O policial penal Wanderson Alexandre de Lima Marques, 34, foi achado morto em sua casa, em Várzea Grande. O corpo estava sob a cama quando foi encontrado na tarde de quinta-feira (1).

Segundo informações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), colegas de trabalho perceberam a falta do profissional e foram até sua casa, próximo a estrada da Passagem da Conceição.

Quando os colegas chegaram ao local, encontraram o carro da vítima estacionado na garagem e perceberam que o ar-condicionado estava ligado. Eles acharam melhor chamar a Polícia Militar para entrar na casa.

Os agentes chegaram ao local e arrombaram a porta. Em busca, encontraram o servidor no quarto, já sem vida. Um carta estava no cômodo.

A Polícia Civil e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram acionados para realizar os procedimentos no local.

 

A presidente do Sindicato dos Agententes Penitenciários (Sindspen), Jacira Maria, lamentou a perda e criticou o tratamento oferecido aos servidores.

 

“Ele estava deprimido! O que nos leva a supor que foram questões ligadas a essa pandemia, onde somos tratados como “Cota de Sacrifício”, onde não recebemos uma nota de pesar por parte dos gestores, onde se depara com 11 óbitos de policiais penais na ativa, 4 policiais penais intubados, dois internados e outros em quarentena. Os servidores não contam com assistência psicológica para acompanhamento, só acolhimento pela Gestão de Pessoas, o que é muito pouco para quem trabalha sob pressão e com o vencimento totalmente defasado. Estamos sofrendo e revoltados com o descaso da Secretaria de Estado de Segurança Pública com os Operadores da Segurança Pública, em especial os Policiais Penais, que estão morrendo e não vemos qualquer atitude humanizada”, declarou.