Osmar Froner de Mello (MDB) e Carlos Eduardo de Lima Oliveira (PDT) que tomarão posse como prefeito e vice, respectivamente, em Chapada dos Guimarães, nesta sexta-feira (1º), vão herdar uma dívida de R$ 40 milhões deixada pela ex-prefeita Thelma Pimentel Figueiredo de Oliveira (PSDB).
Além disso, o novo chefe do Executivo aponta que a administração que está chegando ao fim nesta quinta-feira sonegou informações sobre contratos, orçamento e patrimônio.
Segundo o prefeito eleito, a gestão dele terá como missão suprir as falhas deixadas. “A situação é preocupante porque nós vamos pegar a prefeitura com uma dívida considerável, segundo a equipe de transição ela passa da ordem de R$ 40 milhões. A folha de pagamento dos servidores do mês dezembro está em aberto, os fornecedores e prestadores de serviços das secretarias municipais de Saúde, Obras e Educação estão sem pagamentos”, disse Osmar.
Osmar estima que a Prefeitura tenha contraído uma dívida de aproximadamente R$ 13 milhões somente com a Energisa, concessionária de energia elétrica. Desse total, cerca de R$ 11 milhões são referentes ao consumo de energia do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).
“Além disso, tomamos conhecimento de que existe um parcelamento de R$ 34 mil, por mês, referentes às dívidas com energia elétrica, e nós sequer fomos informados sobre a quantidade de parcelas devidas”, explicou o prefeito.
Outro rombo nos cofres públicos apontado pela comissão de transição é referente a uma dívida de R$ 10 milhões do Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores do Município de Chapada dos Guimarães (Prev Serv) com a União.
Além disso, Osmar afirma que a ex-prefeita Thelma de Oliveira deixou de cumprir os compromissos firmados com dezenas de prestadores de serviços e fornecedores das secretarias de Obras e Educação, dívida estimada em mais de R$ 15 milhões.
Desse montante, R$ 2 milhões são de contratos feitos com fornecedores de serviços médicos que atendiam a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), cujo profissionais paralisaram o atendimento por falta de pagamento.
“São dividas consolidadas, e sem informação necessária para que eu, o vice Carlinhos, nossos servidores e os nossos secretários possam administrar isso e dar os encaminhamentos. Mas, nós vamos cumprir com o nosso papel, tocar a vida do jeito que nós pudermos, atendendo os fornecedores e aquelas pessoas que a prefeitura fez dívida e não honrou os compromissos. Vamos analisar caso a caso”, explicou.