O Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), criticou duramente a decisão do governador Mauro Mendes (DEM) de trocar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Bus Rapid Transit (BRT), que custará R$ 430 milhões aos cofres públicos.

O chefe do Executivo questionou o fato do governador ter tomado a decisão sozinho, sem a participação das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande.

“Deveria ter reunido as duas cidades e a bancada federal, para depois tomar a decisão em conjunto. Agora, só fazer uma reunião e comunicar a decisão, não foi legal”.

Pinheiro sempre defendeu a conclusão do VLT desde o início da sua gestão, postura totalmente diferente de Mendes que desde a sua eleição em 2018, defendia a troca do modal.

Segundo Mendes, a decisão foi tomada com base em estudos técnicos que apontaram a maior viabilidade do BRT, do que o VLT. Um exemplo é a tarifa da passagem, que segundo o governo custará R$ 3,04 no BRT. Caso fosse mantido o VLT, o estudo apontou o valor de R$ 5,28. O custo total, do agora enterrado VLT, ficaria em R$ 768 milhões.

“Por uma questão técnica, econômica de curto, médio e longo prazo, a melhor solução para dar um fim neste pesadelo é a mudança de modal, de VLT para BRT e iniciar imediatamente as ações para que possamos acabar com essa obra parada e dar uma solução definitiva para mobilidade urbana de Cuiabá”, disse o governador.

A obra do VLT, que deveria circular em Cuiabá e Várzea Grande, foi orçada inicialmente em R$ 1,4 bilhão, mas mesmo sem a conclusão, o governo do Estado já repassou R$ 1.066.132.266,32 para o Consórcio VLT.

As obras estão paralisadas há 6 anos. Além dos prejuízos aos cofres públicos, a população de Várzea Grande enfrenta uma série de problemas devido ao caos instalado no trânsito.