O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), disse que os decretos para barrar a Covid-19 anunciados pelo governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) têm causado confusão com potencial de prejudicar a população. Na visão do parlamentar, a resposta final sobre qual normatiza deve ser cumprida deverá vir do Poder Judiciário.
Conforme o deputado apontou ao Jornal da CBN Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (03), neste momento de segunda onda da Covid-19 os gestores deveriam estar unidos e adotando medidas uniformizadas. Contudo, conforme divulgado pela reportagem, as ações adotadas pelo Estado e pela prefeitura de Cuiabá no combate ao vírus têm sido discordantes entre si.
“Infelizmente isso é muito ruim. O Poder Judiciário acaba intervindo em decisões políticas por decisões como essa. É ruim para o empresário que não sabe qual decisão deve cumprir. É ruim para o trabalhador que trabalha em Cuiabá e Várzea Grande, porque Várzea Grande tem um decreto diferente de Cuiabá. Então, precisamos de união e uniformizar as informações”, disse o deputado.
“Enquanto está nesta confusão que está se criando com esses dois decretos é bastante preocupante e a população é que acaba pagando o pato e sendo prejudicada. No meu ponto de vista, não estão corretas. Acho que a Justiça vai ter que atuar de forma rápida, célere, para deixar muito claro sobre o que está valendo”, apontou.
O presidente da Casa de Leis também apontou que a medida adotada pelo governo estadual foi a mais adequada para o atual momento da pandemia no estado. Base da gestão estadual na Assembleia, o deputado apontou que o fechamento só deverá ser adotado caso o colapso na Saúde se agrave ainda mais nos próximos dias.
“Acho que a decisão foi a decisão possível, correta. O compromisso que o governador fez foi de todo dia fazer uma avaliação. O governo fez um decreto para 15 dias, mas que Deus ajude que em sete dias a gente baixe os leitos de 90% para 75%. Agora, se chegarmos daqui 15 dias e estar em 100%, o governo é obrigado a tomar medidas mais duras, é inevitável o fechamento”, disse.