Claudinei Oliveira está às vésperas de mais um clássico no comando do Avaí. Em uma temporada atípica em razão da pandemia da Covid-19, a partida contra o rival Figueirense será no sábado, às 16h, um dia após o Natal, pela 31ª rodada da Série B.

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, o treinador afirmou que vê “falta de bom senso” com a manutenção do calendário de jogos.

– As coisas deveriam ter sido feitas de uma outra maneira, até pela questão da pandemia. O campeonato poderia ter sido feito em turno único, com mais tempo entre os jogos, mais tempo para testar, menos viagens, mas optaram por manter a fórmula. (…) A gente entende o momento. Tivemos uma parada grande e queríamos voltar logo ao trabalho. Eu era um dos que mais queria voltar. Perdemos companheiros ao longo do caminho. Eu acho que faltou bom senso nessa questão de ter um campeonato mais curto e que colocasse todos em menor risco – destacou.

O comandante do Leão da Ilha também lamentou a perda de profissionais do futebol em razão da Covid-19 justamente por conta do número elevado de jogos, o que, de acordo com ele, aumentou o risco de contágio pela exposição. Ele citou Marcelo Veiga e Renê Weber, vítimas recentes da doença.

– A gente se sente como os gladiadores que eram colocados nas arenas para se matarem e servirem de divertimento para os outros. Vidas se perderam. Treinadores que já se foram, como Marcelo Veiga, Renê Weber e outros que ficaram internados. Essas vidas não se recuperam. Qualquer vida é importante. Esse ano está sendo terrível. Espero não apenas que o ano termine logo, mas que essa pandemia acabe.

O Avaí tem 44 pontos e ocupa a oitava colocação na tabela da Série B. Em caso de vitória no clássico no Orlando Scarpelli, ficará a dois pontos do Juventude, atual quarto colocado e que abre no momento o G-4. (Globo Esporte)