O vice-presidente jurídico do Botafogo, Domingos Fleury, trouxe à tona um novo capítulo para a novela envolvendo o clube carioca, o meio-campista Willian Arão e a Justiça. Em declaração ao “Canal do TF”, o dirigente informou que o Glorioso resolveu iniciar uma execução provisória contra o camisa 5 do Flamengo, o qual foi condenado a pagar R$ 4 milhões ao Alvinegro por não ter cumprido uma cláusula de renovação prevista em contrato e acertado com o Rubro-Negro no final de 2015.

Segundo Fleury, o Botafogo resolveu iniciar a execução provisória e já pode “haver a penhora de bens para garantir o pagamento apurado pelo juízo”. O dirigente informou ainda que o montante cobrado do volante cresce com o passar do tempo e que hoje é de cerca de R$ 7 milhões. Confira a declaração completa abaixo.

FBL-RECOPA-FLAMENGO-DELVALLE
O Botafogo cobra R$ 7 milhões de Willian Arão. | MAURO PIMENTEL/Getty Images

“A novidade que existe é a seguinte: como o processo está demorando a voltar do TST, porque a Covid atrasou muito a tramitação processual em todos os tribunais do Brasil, nós, para não esperar mais, resolvemos iniciar a execução provisória. Ou seja, estabelecer qual é o valor realmente devido pelo Arão e já haver a penhora de bens para garantir o pagamento apurado pelo juízo. Porque enquanto não voltar do TST não ocorre o trânsito em julgado, que é a decisão a favor do Botafogo se tornar definitiva, imodificável e irrecorrível. Só aí podemos receber os valores”, explicou Domingos Fleury.

“Então iniciamos o processo de execução provisória e o valor alcança aproximadamente R$ 7 milhões. A tendência é só ir crescendo, juros de 1% ao mês e correção monetária.”

– acrescentou o dirigente.

Domingos Fleury completou falando sobre a nova estratégia adotada pelo Botafogo:  “Já apresentamos a petição em juízo, que determinou que o Willian Arão se manifeste. Provavelmente, para ganhar tempo, os advogados vão impugnar, dizer que tem cálculo errado, mas acredito que nos próximos 30 a 60 dias o juiz vai dar definir o valor devido ao Botafogo. A partir daí, o Willian Arão tem que fazer o depósito do valor em dinheiro. Se não fizer, o Botafogo vai em cima dos bens dele, através da penhora online, que é a investigação de recursos nas contas bancárias do Arão. Se não tiver, vamos procurar investimentos, bens e imóveis. Com certeza vai ter patrimônio para garantir esse valor ao clube. Uma vez penhorados esses recursos ou bens para garantir o pagamento ao Botafogo, se encerra o processo de execução provisória e ficamos aguardando a volta dos autos do TST. Quando voltarem, imediatamente o Botafogo levantará esses valores para o Arão pagar o que é devido”, finalizou. (90 Minutos)