Mesmo após quase três meses da transferência da elefanta Bambi do Bosque Zoológico Fábio Barreto, em Ribeirão Preto, para o Santuário Elefantes Brasil, em Chapada dos Guimarães (MT), o caso ainda é motivo de polêmica. Isso porque, o promotor Wanderley Trindade, do Ministério Público de São Paulo, pediu que o animal fosse trazido de volta para a cidade paulista.      

Na mesma ação que a Justiça determinou a transferência de Bambi para o santuário, o promotor apresentou manifestação alegando que a elefanta estava sendo bem tratada em Ribeirão Preto e que faz parte do patrimônio público da cidade.

“[…] é do interesse da população de Ribeirão Preto e da região metropolitana a sua permanência do zoológico Fábio Barreto”, escreveu Trindade no processo, em petição que foi anexada no último mês de novembro.

De acordo com o promotor, a direção do bosque vinha promovendo as adequações para permanência do animal, seguindo as recomendações da Associação de Aquários e Zoológicos do Brasil, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e do Conselho Regional de Medicina Veterinária.

“[…] fato da não demonstração de maus-tratos de Bambi no zoológico Fábio Barreto e pelas adequações feitas com direito público”, afirma.

O pedido ainda precisa ser analisado pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, onde corre o processo.

Outro lado
No processo, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, que instaurou a ação que permitiu a transferência de Bambi, contesta as alegações de Trindade e afirma que a elefanta foi encaminhada para o melhor lugar no Brasil para acolher elefantes.

A entidade ainda diz que a volta de Bambi para Ribeirão Preto “seria uma das maiores barbáries praticadas pelo Estado”.