Uma pauta levantada pelo Presidente Eduardo Botelho na Assembleia Legislativa recentemente, tem causado críticas, acolhido apoios e deixado muita gente preocupada com os rumos que a medida possa causar nos destinos de MT.

O voto secreto foi suscitado em função das polêmicas votações, vetos, matérias votadas e aprovadas recentemente que definem, modelam e traçam o futuro de milhares de pessoas no que tange concessões de reajustes e taxações de aposentados.

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Delicado assunto que semeia discórdias, colocam galerias lotadas, manifestações constantes, revoltas e perguntas que são constantemente jogadas ao vento, tentando procurar pais de criança ou autores de tais delicadas matérias.

De um lado o Governo que acuado quando recebeu o Estado em grandes dificuldades e necessitava de um choque gestacional para emergir, do outro, classes oprimidas vendo suas conquistas serem jogadas de lado e no meio a ALMT, tendo que avalizar propostas e projetos a toque de caixa, contrariando discursos de deputados, apostando nas soluções apresentadas e votando, de maneira cega as vezes, na ânsia de tentar reconstruir o estrago encontrado.

Problemas e soluções da época à parte, a ALMT e a maioria de seus membros se solidarizou com causas, apoiou mesmo contrariando suas bases, medidas que  mostraram a cara nas votações mais polêmicas e sendo avalista de muitas das revoltosas ações que são o fruto de bandeiras que hoje rotulam deputados.

Dois anos depois temos um Estado solvente, dinheiro em caixa, obras pelos quatro cantos, salários e fornecedores em dia e um futuro delineado, apesar de crises, traçado com solidez e base de sustentação coesa e solidária.

Contudo, direitos adquiridos, pleitos de cumprimento de promessas em campanha, liberdades de expressão política em tribunas e a independência parlamentar, ficam acuadas diante do poder da caneta do Estado que manda projetos, veta os que acha pouco pertinentes e acaba colocando a conta de suas pretensões no colo de parlamentares e da ALMT.

A sociedade culpa os deputados, o governo fica a cavalheiro e seu poder de veto, coloca a todos sobre a régua do incipiente termo “ACABESTRADOS”.

Difícil para um parlamentar, com bases espalhadas pelo Estado, seguimentos distintos de suas plataformas como sustentáculos e muitas satisfações a dar a população, ser acuado em votações polêmicas e ficar entre cruz e espada de pleitos que dependem diretamente do executivo.

Pressões, argumentos ou quaisquer outras desculpas não podem fazer da ALMT um secretariado, a independência da casa, dos parlamentares e dos ideais por eles defendidos tem que ser respeitados, afinal, eles são a voz do povo no parlamento e avalistas de seus pleitos.

Muito o que falar ainda sobre o voto secreto, mas esta seja talvez a mais acertada medida da Presidência para balancear as distorções e constrangimentos que estamos vivendo ultimamente.

Assunto em pauta, avaliações profundas a serem feitas e respeito a maioria dos parlamentares esta colocado a mesa.

A ALMT é maior que deputados, Governo e será sempre menor que a sociedade, a razão inquestionável de sua existência.

*MAX JOEL RUSSI é Deputado Estadual pelo PSB e está na Primeira Secretaria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. É também Presidente da Executiva Regional do PSB. Foi vereador e prefeito de Jaciara.

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