O Fluminense abriu as portas do clube para 13 jovens de Alagoas, Paraná, Amazonas e Paraíba, entre 12 a 18 anos, que tentam seguir a carreira de jogador de futebol e vinham sendo mantidos em cárcere privado em um sítio em Duque de Caxias, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, até serem libertados pela Polícia Civíl nesta terça-feira. A notícia foi divulgada pelo G1 e confirmada pelo ge.
Como tem um centro de treinamento nas proximidades, o Fluminense decidiu abrigar os treze jovens, realizar testagem para Covid-19 e possibilitar que eles façam testes em Xerém em prol do sonho de virar jogador profissional. O clube ofereceu ainda auxílio psicológico e médico aos meninos, enquanto o contato com as famílias está sendo feito pelo Conselho Tutelar.
Responsável por cárcere é preso
Segundo as investigações, Jorge Valnei dos Santos era o responsável pelos jovens, que vieram de outros estados com o pretexto de serem treinados para jogar em clubes do Rio de Janeiro, a um custo de R$ 500 por família. Segundo o delegado titular da 61ª DP, Roberto Gomes, o local não possui nenhuma estrutura profissional e não tem autorização de nenhum órgão público para funcionar.
Jorge Valnei dos Santos foi preso em flagrante nesta terça-feira. Entre os crimes investigados, ainda de acordo com o delegado, estão: supressão de documentos, cárcere privado e estelionato. Os jovens ficavam presos no sítio, eram forçados a preparar suas próprias refeições e proibidos de ter contato com qualquer pessoa de fora.
– Se acontecesse alguma coisa aqui dentro eles não teriam para onde correr, porque só alguém vindo por fora. Então, eles eram mantidos aqui sim, em cárcere. Eles não têm autorização de órgão público nenhum, não tem médico, não tem fisioterapeuta, não tem nada que justifique a mantença dos menores nas circunstâncias que eles se encontram aqui – afirmou o delegado. (Globo Esporte)