A falta de medicamentos e insumos básicos para atendimento aos pacientes – sobretudo os que são alcançados pelo coronavírus – poderá levar os hospitais ao caos absoluto. O alerta foi feito nesta quinta-feira, 15, pelo senador Wellington Fagundes, relator da Comissão do Senado que trata das ações de enfrentamento à Covid-19, quando se debateu a situação crítica das santas casas e hospitais filantrópicos.

Fagundes apresentou à Comissão requerimento para que sejam ouvidos o mais rapidamente possível os representantes das empresas Eurofarma, da Hypofarma e também da Neoquímica. Essas empresas são os produtores dos insumos básicos, dos anestésicos e dos bloqueadores, que estão em falta. O presidente da CT, senador Confúcio Moura, prometeu agilizar a reunião.

“Eles podem nos ajudar indicando os melhores caminhos que devemos perseguir porque a situação está insustentável. Em todo o Brasil, o sofrimento dos pacientes que precisam de uma UTI é imenso” – frisou.

Durante a audiência, Wellington Fagundes relatou o trabalho pelo fortalecimento das santas casas e hospitais filantrópicos, ao longo de sua trajetória parlamentar. “Por reconhecer esse relevante papel que a filantropia exerce na saúde pública, tenho orgulho de dizer que, ao longo da minha vida parlamentar, sempre dediquei meus esforços para o fortalecimento dessas instituições” – frisou.

Ele observou que o olhar das autoridades sobre essas unidades de saude não deve ser limitado à situação de emergência em saúde pública provocada pela pandemia. Isso porque, segundo declarou, esses órgãos atuam sempre no limite de suas condições financeiras. “Imaginemos o que seria deste momento tão grave se não houvesse santas casas e hospitais filantrópicos. Diria que é um quadro inimaginável” – acentuou.

Hospitais Universitários

Wellington Fagundes também mencionou a sanção, pelo presidente Jair Bolsonaro, da Lei Complementar 173, que permite a contratação de pessoal por cinco universidades federais e pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Originária do PLP 266/2020, de autoria do senador, a matéria modifica a lei do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (Lei Complementar 173/2020) e garante a contratação de 5 mil profissionais para os hospitais universitários em 48 unidades de saúde em todo país.

  Pedido de urgência foi formulado pelo senador Wellington Fagundes, que defendeu ouvir representantes das empresas que produzem insumos (Pedro França / Agência Senado)