O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, apresentou nesta quarta-feira, 3, os planos do Governo Federal para a BR-158 em Mato Grosso. Além da construção do contorno rodoviário à Terra Indígena Marãiwatsédé, está em andamento estudo de viabilidade para a concessão da estrada à iniciativa privada. O anúncio foi feito durante reunião com a bancada federal e líderes políticos e empresariais dos municípios na região de influência da rodovia, no Vale do Araguaia.
Relatos indicam que a chuva registrada em trechos da BR-158, entre os municípios de Ribeirão Cascalheira e Serra Nova Dourada, na região norte do Araguaia, tem deixado os motoristas ilhados devido aos atoleiros.Toneladas de grãos estão se perdendo nos caminhões parados nas filas que se formam no trecho. A rodovia tem 800 km em Mato Grosso. Os passageiros que realizavam viagens nesta última quarta-feira (3), acabaram tendo que passar a noite nos ônibus.
“Estamos buscando uma solução para os problemas da BR-158, que enfrenta um trecho de atoleiros, causados pela chuva, e que estão dificultando o escoamento da produção. É preciso, acima de tudo, garantir a trafegabilidade por nossas rodovias” – frisou o senador Wellington Fagundes (PL-MT).
Durante a reunião, o ministro lembrou que o lote A do contorno da BR-158 possui obra já licitada, com o processo correndo dentro do cronograma previsto. Já a licitação do projeto e da obra do lote B está em preparação. Ambos aguardam as licenças ambientais. “No mais tardar, o empreendimento começa no início de 2022”, afirmou.
Outro ponto adiantado pelo ministro é que a concessão da rodovia está em estudo pelo Governo Federal. A intenção é conceder à iniciativa privada os trechos da BR-158 entre Ribeirão Cascalheira/MT (entroncamento com a BR-080) até Redenção/PA (entroncamento com a BR-155) e da BR-155 entre Redenção (entroncamento com a BR-158) e Marabá/PA (entroncamento com a BR-222). “Nós também acreditamos na viabilidade da 158”, disse.
Além da BR-158, que exige ações emergenciais, Fagundes tratou com o ministro a situação das BR-242 e BR-174. No caso da 242, o trabalho maior diz respeito a obtenção das licenças ambientais necessárias à pavimentação. “Nossa meta é conseguir este ano todas as licenças” – frisou, lembrando que as obras para essa rodovia já se encontram, inclusive, licitadas.
Licenças Ambientais
Nesta quinta-feira, Fagundes esteve no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para tratar do licenciamento da BR-242. O presidente da Comissão Permanente Pró-BR-242, Odir José Nicolodi, o “Caçula”, revelou ao final que a reunião com o presidente Eduardo Fortunato Bin foi proveitosa. A expectativa é de que as obras comecem. “Já não temos mais divergências sobre o traçado” – disse.
“O que está pronto para iniciar a obra é de Santiago, passando por Paranatinga e chegando a Gaúcha do Norte. O senador Wellington tem nos ajudado muito, não tem como agradecê-lo. Saímos daqui com a certeza de que teremos obra” – acentuou. Caçula lembrou que faz 5 anos que essa BR está parada numa fazenda. Se considerar a zona de abrangência, está há 40 anos passando no mesmo lugar.