O Amazonas vive um novo surto da Covid-19. As internações bateram recordes, e unidades de saúde ficaram sem oxigênio na última quinta-feira. O Amazonas foi obrigado a enviar pacientes para outros estados. Os cemitérios estão lotados, e instalaram câmaras frigoríficas. Para frear o vírus, o governo decidiu proibir a circulação de pessoas entre 19h e 6h em Manaus.
O colpaso sanitário sensibilizou alguns jogadores, que fizeram doações através de projetos sociais. Segundo o responsável do projeto “Salaada Solidário”, Thiago Gonçalves, ex-jogadores como Kaká, além de atletas como Diego, do Flamengo, Richarlison e Fabinho, da seleção brasileira, e Thiago Galhardo, artilheiro do Brasileirão pelo Internacional, doaram cerca de R$ 100 mil. O objetivo era ajudar na compra de oxigênio, que ainda está em falta.
– Não é só pelo esporte, não é só um jogo. Quando a gente precisou, eles estavam lá, estavam aqui para nos dar apoio e credibilidade para fazer a nossa campanha ganhar corpo, força e voz. Às vezes estamos apenas remando, mas quando chegam pessoas como o Richarlison, Kaká, Fabinho, que entraram em contato com a gente e falaram: “Vamos apoiar vocês, vamos compartilhar com os nossos amigos e vamos dar o suporte necessário para vocês.” A gente recebeu esse apoio de artistas, atletas, outros jogadores, muita gente entrando nessa corrente e se identificando com ela. A dor do outro é a nossa dor, não podíamos ficar parados – disse Matheus.
Reconhecido por se engajar em causas sociais, Richarlison foi o primeiro a mandar mensagem perguntando de que forma poderia ajudar. Ele chegou a postar em sua rede social “oxigênio para Manaus”. O meia Diego foi outro que usou as redes para divulgar o carência do estado e, assim como o atacante do Everton, prometeu doar 10 cilindros do insumo.
– Richarlison mandou para a gente a primeira mensagem, ele mesmo que entrou em contato querendo saber sobre a situação, o que ele poderia fazer para ajudar. Ele fez a doação, compartilhou com os amigos, com certeza teve mais gente por trás dele envolvida, através dele também. Não só ele como outros jogadores entraram em contato. É aquela história: “o Brasil está abraçando, o Brasil e o mundo abraçando o nosso pulmão né, praticamente – concluiu.
Diego entrou em contato “pessoalmente” para perguntar de que forma poderia ajudar — Foto: Reprodução/Conmebol