O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (SISM/MT) informa o falecimento do servidor Rodrigo Mendes Machado, na madrugada desta quinta-feira, dia 29. Rodrigo tinha 42 anos e esteve internado em Juína e Tangará da Serra, por mais de 20 dias, em decorrência da covid-19 e não resistiu. Ele deixa esposa e filhos.
“O servidor Rodrigo não tirou licença, trabalhou durante toda a pandemia atendendo as demandas da população e dos profissionais da saúde nos Escritórios Regionais de Tangará da Serra e Juína, mesmo sem ser imunizado”, contou a presidente do SISMA/MT, Carmen Machado.
Natural de São Paulo, Capital, Rodrigo era técnico da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) e por anos trabalhou nos Escritórios Regionais de Tangará da Serra e de Juína, que foi a sua última lotação.
Vacinação
Os servidores dos setores administrativos e de gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) em Juína não foram vacinados contra a covid-19, por conta de um entendimento do promotor Marcelo Linhares, da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Juína. A orientação do promotor é que os servidores só sejam vacinados após todos os idosos. O entendimento do promotor é contrário ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 instituído pelo Ministério da Saúde e com validade em todo país, bem como das resoluções da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) e Notas Técnicas do Ministério da Saúde e Estadual.
Devido a essa situação o SISMA solicitou a intervenção da SES/MT em fevereiro para que os trabalhadores fossem vacinados, e em março, foi informado pelos servidores do Escritório Regional de Saúde de Juína (ERS), que o imbróglio continuava e por isso, o assunto foi levado ao secretário Gilberto Figueiredo. Na mesma semana, o SISMA também recorreu à Justiça, que por sua vez, solicitou manifestação ao Ministério Público sobre o assunto.
“Infelizmente, até o momento, nenhum desses entes apresentou solução para o caso. O pedido de vacinação de servidores que estão em escritórios acontece porque esses continuam exercendo suas funções para que o sistema de saúde funcione como um todo. Além disso, esses trabalhadores recebem nos seus espaços, profissionais que estão na linha de frente, e até pacientes, e vão diariamente aos hospitais, para o monitoramento do atendimento e dos ‘leitos covid’. Dessa forma, a justificativa do promotor de que não existe risco de contaminação, não é pertinente. Por isso, mais uma vez, o SISMA reivindica a vacinação imediata, pela preservação da vida dos servidores da saúde.”, concluiu a presidente do SISMA/MT, Carmen Machado.