Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega para a rodada #30 do Brasileirão, com a evolução da média móvel de expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários. A cada cinco jogos, é formada uma média por jogo dessas produções, por isso, o gráfico começa na rodada #5. Além disso, compara o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando, considerando também as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 71.589 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.945 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para entender a produtividade atual de cada equipe. Obrigado pela leitura. Ótimo jogo. Saúde!

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Palmeiras

  • Palmeiras e Grêmio têm as melhores campanhas do segundo turno do Brasileirão. Conquistaram 19 pontos em nove jogos, um aproveitamento de 70%. O Palmeiras conquistou seis vitórias e perdeu duas vezes; o Grêmio venceu cinco, mas não perdeu nenhuma, o que já resume a importância e o nível dessa partida. Em toda a competição, o Palmeiras é o quinto melhor mandante (7V, 4E, 2D, 64%), com o sétimo ataque (média 1,69) e a sétima defesa (0,02). O Grêmio é o sétimo visitante (3V, 9E, 2D, 43%) com o quarto pior ataque (0,79), mas com a melhor defesa visitante (0,71).
  • O contra-ataque é um caminho possível para o Palmeiras, quarta equipe com mais gols marcados dessa forma (cinco sendo dois deles quando mandante). O Grêmio é a quinta equipe que mais sofreu gols dessa forma (cinco sendo quatro deles quando visitante, como nesta rodada).
  • O Palmeiras finaliza em média de 15,5 vezes por partida (sexto desempenho mandante), e precisa de 9,2 tentativas para fazer um gol, oitava marca. O Grêmio é o segundo visitante que menos sofre finalizações (10,5) e o segundo que mais exige finalizações (14,7) dos mandantes para que consigam um gol. O Grêmio é o sexto visitante que mais finaliza no Brasileirão (média 12,1), mas o terceiro menos eficiente: precisa de 15,4 para conseguir um gol fora de casa. O Palmeiras é o 11º mandante em finalizações sofridas (11,6) mas o sexto que exige mais finalizações (12,6) até sofrer um gol.
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Favorito >> Fluminense

  • O Fluminense tem a sexta campanha mandante (7V, 4E, 3D, 60%) e recebe o Sport, quarto pior visitante (2V, 4E, 8D, 24%) com o pior ataque visitante (0,64). Dos últimos sete jogos como visitante, o Sport não fez gol em seis e perdeu cinco deles, empatando os outros dois. O Fluminense só não levou gol em suas das últimas sete partidas como mandante.
  • O Fluminense é o quarto mandante que menos finaliza no Brasileirão com média de 11,4 conclusões por jogo, porém é o terceiro ataque caseiro mais eficiente, com um gol a cada 7,0 tentativas. O Sport é o segundo mandante que mais sofre finalizações, média de 17,3, e isso é um problema contra um ataque tão preciso. Ainda assim, o Sport é o sexto visitante que mais resiste a esses ataques, sofrendo um gol a cada 12,1 finalizações que sofre. No ataque, é o visitante que menos conclui, média 8,0 e o 15º em aproveitamento, com um gol a cada 12,4. O Fluminense sofre 10,4 finalizações, sétima marca, e leva um gol a cada 10,4 conclusões, 11º desempenho defensivo.
  • Apesar de a influência aérea ter caído no ataque do Fluminense de sete para quatro gols em cada dez marcados, há potencial par a equipe carioca marcar dessa forma, já que na defesa do Sport a marca subiu de seis para sete entre os últimos dez gols sofridos. No ataque, os gols aéreos caíram de nove para cinco dos últimos dez gols marcados e o Fluminense só sofre entre dois e três dessa forma de cada dez gols que leva.
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Favorito >> Vasco

  • O Vasco é o quinto pior mandante do Brasileirão (5V, 4E, 5D, 45%) e recebe o Coritiba, pior visitante (2V, 3E, 9D, 21%) com a segunda pior defesa visitante. Os dois times já sofreram cinco gols de contra-ataque na competição e só três equipes sofreram mais que isso, seis. O Vasco já fez cinco, quinta melhor média, e em casa já foram três. O Coritiba já marcou quatro, nona média, dois quando visitante, como nesta rodada. O Vasco tem o segundo melhor aproveitamento nas finalizações em contragolpes (16,1% viram gol). Só o Atlético-MG é melhor. O Coritiba tem o oitavo aproveitamento (12,1%).
  • O Vasco é o quarto mandante que menos finaliza (média 11,4) e precisa de 10,7 finalizações para conseguir um gol (12ª eficiência). Quando visitante, o Coritiba é a terceira equipe que mais sofre finalizações (16,4) e a quinta que menos resiste a elas, sofrendo um gol a cada 8,8. No ataque, o Coritiba tem média de um gol por jogo: é o 12º visitante em finalizações e o oitavo em eficiência, com um gol a cada 10,2 tentativas. Em casa o Vasco tem média de um gol sofrido por jogo, 12ª marca em finalizações sofridas e sétima eficiência, com um gol sofrido a cada 12,1 finalizações sofridas.
  • Há potencial para gol a partir de jogadas aéreas na partida. O Vasco marcou seis dos últimos dez gols com a bola viajando pelo alto e cinco dos dez anteriores e se o Coritiba sofreu quatro dos últimos dez dessa forma, entre os dez anteriores foram sete. A relação com a bola aérea mudou também no ataque: o Coritiba fazia oito de dez gols usando bolas altas, mas entre os últimos dez foram apenas três. O Vasco só tinha sofrido dois de dez gols pelo alto, mas dos últimos dez foram cinco. A ver se o Coritiba ajustou a defesa ou se irá sucumbir frente uma equipe especialista.
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Favorito >> Santos

  • O Santos tem a sétima campanha mandante (6V, 6E, 2D, 57%) com o segundo melhor ataque mandante (média 1,86). Recebe o Botafogo, 14º visitante (2V, 6E, 6D, 29%) com a quinta pior defesa visitante (1,64). Dos últimos dez jogos fora de casa, o Botafogo só não sofreu gol em um (média 1,8 por partida) e dos últimos dez em casa, o Santos não marcou em dois (média 2,1). O Santos já teve oito pênaltis a favor no Brasileirão, segunda maior marca, e o Botafogo teve dez contra, pior desempenho defensivo.
  • O Santos é o 13º mandante em finalizações (média 12,4), mas é o mais eficiente, com um gol marcado a cada 6,7 tentativas. O Botafogo é o quarto visitante que mais sofre finalizações, um problema contra uma equipe tão precisa, e leva um gol a cada 9,7 finalizações sofridas, 11ª marca. No ataque, o Botafogo é o nono visitante em finalizações (11,4) e precisa de 12,2 para conseguir um gol (14º desempenho). Em casa o Santos sofre em média 12,2 finalizações e um gol a cada 10,1. Ambas representam o 13º desempenho.
  • Um caminho para o Botafogo surpreender está na bola aérea: o Botafogo dez seis de seus últimos dez gols a partir de bolas altas e o Santos levou seis tanto dos últimos dez quanto dos dez anteriores. O Santos só marca pelo alto quatro de cada dez, e o Botafogo baixou de quatro para três a influência entre os dez últimos gols marcados.
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Favorito >> São Paulo

  • O Athletico-PR domina quando mandante os confrontos contra o São Paulo, que só venceu dois de 13 jogos com esse mando de 2006 para cá. Mas desta vez pode ser diferente: o Athletico-PR tem o 11º desempenho mandante (6V, 3E, 5D, 50%) com o quatro pior ataque (0,93), mas com a terceira melhor defesa (0,71) visitantes. O São Paulo é o segundo melhor visitante (7V, 4E, 4D, 56%) com o melhor ataque (1,73) e a décima defesa (1,33).
  • Embora seja o nono ataque mandante que mais finalize (média 13,5), o Athletico-PR é o terceiro menos eficiente, precisando de 14,5 tentativas até conseguir um gol. Mas embora o São Paulo seja o terceiro visitante que menos sofre finalizações (10,9), é o terceiro que menos resiste a elas, levando um gol a cada 8,2 finalizações sofridas. Quando ataca, o São Paulo é o quarto visitante que mais finaliza (13,7) e ainda é o segundo mais eficiente, com um gol a cada 7,9 chances. O Athletico-PR sofre em média 10,6 finalizações, sexta marca mandante, e é o segundo que mais resiste a elas, com um gol sofrido a cada 14,9 finalizações que sofre.
  • A expectativa é que os times tenham maior eficiência com as jogadas rasteiras do que no jogo aéreo já que tanto na defesa quando no ataque a influência de ambas fique em quatro gols aéreos a cada dez marcados, embora o Athletico-PR tenha levado seis entre os dez anteriores.
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Favorito >> Atlético-MG

  • O Atlético-MG é o melhor mandante do Brasileirão (10V, 3E, 1D, 79%) com o melhor ataque (média 2,21) e a quarta melhor defesa (0,79) mandantes. Recebe o Atlético-GO, quinto melhor visitante (5V, 4E, 5D, 45%) com o segundo pior ataque (média 0,71), mas a quinta melhor defesa (1,07) visitantes. As duas equipes já levaram seis gols de contra-ataques e ninguém levou mais, embora o time mineiro tenho feito um jogo a menos. O Atlético-MG já fez sete gols em contragolpes, maior marca.
  • Quando mandante, o Atlético-MG tem média de 17,4 finalizações por partida (terceira maior marca) e precisa de 7,8 para conseguir um gol, quarta maior eficiência. O Atlético-GO fora de casa sobre em média 11,4 finalizações (quarta melhor marca) e um gol a cada 10,6 (nona média). Quando ataca tem média de 11,9 conclusões por partida (sétima marca), mas precisa de 16,6 tentativas para fazer um go, segunda pior eficiência visitante. Em casa o Atlético-MG permite apenas 9,1 finalizações aos visitantes, terceira melhor média, e resiste a 11,6 até sofrer um gol, oitava marca mandante.
  • O time goiano vinha controlando bem seu espaço aéreo, com apenas dois gols sofridos em bolas altas de dez sofridos, mas a marca subiu para cinco entre os últimos dez que levou. Uma preocupação, já que o Atlético-MG vem variando entre cinco e seis a partir de jogadas aéreas a cada dez gols que marca. Os mineiros se defendem bem: levaram quatro dos últimos fez com bolas altas, apesar de terem sido apenas dois dos dez anteriores. O Atlético-GO fez quatro dos últimos dez pelo alto a tinham sido três entre os dez anteriores.
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Favorito >> Internacional

  • O Internacional tem o segundo melhor aproveitamento mandante (9V, 4E, 1D, 74%) com o quinto melhor ataque (média 1,79) e a quarta melhor defesa (0,79) mandantes. O Fortaleza tem o 15º aproveitamento visitante (2V, 5E, 7D, 26%), mas se tem o quinto pior ataque (0,86), tem a sexta melhor defesa visitante (1,14). Quando mandante, o Fortaleza tem a segunda melhor defesa mandante (0,67) mesmo sendo a quinta equipe menos punida com cartões amarelos (65). O Inter recebeu 76 amarelos, quinta equipe mais punida.
  • A eficiência é o forte do ataque do Internacional: apenas o 14º em média de finalizações (12,1), é o segundo que precisa de menor finalizações para marcar em casa (6,8). Quando visitante, o Fortaleza sofre 13,9 finalizações em média (12º desempenho) e exige 12,1 finalizações até sofrer um gol, quinta melhor eficiência defensiva visitante. No ataque tem média de 10,0 finalizações (14ª marca), mas precisa de 11,7 para conseguir um gol (13ª marca). Em casa o Inter permite em média 10,6 conclusões (oitava marca) e resiste a 13,6 até sofrer um gol, quinta melhor eficiência defensiva mandante.
  • Um mérito da defesa do Fortaleza é controlar bem seu espaço aéreo: levou apenas dois dos últimos dez gols pelo alto e três dos dez anteriores. O Internacional fez cinco dos últimos dez dessa forma e quatro dos dez anteriores. A equipe gaúcha tinha sofrido três de dez gols pelo alto, mas a marca subiu para cinco entre os dez últimos e precisará de atenção, pois o Fortaleza fez cinco dos últimos dez pelo alto e foram seis entre dez anteriores.
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Favorito >> Ceará

  • O Ceará é o 13º mandante do Brasileirão (5V, 5E, 4D, 48%) e recebe o Bragantino, quarto pior visitante da competição (1V, 7E, 6D, 24%) com o terceiro pior ataque (média 0,79). O Bragantino é a terceira equipe menos punida com cartões amarelos (61), enquanto o Ceará é o segundo mais punido (83). O Ceará já fez sete gols em contra-ataques (maior marca), e o Bragantino, seis (terceira). Embora o Ceará tenha a terceira maior eficiência em contragolpes (15,6 dos finalizados viram gol), o Bragantino é o time que menos levou gols assim, apenas dois. O Ceará sofreu três (oitava marca defensiva).
  • Quando mandante, o Ceará é o sétimo em finalizações, com média de 14,0 por partida em casa, mas precisa de 12,3 para conseguir um gol, sexta menor eficiência caseira. O Bragantino é o sexto visitante que menos sofre finalizações (12,1), mas sofre um gol a cada 9,4 (13ª marca visitante). Quando ataca, é o segundo visitante que mais arrisca (média 14,1), mas tem o pior aproveitamento, com um gol marcado a cada 18,0 tentativas. O Ceará sofre em média 10,9 finalizações por partida (décima marca) e leva um gol a cada 9,5 (14ª média mandante).
  • Se o Ceará não era muito eficiente no uso da bola aérea no ataque, com três ou quatro desses gols a cada dez, ao menos melhorou na defesa: levava seis de dez e baixou essa influência para quatro. O Bragantino estava usando bolas altas em três de cada dez gols, mas sua marca subiu para cinco dos últimos dez gols marcados. Mas subiu também a influência entre os gols sofridos, de cinco passou pra seis dos últimos dez gols sofridos.
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Favorito >> Flamengo

  • O Goiás é o quarto pior mandante do Brasileirão (4V, 4E, 6D, 38%) com a pior defesa mandante (média 1,50) e recebe o melhor visitante da competição (7V, 3E, 3D, 62%) com o terceiro melhor ataque visitante (média 1,54). Dos últimos seis jogos em casa, o Goiás não fez gol em quatro e nos outros dois fez apenas um em cada. Nas últimas seis partidas fora, o Flamengo não fez gols em três e marcou um em cada um dos outros três jogos contando aí Copa do Brasil e Libertadores.
  • Quando mandante, o Goiás tem a terceira menor média de finalizações (11,2), mas faz um gol a cada 9,8 tentativas (décima marca). O Flamengo sofre 13,7 finalizações por partida quando visitante e sofre um gol a cada 9,9 (ambas são a décima marca). No ataque, o Flamengo tem a quinta maior média visitante de finalizações (12,5) e a terceira melhor eficiência, com um gol a cada 8,2 finalizações. O Goiás é o mandante que mais sofre finalizações (13,4) e é o quarto que menos resiste a esses ataques, sofrendo um gol a cada 8,9.
  • O Flamengo tem variado entre três e quatro gols a partir de bolas aéreas a cada dez gols e vai enfrentar um adversário que reduziu de sete para três gols aéreos de cada dez que sofreu. O time goiano vem variando entre cinco e seis gols aéreos a cada dez que marca, e a defesa do Flamengo passou de três para cinco gols pelo alto entre o últimos dez gols sofridos.

Metodologia

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 71.589 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.945 jogos de Brasileirões. Para esta temporada, passamos a considerar os jogos realizados desde a edição de 2013. Além de a base de dados ter sido ampliada em uma temporada, também passamos a considerar a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola em cada conclusão e o gol em si.

De cada cem finalizações da meia lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia lua tem cerca de 0,07 expectativa de gol (xG). Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de virar gol, que cresce se for um contra-ataque, por haver menos adversários para evitar a finalização. Cada pontuação é somada a longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo. Para os gráficos, cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

Resultado

Favoritismos acertou 118 resultados em 272 partidas analisadas, aproveitamento de 43%.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Bruno Saldanha, Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti. (Globo Esporte)