O Corinthians vê a classificação às oitavas de final da Copa Sul-Americana bastante ameaçada depois de apenas duas rodadas do torneio. A derrota por 2 a 0 para o Peñarol, na noite desta quinta-feira, na Neo Química Arena, foi o retrato de um time que, se não foi tão mal com a bola nos pés, perdeu-se psicologicamente depois do segundo gol dos uruguaios.
Giovanni González e David Terans, ex-Atlético-MG, fizeram os gols que deixaram o Peñarol a cinco pontos de distância do Timão no Grupo E. Com apenas um classificado por grupo, o time de Vagner Mancini já vive situação delicada e precisa de respostas urgentes em campo.
Como fica?
A vitória leva o Peñarol aos 6 pontos, tranquilo na liderança do Grupo E. O River Plate, do Paraguai, tem 4 pontos, em segundo lugar. O Corinthians tem apenas um, seguido pelo peruano Sport Huancayo, ainda zerado.
As decisões de Mancini
Em campo, os passes errados e falhas na marcação e recomposição deixaram o Peñarol à vontade para anotar os dois gols da vitória. Fora dele, o técnico Vagner Mancini teve uma noite de decisões equivocadas. A escalação de Léo Natel desde o início (e não Gustavo Mosquito) teve como intenção aumentar a força pelo lado direito do ataque – a cada erro, porém, o atacante foi perdendo confiança e só foi substituído depois do segundo gol. Luan, melhor do time, saiu precocemente. E Jô, inoperante, ficou por mais tempo. As entradas dos garotos Vitinho, Cauê e Gabriel Pereira, com o time já em desvantagem, pouco renderam.
Segundo tempo
O Corinthians voltou inexplicavelmente sem alterações – Léo Natel e Jô, principalmente, estavam sem confiança e errando em sequência. O Peñarol conseguiu ficar mais com a bola e, depois de uma bela troca de passes, o experiente Gargano encontrou Piquerez livre na ponta esquerda, que cruzou, viu a bola passar por toda a área e chegar a Terans, que só empurrou para as redes. Com a vantagem, o Peñarol diminuiu o ritmo, e Mancini, enfim, fez mudanças: no entanto tirou Luan, o mais efetivo do Timão, e lançou nomes como Mosquito, Ramiro e Vitinho.
Faltou cabeça para tentar reagir: nervoso, o time teve lances mais duros, reclamou com a arbitragem, caiu na pilha do rival e levou três cartões amarelos em sequência, com Cantillo, Otero e Bruno Méndez. A chance de diminuir veio com Fagner, em cobrança de falta que acertou a trave. Já era tarde para tentar alguma reação.