuiabá, juras nupciais!
No Cartório do 3° Ofício de Cuiabá…
O casório em certidão, no arquivo está…
Nos anais do Estado de prados verdejais!
Sou o espírito que celebra a estrela amarela da Bandeira dessa terra…
Ah, Bandeira azul!!
Estrela que fala, e os lábios se calam, ante sua Alvorada nos dias de gala, ó Estrela Sirius…!!
Uma das mais brilhantes da Constelação chamiscante…Estrela tão protagonizante quanto o Cruzeiro do Sul!
Estrela amarela…
Que revela o ouro dessa terra… E riquezas mil que agrega nela como o Ouro Branco do Sul!
Quatro dias, então, após a Proclamação da República na Nação, a Bandeira desse chão fora instituída!
Vi o ato feito, no institucionar de respeito, do símbolo estandártico perfeito que tremula e brilha!pelo ato de Direito do General escorreito, de heróicos feitos, Antônio Maria Coelho, em obra cívica!
Ó Bandeira azulante!
Do Estado Verdejante!
Losango branco pacificante!
Da Bandeira Nacional raiante vós sois a Filha que mais brilha!
Brasão do Brasil agril!
Expressão do chão pastoril!
Sou o verde da Bandeira do Brasil…
Sou o seu amarelo, pois fui, no pretérito, a maior fonte do singelo ouro eterno que no País belo fluiu e reluziu!
As nuvens do nosso sertão…mais alvas são que a neve de outra Região gentil!
Carregam chuvas de inspiração que gotejam nas telhas do coração da vegetação campil…
Ó brava gente, entre e adentre no pulsar do ventre do Brasil!
Estive com Dom Aquino…
Mirei seu espírito exímio compondo a letra do Hino que honra esse Estado lindo centro-oestil…
Eu dera-lhe o “Bem Vindo”, quando da terra, quão plínio, o espírito de Dom Aquino se despediu!
Mato Grosso: beleza que prevalece…
O espírito do poeta o descreve!
O azul de sua Bandeira sugere de forma leve e sutil:
Uma elevação espititual como a sublimidade celestial… como o galgar das naus no azul anil sutil!
Mato Grosso: Estrela célebre do agreste…Estrela do Centro-Oeste!
Em todas as Estações temos a Primavera do Leste !!
Deus pintou Campo Verde de um verde bem alegre em tons mil!
Mato Grosso amansa as feras, poetiza a lira da terra… Mato Grosso é a Primavera do Brasil!
Biblioteca fabulosa que não peca em sua Loja de biografia das rosas e de aves em prosa que outorgam e estocam miríades de brios mil!
Ah, Estado Verdejante, és a impressora fabricante das páginas impressionantes, salve, salve!
O DNA da beleza preexiste em sua natureza, e na essência de sua simpleza, ó salme, salme!
Como somos os teus cromossomos, e o espírito de teus sonhos… Que a parábola desse Conto te acalme, sim acalme!
Vi Rondon, em generosidade, visitar essas Cidades…e, com ele, vasta espirirualidade, em suas visitas de auxílio…
Levava coisas portifólicas em ação honrórica, provimentos às Escolas e lá cantava, em lírico, hinos cívicos!
Em qualquer Cidade que Rondon chegasse… Independentemente do dia que perpasse, na urbanidade ou nos sítios…
Esse dia, na verdade, tornava-se eventualidade e “feriado” na cidade, entre os seus gentílicos!
Dada a sua ilustridade, benevolência e positividade… Pois tinha a chave que abre as Cidades do espírito!
Vi Rondon em cada atitude, após reflexões em solitude…
Vi sua chegada nas altas Moradas da Virtude e fui-lhe receptivo em espírito!
Presenciei a expressividade do grande choro da nacionalidade, o universo indígena em lívida saudade, o choro das tribos fora ouvido!
Ouvi, em Rondonópolis, o choro alto e forte de seus consortes por causa da morte do líder exímio!
Tribos em prole em multidão cobre a Praça dos Carreiros em Rondonópolis e em todo Estado são fortes os gemidos!
Em Rondonópolis, entre as árvores de grande porte, choraram em rituais de sorte, em luto preemptivo todos os índios!
Mato Grosso: chão de deleites…
Terra em que Deus esteve!
E ainda habita, ó O vedes!
Nesse infinito cabe o Ser infinito!
Terra de carinhos, onde a Natureza fez seu Ninho… E o Universo fez seu caminho por esses ladrilhos fixos…
Gigante chão biodiverso, mas cabe nesses versos… Cabe aqui o Universo completo e o sucesso do espírito!
*SUZIANE CAVALCANTE é escritora e Poeta brasileira, em Rondonópolis.
CONATO: www.facebook.com/suziene.cavalcante