O avanço da pandemia do coronavírus no mundo e sobretudo no Japão, sede das Olimpíadas deste ano, tem gerado desconfiança por parte da população e preocupação entre os organizadores do evento. Diante desse cenário, o ex-vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) e membro honorário da entidade, Kevan Gosper, sugeriu que a Organização das Nações Unidas, a ONU, pode ajudar a decidir o futuro dos Jogos, marcados para julho.

Bandeiras do Comitê Olímpico Internacional, o COI, e da Organização das Nações Unidas (ONU) — Foto: Divulgação/ONU

Bandeiras do Comitê Olímpico Internacional, o COI, e da Organização das Nações Unidas (ONU) — Foto: Divulgação/ONU

– Se você estiver procurando por uma terceira parte que reconheça que essa questão já não está mais relacionada apenas ao esporte ou ao interesse nacional em virtude da Covid-19 e seu impacto, então seria o caso de pedir o envolvimento das Nações Unidas para ajudar a decidir se os Jogos serão realizados ou não, porque estamos falando sobre algo que vai envolver representantes de 205 países. Nós já fizemos isso antes – sugeriu Gosper.

As Olimpíadas de Tóquio seriam realizadas originalmente em julho de 2020, mas foram adiadas para julho de 2021 devido à pandemia. Mesmo com a nova onda de casos que atinge o Japão e o restante do mundo, o presidente do Comitê Organizador de Tóquio, Yoshiro Mori, disse que uma nova realocação da data dos Jogos está fora de cogitação, mas a questão ainda não é um consenso.

Sem poder contar com a vacina no Japão, o país tem registrados números recordes de transmissão do coronavírus; cerca de 40% dos últimos casos de infecção e de óbitos por Covid-19 foram registrados apenas no último mês. Diante da crise da emergência, Tóquio – onde 80% dos leitos já estão ocupados – e outras três prefeituras decretaram estado de emergência.  (Globo Esporte)