Enfim, o Santos pode pensar apenas na final da Libertadores. No último compromisso antes da decisão contra o Palmeiras, o time reserva do Peixe foi derrotado por 2 a 0 pelo Atlético-MG, em Belo Horizonte, nesta terça-feira.

Depois da partida, o assunto principal da entrevista coletiva de Cuca, claro, foi a final marcada para as 17h deste sábado, no Maracanã. O treinador, quando questionado como sua equipe chega psicologicamente para o duelo, não titubeou:

– 100%. Um jogador para desempenhar precisa estar psicologicamente bem. E nós estamos bem. A julgar daí, estamos 100%. Vamos fazer tudo e mais um pouco para tentarmos sair campeões. Só o tempo até sábado, pelas 19h, talvez mais tarde, vai dizer que tudo que colocaremos em prático será suficiente para sermos campeões – disse Cuca.

Cuca, inclusive, já viveu a experiência de ser campeão da Libertadores. Em 2013, o técnico dirigiu o justamente o Atlético-MG, rival desta noite, ao título da competição continental. O treinador diz que resgatará “coisas positivas” daqueles tempos para a decisão deste sábado.

– Sempre vamos buscar coisas positivas guardadas dentro de nós, experiências. Eu guardo e certamente vou usar – finalizou Cuca, sem entrar em maiores detalhes.

Uma pista das “coisas positivas” está no próprio Mineirão. Depois do jogo, o técnico se ajoelhou perto do mesmo banco de reservas do qual acompanhou a decisão por pênaltis entre Atlético-MG e Olimpia, do Paraguai, em 2013. Após o último pênalti dos paraguaios, o técnico desabou no gramado, emocionado com a conquista do título.

Melhores momentos: Atlético-MG 2 x 0 Santos pela 28ª rodada do Brasileirão 2020
Melhores momentos: Atlético-MG 2 x 0 Santos pela 28ª rodada do Brasileirão 2020

Mais respostas de Cuca:

Três derrotas seguidas, duas com time reserva

– Santos não vence há três jogos: Fortaleza em Fortaleza com esse time, hoje com esse time aqui. Não posso cobrar vitórias. Posso cobrar entrega, empenho, atitude e organização. E eles têm me dado. O que é feito por nós é o mais certo possível, pensando no sábado e no futuro do Santos. Quanto vale ter 21 aqui e 17 da base? Terminar o jogo com quase todos da base contra candidatos ao título como Galo, Flamengo e São Paulo? Amadurecem muito e não há influência no jogo de sábado.

Como Alison voltou da Covid-19

– Temos quarta, quinta e sexta para definir no sábado. Vamos estar juntos. Não o trouxe para não correr risco. Não havia essa necessidade. Balieiro entrou no lugar dele e cumpriu papel. Agora temos tempo para avaliar tudo.

Wellington Tim

– Ele entrou no lugar do Palha. Palha não fez um bom jogo. Me confidenciou que ainda sente alguma sequela da covid, por isso que não conseguiu desempenhar o que geralmente desempenha. Tem crédito, tem nossa confiança. Wellington entrou muito bem, fez marcação e saiu para apoio. É lateral também, assim como zagueiro. Ajustou marcação no setor e segundo tempo foi mais equilibrado que o primeiro.

Marcos Leonardo

– Tem 17 anos, afogou. Correr em campo enorme… Adversário saiu na frente, com jogadores tarimbados. Alonso e Réver. Tem sido maravilhoso ganhar experiência. Esse menino não é para já, mas tem evoluído muito. Já pensou daqui um ano ou um ano e meio? Pegando corpo em cima de jogos importantes? Foi muito bem, uma pena não ter feito gol. Everson pegou, depois voleio passou perto. É definidor, também tem velocidade. Vai aprendendo os caminhos, descobrir a segunda bola e o tempo vai ensinar naturalmente. (Globo Esporte)