O volume de água na Baía de Chacororé, em Barão de Melgaço , 113 km de Cuiabá, voltou a aumentar após intervenções emergenciais na região. Há cerca de um mês, a planície estava praticamente seca.

Quem conseguia andar a pé sem se molhar por cerca de 100 metros ou mais na baía até há algumas semanas já não consegue fazê-lo agora. A seca que atingia a baía deu espaço à água, que voltou a fluir em direção à baía e aumentou substancialmente a área alagada da planície pantaneira.

De acordo com o governo, por meio das Secretarias de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e de Meio Ambiente (Sema) foram realizadas obras na região para recuperar as condições ambientais e sanar as possíveis causas da diminuição do nível do volume de água da baía.

A chuva nos últimos dias também contribuiu para a efetividade das intervenções realizadas pelo Governo.

Segundo a Sinfra, foram executadas obras emergenciais de limpeza, desobstrução e retirada dos aterros nos principais canais, corixos e pontes de madeira, presentes na estrada municipal do Estirão Cumprido. Eles estão localizados entre o Rio Cuiabá e a Baía de Chacororé e a nordeste da baía, regiões que têm influência na alteração da dinâmica hídrica superficial e subsuperficial e, consequentemente, na diminuição volumétrica das águas na Baía de Chacororé.

O canal conhecido como “a Boca da Baía de Chacororé”, que leva a água do Rio Cuiabá direto à baía, também foi alvo de intervenções. O canal que antes estava obstruído com terra e matérias orgânicas, que impediam o curso d’água, foi completamente limpo e agora é possível a transposição das águas do rio à baía.

Além do canal e dos corixos, a retirada das estruturas de aterros e desvios que foram feitos na rodovia municipal, quando da instalação de pontes de madeira pela prefeitura – e que não foram removidos com o término das obras das pontes –, também está auxiliando nesse processo de retomada do fluxo da água em direção à baía.

Com o fim dos aterros, os veículos terão de passar somente pelas pontes de madeira e não mais pelo desvio, o que garante área livre para a passagem de água por baixo da ponte. Ao todo, 13 pontos receberam as intervenções da Sinfra, com o acompanhamento da Sema, além da rodovia MT-040.