“Me causa estranheza, como peemedebista pois sou do partido desde 1985, época de grandes lutas de Ulisses, Bezerra, Dante de Oliveira e tantos outros – estive ausente por um tempo, retornei há 5 anos – quando me deparo com uma opinião no mínimo equivocada publicado pelo Secretário de Estado Silvano Amaral, referindo-se ao PMDB e questionando a liderança do prefeito Emanuel Pinheiro, não poderia deixar de me posicionar. Pensando bem, o secretário Silvano encontra-se fragilizado eleitoralmente pois vem de uma perda de campanha para deputado estadual e recentemente com uma perda eleitoral para prefeito em sua cidade, Sinop, restando então ficar atrelado ao Governo do Estado”, afirmou Zito Adrien Neto, que também é secretário de planejamento em Cuiabá.
Na última semana, durante entrega de maquinários, o secretário de Estado afirmou que o MDB iria continuar com o governador Mauro Mendes (DEM), inclusive em uma possível campanha de reeleição em 2022, e que se Emanuel não concordasse com isso, ele deveria ir para outra sigla. Para Adrien Neto, isso foi uma “afronta”.
“Está na hora do Partido deixar de ser coadjuvante de Programas de Governo que não vão ao encontro dos interesses da população, das minorias e aos anseios dos trabalhadores. Precisamos de um PMDB protagonista como sempre foi no passado, passado este de lutas pelas grandes causas nacionais”, afirmou o secretário municipal.
“Tenho certeza que a liderança do Prefeito Emanuel Pinheiro e do Presidente Bezerra não permitirão que o partido no futuro continue atrelado a grupos políticos como o que se encontra hoje no poder estadual, e que basicamente só defendem os seus próprios interesses. Senão vejamos, o governo atual nunca concedeu nada que fosse voltado aos interesses dos funcionários públicos, professores, aposentados e pensionista. Tudo foi pensado em apoiar o veto da Assembleia Legislativa”, completou ele.
Zito Adrien citou, por exemplo, a falta de pagamento do RGA dos servidores e a difícil relação do Estado com o Fórum Sindical, com quem o MDB “sempre foi respeitoso e sensível as suas lutas e reivindicações”.
O secretário municipal de Planejamento ainda afirmou que é incompreensível que uma ‘minoria’ do partido não reconheça a liderança de Emanuel, prefeito de Cuiabá, tudo, segundo ele, para “agradar o Paiaguás”.
“O caminho que precisamos seguir é de unir os interesses sob a regia do grande comandante Presidente Carlos Bezerra, para que o MDB volte a essência da sua criação e não um partido de chacota, de composição e de simples atrelamento daqueles que querem viver do holerite. Que volte a atender os anseios da nossa população. “Escutai a voz rouca das ruas“ dizia Ulysses Guimarães o MDB precisa voltar a esse princípio que sempre norteou o seu caminhar”, finalizou.