O vereador Doutor Luiz Fernando (Republicanos) indicou durante sessão plenária um projeto piloto ao Executivo para que em Cuiabá seja implantada a traumatologia humanizada para dar celeridade a pacientes com fraturas expostas e fechadas.

De acordo com o parlamentar, essa é uma indicação de campanha onde ele frisou nas mais de 180 reuniões com parceiros a necessidade de criar polo de atendimento em sua especialidade para reduzir o tempo de espera dos pacientes que sofrem dor por horas em filas nos Prontos Socorros das capitais.

Durante seus 20 anos atuando como ortopedista e traumatologista em grandes centros como Cuiabá, Curitiba e São Paulo, o vereador lembrou que a dificuldade é grande para a equipe de saúde, já que no local é o único ponto de atendimento e, por ser Capital, os municípios menores por não darem conta da demanda encaminham o paciente para a cidade que tem a especialidade médica. Com isso, a demanda se torna grande e o paciente leva em média até dois dias para ser atendido.

Em São Paulo e Curitiba, por exemplo, já foram criados polos referência nesses atendimentos, o que reduziu o tempo de espera do paciente que sofre por uma vaga.

“Funciona bem e por isso quero trazer essa realidade para Cuiabá também. Seria a descentralização dos traumas de acidentes domésticos e automobilísticos”, disse.

Atualmente em Cuiabá, se acontece acidente chama o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e sendo fratura exposta ou fechada leva ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Porém, essa unidade não atende só Cuiabá e sim a baixada cuiabana e ainda regiões Norte e Sul.

Com esse projeto piloto, que deve ser montado previamente em duas policlínicas ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) o paciente será levado pelo Samu ou pela própria família caso não chamem o serviço para um desses polos mais perto de casa. Lá, ele terá disponível uma equipe de ortopedista, técnico em imobilização engessada (engesseiro) e raio x funcionando sete dias da semana durante as 24h do dia.

“Aproximadamente 60% dos traumas são de tratamento conservador, ou seja, não dependem de cirurgia. E, se tem esses dois polos funcionando, os profissionais conseguem executar essa demanda sem deixar pessoas aguardando na fila. O que a gente precisa entender é que quando o paciente segue em hospital de trauma ele tem que seguir regras. Fratura exposta ou quadro grave sempre passa na frente de quem está com ombro luxado e fratura fechada, o que não significa que esses pacientes não sentem dor na fila. Então, isso traria celeridade para esses pacientes”, finaliza.