Um jornalista que atua como assessor de imprensa no Hospital Santo Antônio, em Sinop (a 503 km de Cuiabá), publicou uma foto no Instagram comemorando que havia sido imunizado contra a Covid-19.

 

No texto, Luciano André afirmou que é da área da Saúde, já que transita pelos corredores da unidade.

 

Nos comentários, usuários da rede social postaram críticas contra o jornalista, que publicou uma foto segurando frasco da vacina.

 

“Tuas justificativas para furar a fila são sórdidas. Espero que o MPE te ensine algumas noções de cidadania e respeito às leis, coisa que não aprendeu direito como suposto jornalista, né?? Que vergonha ver isso!!!”, diz uma das publicações.

 

Outro internauta apontou que o jornalista “se colocou” na linha de frente.

 

“Falta de respeito se colocar na linha de frente, não é da saude. Muito feio isso”, escreveu.

 

Já outra usuária da rede social questionou se o assessor de imprensa poderia mesmo ser vacinado no grupo prioritário da campanha.

 

“Uai! E pode? Se não é da área da saúde, não está elencado no grupo 1… Se for porque transita, desde março transito, também, por corredores, postos de saúde, ambulatórios, enfermarias, inclusive ala de COVID de alguns hospitais, pois estou em tratamento constante devido estar com minha saúde comprometida, mas nem por isso sou pertencente ao grupo prioritário da vacina”, criticou.

 

Em sua postagem, Luciano André contou que viveu “10 meses de medo, angústia e muita tensão” ao cumprir o papel de jornalista na unidade.

 

“Para poder levar a informação, transito pelos mesmos corredores e, muitas e muitas vezes, entro em áreas restritas como UTI e centro cirúrgico e me paramento com o mesmo protocolo que os médicos”, afirmou Luciano.

 

Na primeira etapa da campanha de vacinação contra a Covid-19, o Plano Nacional de Imunização (PNI) determinou que fossem vacinados apenas profissonais de Saúde que atuam na linha de frente dos atendimentos da doença, idosos que vivem em abrigos e com mais de 75 anos, e indígenas.