A cada dia, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ganha mais importância no mundo.
Mais uma grande metrópole priorizou o transporte sobre trilhos.
A cidade sagrada de Jerusalém (pouco maior que Cuiabá) com cerca de 900 mil habitantes, inaugurou em 2011 a primeira linha de VLT.
Leia Também:
– Governador analfabeto funcional
– Plebiscito não. VLT sim!
– O golpe de Mauro contra Cuiabá
– VLT, a ignorância e a filosofia
– O VLT e o governador Chernobyl
– Omissão do VLT é crime doloso
– Texas prioriza o VLT
– VLT vai gerar 1.200 empregos
-Governador e a educação política
-Negligência da China e da OMS
-Nos trilhos do Vale do Silício
-Caminhando em Sète
-Nos trilhos da Riviera Francesa
-Mobilidade com ar condicionado
-Dinheiro certo para o VLT
-VLT: o sonho de dom Milton
-CDL Cuiabá quer VLT
-VLT impulsiona o turismo
-VLT: Grupo de Trabalho em Cuiabá
São 14 km de trilhos com 23 estações. Mais de 145 mil pessoas são transportadas por dia, o que corresponde a 42 milhões de passageiros por ano.
O sucesso é tão grande que mais outras duas linhas estão em construção e serão inauguradas em breve.
O VLT rasga o coração da capital israelense para juntar os dois lados da cidade judia.
A velha Jerusalém Ocidental e os assentamentos judaicos que foram construídos para além da Green Line numa estratégia para consolidar a integração dos povos.
Israel é considerado a Terra Santa bíblica por Judeus, cristãos e muçulmanos.
O VLT foi concebido para atender as necessidades especiais de segurança de Israel, com vidros à prova de bala e um design elegante, sem partes mecânicas visíveis e, portanto, menos vulnerável ao terrorismo ou sabotagem.
Além disso, esse transporte ultramoderno trouxe um incremento no comércio local, pois atende os principais pontos turísticos dessa bela cidade.
O ponto de partida do VLT é na estação “Heil Há ’Avir”, seguindo por paisagens históricas até a estação final.
Vale a pena destacar algumas estações no trajeto da linha 1 como: a do “Portão de Damasco”, onde se pode ir caminhando até o “Muro das Lamentações”; a do “Portão Novo”, um dos oito portões da Cidade Velha de Jerusalém; “City Hall” (A Prefeitura), próxima ao Portão de Jaffa; “Mahane Yehuda”, onde está localizada a melhor feira da cidade; “Tachana Merkazit” (Rodoviária de Jerusalém), onde sai o Trem Rápido para Tel Aviv; e a última estação “Mount Herzl” ao lado do Monte Herzl, que é o cemitério militar mais importante de Israel.
Dali pode-se caminhar até o Museu do Holocausto.
Um dos pontos altos do percurso do VLT é a Ponte Suspensa de Cordas supermoderna, desenhada pelo grande arquiteto popular e engenheiro espanhol, Santiago Calatrava.
A Ponte das Cordas” estaiada em curva tem 118 metros de altura e foi projetada com dois trilhos para receber o VLT, uma passagem para pedestres e uma praça pública embaixo, tudo dentro de uma estrutura leve e transparente.
De acordo com Santiago Calatrava “as pontes unem lugares que estavam separados”. Israel continua encantando o mundo.
O VLT é um modal de transporte de massa que pode se desenvolver sem agredir o patrimônio histórico e cultural da cidade
É, sem dúvida, o mais liberal país do Oriente Médio, uma vez que sua população desfruta de direitos políticos e civis, além da liberdade de imprensa, liberdade econômica e apresenta indicadores sociais dos mais elevados do mundo.
A expectativa de vida ultrapassa os 80 anos e a alfabetização está acima de 97%. É um grande exportador de tecnologia militar, produtos farmacêuticos, químicos e software.
A ligação de Israel com o Brasil é muito grande, principalmente, a partir de 1947, quando Oswaldo Aranha chefiou a delegação brasileira na recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU).
Oswaldo Aranha liderou a votação para aprovar o Plano da ONU para a partição da Palestina, que culminou com a criação do Estado de Israel.
A tradição do Brasil abrir a Assembleia da ONU começou com Oswaldo Aranha. É a ele que devemos essa honra.
É importante para nós, em Cuiabá e em Várzea Grande, conhecermos um pouco desses exemplos de implantação do VLT, pois, além dos aspectos econômicos e de sustentabilidade, é um modal de transporte de massa que pode se desenvolver sem agredir o patrimônio histórico e cultural da cidade.
Se bem desenhado e implantado, pode conviver bem e em harmonia com jardins e praças e até mesmo com o tráfego de automóveis, bicicletas e pessoas.
Nada justifica continuar parada a obra em Mato Grosso, e muito menos ainda, substituir o VLT por outro modal de transporte ultrapassado, andando para trás na história, na tecnologia e na mobilidade, como pretende fazer o atual governador quando deseja priorizar o ônibus poluente (BRT) e os arranjos financeiros a ele vinculados.
*VICENTE VUOLO é economista, cientista político e coordenador do Movimento Pró VLT Cuiabá-Várzea Grande.
CONTATO: www.facebook.com/vicente.vuolo
E-MAIL: VVUOLO@senado.leg.br