…era o quarto gerente que os diretores da empresa se queixavam no mesmo dia.
Foi quando solicitei:
-Posso ouvi-los? Antes de vocês baterem o martelo?
– Pode, apesar de que eu não ache que vai alterar muita coisa.
Ouvi, ótimos profissionais.
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– Quem é você na sua profissão?
-Esteja no comando – não seja vítima do seu emocional
-Cliente: o seu consultor mais barato!
-O empresário, sua equipe e o eletricista
-Desafios: todo profissional precisa
-Eu não sou feliz com meu trabalho, e agora?
-Sua equipe não serve para nada?
-Liderar é aprender a cada dia
-Nosso trabalho, nossa missão!
O que poderia estar acontecendo ali?
Eles estavam cegos, como zumbis, por isso, eles não conseguiam desabrochar e aplicar seus diferenciais competitivos, suas melhores competências
O problema: a cultura do tanto faz, do vamos ver no que que dá.
A empresa estava contaminada por este sentimento.
E de onde originava esta sensação ?
Dos donos, que estavam cansados dos conflitos familiares e do dia a dia, sem conseguir vislumbrar o futuro, vivendo os problemas do hoje sem um propósito final que fosse forte o suficiente para seguirem lutando, assim seguiam sem ânimo justificando os problemas do dia a dia aos gerentes incompetentes.
Havia conflitos familiares envolvidos, incompatibilidade de visões e vontade por parte dos sócios de encerrarem o ciclo. Expressavam-se no dia a dia na sala da diretoria, acreditando que aquele desabafo permanecia em segredo entre eles.
E para piorar aquela equipe descomprometida, reflexo do dono, que eles não percebiam assim.
– Como assim reflexo do dono?
– Ninguém sabe desses problemas que estamos passando, não falamos pra ninguém!
Sem perceberem que um corpo desanimado com suas expressões cansadas e desesperançosas comunicam mais que qualquer palavra.
A falta de compromisso e motivação que os mantinham tocando o negócio sem muitas intenções, transformou grandes líderes e equipes em mortos vivos do dia a dia.
Cegos estrategicamente, operando suas tarefas como máquinas e robôs. Reflexo dos donos, desanimados, sem propósito ou um porquê.
Donos que esperavam a transformação vinda do além, como mágica de algum membro da equipe local ou vindo de fora, vulgo salvador da pátria que poderia mudar e transformar aquela situação mas não faziam:
-Incompetentes! – verbalizavam sobre seus líderes e as consultorias que podiam resolver tudo aquilo sem o envolvimento deles, que infelizmente os sinalizavam que era muito praticamente impossível.
Ou eles se comprometiam ou estavam fadados a uma empresa medíocre, de perspectivas frouxas e que graças a Deus ainda lucrativa, o que segurava tudo.
Assim eles seguiam, como aquela pessoa adoecida profundamente nos aspectos mentais, mas de corpo ainda forte.
Marilu, após algumas intervenções despertou, mas apagou novamente
Os donos, despertaram mas acharam que poderia haver uma outra solução mais fácil, porque não estavam muito animados em resolver questões mais densas que exigiam diálogos e embates mais profundos entre seus sócios, família e equipes. Conflitar era desgastante.
Não notavam, porém que o desgate diário era muito maior do que o embate com foco na origem do problema, mesmo sendo arriscado, mas enfim com uma resolução final. Afinal lidar com os mesmos problemas de sempre estava muito chato.
Seguiam assim.
Buscando novos gerentes, novas consultorias, que pudessem dizer aquilo que gostariam de ouvir: – A resolução sem o envolvimento deles.
E você? Já viu esse filme?
Qual a sua posição?
Passivo ou Ativo diante das adversidades.
*CYNTHIA LEMOS é Psicóloga Empresarial e Coach na Grandy Desenvolvimento Humano. Especialista no Desenvolvimento de Líderes e Empresas tem a missão de: Expandir a Consciência e Gerar Ações Transformadoras – para pessoas e empresas que desejam evoluir em seus projetos e objetivos.
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