Depois de duas vitórias consecutivas no Brasileirão (sobre Goiás e Palmeiras), o Flamengo foi derrotado pelo Athletico na tarde deste domingo e se complicou na briga pelo título. Com a vitória do Inter no clássico contra o Grêmio, o Fla a partir de agora não depende mais apenas de si para ser campeão. O técnico Rogério Ceni falou com a imprensa após a partida na Arena da Baixada.

A primeira pergunta foi sobre a saída de Gabigol para a entrada de Pedro – o camisa 9 mostrou insatisfação e conversou com Ceni. Logo em seguida, o treinador colocou Rodrigo Muniz e ficou com dois atacantes na área.

– O Gabriel saiu reclamando porque deu muitas opções, mas não recebeu as bolas. E eu até dei razão a ele. Nós realmente tivemos chances, tanto com Vitinho e Everton, de dar para ele, mas ele não conseguiu receber essa bola. Depois nós optamos por um jogador mais de referência, que é o Pedro, para proteger e esperar a chegada dos jogadores de meio.

– Depois terminamos com Muniz e Pedro na área, e o Matheuzinho, que é um jogador que chega mais na linha de fundo. O Muniz tem característica de entrar na área, mas também consegue ter força para recompor. Por isso a opção por esses jogadores. No final do jogo, perdendo, nós tentamos ter dois jogadores de área – completou.

O Flamengo volta a campo na próxima quinta-feira para fazer o jogo atrasado contra o Grêmio, às 20h (de Brasília), em Porto Alegre.

Outras respostas de Ceni na coletiva:

Por que Gabigol não pode jogar com Pedro, mas Muniz pode?

– Jogam na mesma posição porque é de área. O problema é que… Pedro e Gabriel posso colocar os dois juntos, mas não tenho a recomposição. O jogo é em duas partes. Atacando a na recomposição. Os dois se esforçam, mas não são marcadores. Muniz chega na área, tem o jogo aéreo, mas também consegue fazer um lado do campo, para minimizarmos também a chance de sofrer gols. Essa é a maior dificuldade. Gabriel e Pedro não fazem lado. O Muniz consegue fazer a recomposição lateral.

Confira a coletiva de Rogério Ceni após derrota do Flamengo para o Athletico-PR

Erros defensivos nos gols do Furacão

– No primeiro gol houve um erro de posicionamento. O Nikão cruza com a perna esquerda, e nós deixamos as costas livres para o jogador do Athletico fazer a finalização. No segundo, a posse era nossa. Arriscamos um passe quando poderíamos ter girado pelo lado. Eles recuperaram, fizeram o contra-ataque e marcaram o gol. Então, o primeiro foi erro de cobertura. O segundo, uma tentativa de passe precipitada.

Dificuldade de colar no líder

– O Flamengo tenta sempre que tem a chance, nem sempre consegue. Conseguimos vencer o Goiás, o Palmeiras… Com uma vitória hoje estaríamos bem colocados para a disputa futura. Continuamos sete pontos atrás do Inter. Temos esse jogo atrasado contra o Grêmio, e vamos poder fazer uma análise melhor quando tivermos igualado o número de partidas. Vamos saber a distância real e as chances. Ainda temos confrontos com Inter. Confronto está aberto. Vamos trabalhar em busca de chegar contra o Inter com chances de igualar e na última rodada, contra o São Paulo, tentar buscar o título.

Por que tirar sempre Arrascaeta e Gabigol?

No último jogo, o Arrascaeta pediu para sair porque estava com cansaço na coxa. Ele ficou dois dias sem treinar. Vem jogando todos os jogos. Hoje saiu no minuto 80. Eles cansam, se desgastam, precisam marcar pressão. Temos meias. O Diego, Gerson. Pepê também saber jogar nessa função. Se o Arrascaeta não tivesse cansado, não teria saído. (Globo Esporte)