A obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) já se arrasta por seis anos e não é concluída. O modal previsto para a copa do mundo de 2014, já consumiu cerca de R$ 1 bilhão passou por três governos desde 2012 e ainda não existe uma definição se vai ou não ser concluído.

O valor total da obra inicialmente era de R$ 1,4 bilhão, mas mais da metade desse valor já foi gasto e cerca de 50% da obra foi executada.

O contrato para a execução do projeto que seria o maior previsto para a Copa do Mundo de 2014 em Mato Grosso foi assinado em 2012 pelo então governador do estado, Silval Barbosa, e dois anos depois, em dezembro de 2014, ainda na gestão dele, a obra parou, após vir à tona indícios de fraudes para desviar dinheiro das obras.

No ano seguinte, Pedro Taques assumiu o cargo de governador e anunciou que não daria andamento na obra enquanto não fosse feita uma auditoria. Ainda em 2015, o Consórcio VLT informou ao governo que precisava de mais R$ 1,1 bilhão para terminar o projeto. O governo não concordou. A questão passou a ser discutida judicialmente. A Justiça Federal determinou um estudo de viabilidade de conclusão das obras.

Contudo, o estado acabou, em 2017, fazendo um acordo com o Consórcio VLT para retomar a obra e pagar R$ 922 milhões para a conclusão. Mas como o processo já estava judicializado, não houve andamento.

O contrato com o consórcio VLT foi rescindido pelo estadono mesmo ano com a alegação de que o Consórcio VLT não tinha cumprido com o previsto no contrato.

Eleito em 2018, Mauro Mendes (DEM) assumiu o governo em 2019 e também não priorizou o VLT. Todos os prazos dados para definição sobre a obra foram esgotados e o governador já manifestou interesse em mudar o modal de transporte e desistir do VLT. A ideia seria optar pelo BRT – Bus Rapid Transit (BRT) – que consiste em corredores exclusivos para a circulação de ônibus do transporte público.

Já chega ao fim do segundo ano do mandato de Mendes, e até o momento o gestor não definiu o que será feito. A população clama pela conclusão do modal.

Mato Grosso deve R$ 563,5 milhões do dinheiro que pegou emprestado para construir a obra do VLT, que deveria ter sido entregue em 2014, para a Copa do Mundo. A dívida será quitada apenas em 2044.