A Organização Mundial de Saúde (OMS), criada em 1948 para garantir que todas as pessoas do planeta tenham acesso ao mais elevado nível de saúde, descartou a possibilidade de antecipar o calendário de distribuição de vacinas contra a COVID-19 em maior número ao Brasil. Mesmo reconhecendo que o nosso país tenha se transformado no epicentro mundial da pandemia.

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O esforço da diplomacia parlamentar, centrada na obtenção de excedentes de imunizante adquiridos pelas grandes potências, entre elas os Estados Unidos, entrou na ‘chance zero’. A falta de vacinas no mundo é uma verdade inquestionável diante da pandemia.

Infelizmente, por razões que o futuro e a história ainda apreciarão em seu tempo, o Brasil saiu atrasado na corrida mundial que se estabeleceu pelo único produto capaz de devolver a paz à humanidade.

Com toda a razão, a pergunta que as pessoas não param de fazer é: “Afinal, quando é que a vacina sairá das planilhas oficiais para o posto de saúde mais próximo da minha casa e daí para o meu braço?!?”.

Diante das respostas aos esforços institucionais que vêm sendo realizados para aumentar a importação da vacina, a resposta exigida pelo povo brasileiro só pode ser dada de forma enérgica com o devido – e decidido – recolhimento da proposta que temos trazido a discussão dentro da Comissão Temporária do Senado, qual seja, de se converter nosso parque industrial de produção de produtos de saúde animal para fabricação de vacinas contra a Covid-19.

Trata-se de uma iniciativa robusta, segura e eficiente, capaz de implementar num prazo de 90 dias, considerável quantidade de doses adicionais de vacina ao nosso crítico calendário de imunização. Isso, inclusive, ficou bastante patenteado na reunião da Comissão Temporária do Senado destinada a tratar de temas da Covid-19, quando se debateu a transferência de tecnologia.

São três ‘superlaboratorios’ cujas expertise e escala na produção de vacinas para saúde animal contribuem para projetar a pecuária brasileira à sua posição de liderança internacional, que se oferecem para interromper por três meses suas atividades rotineiras para fabricar a quantidade de vacinas contra a Covid-19 Necessário para imunizar toda nossa população.Esses laboratórios industriais ressalte-se, já operam sob os mais rigorosos padrões de biossegurança e rastreabilidade exigidos pela OMS. A Anvisa, inclusive, já notificou quatro empresas que fabricam produtos para saúde animal interessadas em produzir o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) para produção de imunizantes contra a covid-19, ao nosso pedido.

Feito isso, o Brasil terá amplas e totais condições de sair muito rapidamente da condição de epicentro mundial do coronavírus para ser um dos países mais cobiçados do mundo, com incrível poder de produzir o imunizante que todos querem e precisam – hoje concentrados em grande escala em apenas dois países, a China e a Índia.

Com uma inestimável vantagem adicional: como as empresas dominam a tecnologia do “vírus inativado”, o Brasil fica, desde logo, menos dependente da importação de IFA, princípio ativo hoje objeto de uma competição feroz no mercado mundial.

O que falta, então, para deslanchar esse processo produtivo? Eu diria que apenas a conscientização das mais altas autoridades do País, hoje reunidas no Comitê Nacional de Enfrentamento à Pandemia, para a urgência em remover as últimas dificuldades burocráticas no meio do caminho.

Afinal, em última análise, nós precisamos de vacinas e temos como fazê-la.

*WELLINGTON ANTÔNIO FAGUNDES   é médico veterináriosenador da República por Mato Grosso pelo PL,  relator da CTE Covid do Senado;  membro da Comissão Especial Mista da Reforma Tributária e da Comissão Especial da Covid-19; da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frenlogi) e vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Municípios.  .

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