Mato Grosso já conta com um recurso extra para garantir vacina contra a Covid-19 para a população no caso de o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação do governo federal sofra algum atraso. Foi o que informou o secretário de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, que reafirmou ter sido a reserva financeira de cerca de R$ 100 milhões planejada a pedido do governador.
O secretário afirmou que “se for necessário e se tiver algum atraso do governo federal, nós não vamos prejudicar a saúde dos mato-grossenses, e vamos colocá-la em primeiro lugar, adquirindo aquelas vacinas que estiverem aprovadas pela Anvisa. Por isso reservamos esse recurso para adquirir essas vacinas”.
A expectativa do secretário é de que o plano nacional de imunização tenha andamento e defende que o governo federal lidere esse processo através de disponibilização das vacinas via Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa reserva financeira foi uma indicação do próprio governador ao visitar o Instituto Butantan há alguns dias para analisar o processo de compra da vacina Coronavac, que será produzida no Brasil em parceria com a empresa Sinovac. O governador decidiu abrir diálogo direto com o governo do São Paulo, já que o governo Bolsonaro ainda não havia apresentado nenhum plano nacional para vacinação.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a covid-19 deverá começar dia 20 de janeiro. No entanto, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) recomendou ao governo federal, na última terça-feira (22), que o Ministério da Saúde amplie o Plano Nacional e estenda a toda a população.
Segundo o Plano, haverão quatro grupos prioritários, como trabalhadores da saúde que serão os primeiros a receberem as doses da vacina, depois as pessoas de 80 anos ou mais, pessoas de 75 a 79 anos e indígenas com idade acima de 18 anos.
Somente depois disso, a vacinação chega aos cidadãos na faixa etária de 70 a 74 anos, de 65 a 69 anos e de 60 a 64 anos, e o grupo que tem acima de 18 anos e possui comorbidades como hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave. Na última etapa deverão ser vacinados professores do nível básico ao superior, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema penitenciário. Somente após isso, a vacina irá ao público comum.