Veja quais equipes têm mais chances de vencer na rodada do Brasileiro

• O Fortaleza é o décimo mandante do Brasileirão com cinco vitórias, três empates, três derrotas e aproveitamento de 55%. O Corinthians é oitavo visitante com quatro vitórias, três empates, cinco derrotas e aproveitamento de 42%. A solidez defensiva é a chave do Fortaleza na competição, com a segunda menor média de gols sofridos entre os mandantes: levou oito gols em 11 jogos, com média de 0,73 gol sofrido por partida.
• Será um desafio para o Corinthians, que tem o décimo ataque visitante, com média de um gol em 12 jogos. O Corinthians é o quinto visitante que menos finaliza, com média de 9,3 finalizações por jogo, mas como consegue um gol por partida, é o sétimo visitante que precisa de menos finalizações para marcar. Porém, desta vez enfrenta uma defesa organizada, mas que levou ao menos um gol em quatro dos últimos cinco jogos em casa.
• O Corinthians tem a quinta melhor defesa visitante com 13 gols sofridos em 12 jogos e média de 1,08 gol sofrido, praticamente a mesma média de gols marcados pelo Fortaleza quando mandante (1,09). A equipe cearense precisa de 9,9 finalizações em casa para fazer um gol. Embora o Corinthians permita em média 15,1 finalizações aos mandantes, a equipe paulista é a visitante que mais resiste a essas pressões, levando um gol a cada 13,9 finalizações que sofre.

• Visitante de menor eficiência do Brasileirão (2V, 5E, 5D, 31%), o Botafogo recebe o Flamengo, que tem o melhor desempenho entre todos os visitantes (6V. 2E. 3D, 61%). Para enfrentar tamanha adversidade, o Botafogo pode se escorar no histórico equilibrado pela Série A de 2006 para cá. Com mando botafoguense, foram quatro vitórias para cada um e cinco empates em 13 jogos. O Flamengo ganhou em 2019, mas a vitória anterior havia sido em 2009 (quatro vitórias do Botafogo e quatro empates no período).
• O Flamengo tem o melhor ataque visitante desta edição, com média 1,73 (19 gols em 11 jogos). Fora de casa consegue em média 12,6 finalizações por partida, quinta melhor marca, e faz um gol a cada 7,32 tentativas, segunda melhor. Em casa o Botafogo sofre em média 13,3 conclusões por jogo, pior marca mandante, e leva um gol a cada 9,9 finalizações. A equipe alvinegra faz um gol a cada 13,3 tentativas, terceiro pior desempenho mandante, e o Flamengo vem levando um gol a cada 8,6 finalizações, 14ª marca visitante.

• O Fluminense tem o quinto melhor desempenho mandante (6V, 4E, 2D, 61%) e recebe o Athletico-PR, 13º visitante (3V, 1E, 7D, 30%). Em jogos pela Série A do Brasileirão, de 2006 para cá, quando o confronto teve este mando, o Fluminense venceu oito vezes, houve dois empates e o Athletico-PR só venceu três em 13 partidas, mas nos últimos cinco anos venceu duas vezes, e o Fluminense, só uma.
• O ataque vem sendo um problema para a equipe paranaense, que fora de casa tem a terceira pior média (0,82), com nove gols marcados em 11 jogos. A defesa do Fluminense é a sétima melhor mandante, com 11 gols sofridos em 12 jogos (média 0,92). A equipe carioca não tem desempenho ofensivo melhor porque é o quarto mandante que menos finaliza (média 10,8 por jogo). É o terceiro mandante que precisa de menos tentativas para marcar (6,8).
• Fora de casa, o Athletico-PR sofre 13,3 finalizações por partida e leva um gol a cada 9,7. Em ambos os casos tem o décimo desempenho visitante. Diferentemente do Fluminense, o ataque do Athletico-PR tem baixa eficiência. Fora de casa consegue em média 11,5 finalizações por partida, oitava maior marca, mas precisa de 14,1 tentativas para fazer um gol quando visitante, terceiro pior desempenho.

• O Bahia é o 12º mandante do Brasileirão (6V, 1E, 5D, 53%), mas o Ceará é apenas o quarto pior visitante (2V, 3E, 6D, 27%, aliás, exatamente a mesma campanha visitante do Bahia. Ofensivamente, o Bahia vai bem: é o nono mandante que mais finaliza (média 13,8 por jogo) e o sétimo que precisa de menos finalizações para fazer um gol (9,2). A defesa é que ajuda pouco: a mandante que mais sofre finalizações (13,3) e 13ª em resistência a finalizações (um gol sofrido a cada 9,4).
• Entre os visitantes, o ataque do Ceará está bem preciso, como mostrou na goleada sobre o Vasco por 4 a 1, em São Januário, e é o terceiro que precisa de menos finalizações para fazer um gol, a cada 7,4 finalizações conseguindo 11,5 finalizações por partida. Mas é o terceiro visitante que menos resiste a finalizações, sofrendo um gol a cada 7,5 tentativas dos mandantes. Em média sofre 15,1 finalizações por partida.

• O Coritiba está com o segundo mais baixo desempenho entre os mandantes (3V, 2E, 6D, 33%) e recebe o Bragantino, que está com o segundo menor aproveitamento visitante (1V, 6E, 5D, 25%). O Coritiba é a sexta equipe que menos cartões amarelos levou (média 2,17 por jogo), e o Bragantino é o segundo menos punido com esses cartões (2,0 por jogo). A tendência aponta para um jogo com poucos cartões.
• O problema Coritiba é conhecido: é o mandante que menos finaliza (média de 10,0 finalizações por jogo) e também o que precisa de mais finalizações para marcar (a cada 18,3 tentativas). O Bragantino em média permite 12,8 finalizações aos mandantes, nono desempenho defensivo, e sofre um gol a cada 9,1 (13º em resistência à pressão dos mandantes).
• Só que o aproveitamento ofensivo do Bragantino fora de casa também é baixo: é o quarto visitante que mais conclui em gol (média 13,1 por jogo), mas é o segundo visitante que precisa de mais tentativas para conseguir um gol (14,3). Terá uma batalha e tanto, pois o Coritiba é o mandante que mais exige finalizações dos visitantes até sofrer um gol (média 15,7). Ainda assim, é o quarto mandante que mais sofre finalizações (12,8), e isso é um problema contra um adversário que finaliza tanto.

• O Santos é o quinto melhor mandante (6V, 4E, 2D, 61%) e recebe o Palmeiras, terceiro melhor visitante (5V, 3E, 3D, 55%). O Santos tem o segundo melhor ataque mandante (média 1,92 gol por partida) e enfrentará a melhor defesa visitante (média 0,82 gol sofrido). O Santos aparece aqui como favorito porque pela Série A, com este mando o Palmeiras não vence desde 2009. Nesse período houve sete vitórias do Santos em casa e dois empates em nove jogos.
• O Santos é o mandante que precisa de menos finalizações para fazer um gol (em média a cada 6,35 tentativas) e faz 12,2 finalizações por jogo (13ª marca). O Palmeiras é o quarto visitante que menor sofre finalizações (11,1) e o segundo que exige mais finalizações até sofrer um gol (13,6). Um duelo e tanto. O Palmeiras faz 12 finalizações por jogo (sétimo desempenho visitante) e faz um gol a cada 10,2 (11º desempenho). O Santos sofre 12,6 finalizações por jogo em casa (14º desempenho) e um gol a cada 10,8 (nono desempenho mandante).
• Santos e Palmeiras estão entre as quatro equipes mais punidas com cartões amarelos neste Brasileirão. O Santos é o terceiro time mais punido com cartões amarelos (média 2,78 por jogo), e o Palmeiras é o quarto mais punido (2,73). O Santos é o 11º no ranking de cartões vermelhos (foram cinco, média 0,22), e o Palmeiras é o sétimo (3 vermelhos e média 0,14).

• O Grêmio é o terceiro melhor mandante do Brasileirão (6V, 4E, 1D, 67%) e recebe o Vasco, 11º visitante (3V, 3E, 5D, 36%). A equipe gaúcha está com o quarto melhor ataque mandante (18 gols em 11 jogos e média 1,64) e o Vasco tem a 14ª defesa com os mesmo números do ataque gremista, só que contra. Por outro lado, o Vasco é muito eficiente no ataque quando visitante.
• O Grêmio é o terceiro mandante que mais finaliza no Brasileirão (média 16,6 por jogo), mas apenas o décimo em eficiência, precisando de 10,2 finalizações em casa para conseguir um gol. o Vasco é o quinto visitante que mais sofre finalizações (média 15,2) e leva um gol a cada 9,3 (12º desempenho). Contra um mandante que finaliza tanto isso é um problema.
• O Vasco também tem mostrado eficiência ofensiva fora de casa. Embora seja o quarto visitante que menos finalize (média 9,3 por jogo), é o que precisa de menos finalizações para conseguir um gol (7,3). É aí que mora a esperança vascaína porque o Grêmio é o mandante que menos sofre finalizações (8,5 por jogo), mas o terceiro que menos resiste a elas, sofrendo um gol a cada 8,5 finalizações.

• O Atlético-MG é o melhor mandante do Brasileirão (9V, 2E, 1D, 81%), mas recebe o oitavo melhor visitante (4V, 3E, 5D, 42%), embora o Internacional passe por uma queda brusca de desempenho, com duas derrotas e um empate nos últimos três jogos como visitante na competição. Um alento é que o Inter é um visitante inconveniente, que venceu os últimos dois confrontos com mando mineiro (2018 e 2019) após cinco vitórias seguidas dos mineiros. De 2006 para cá, com este mando o confronto está empatado.
• O Atlético-MG é o time com mais gols em contra-ataques (seis) e o Internacional já levou quatro gols assim, a quinta pior marca defensiva. O Atlético-MG é o segundo mandante que mais finaliza (média 17,5) e faz um gol a cada 7,8 tentativas, quarta maior eficiência. Deve ser um excelente embate porque o Internacional é o visitante que menos sofre finalizações (em média 8,5), mas tem média de um gol sofrido por partida e resistir a 8,5 finalizações é a sexta pior marca defensiva visitante.
• Fora de casa, o Internacional finaliza em média 10,3 vezes por partida (13ª marca) e precisa de 9,5 finalizações para conseguir um gol (oitava marca). Por sua vez, o Atlético-MG é o terceiro mandante que menos sofre finalizações (9,0) e o quinto que mais resiste a essas ameaças, sofrendo um gol a cada 12 finalizações sofridas.

• O São Paulo tem a segunda melhor campanha mandante (6V, 4E, 0D, 73%) e é o único mandante invicto no Brasileirão. Recebe o Sport, sexto pior visitante da competição (2V, 4E, 6D, 28%). De 2006 para cá, se enfrentaram nove vezes com sete vitórias da equipe paulista e dois empates. Ou seja, em um só jogo o São Paulo estará defendendo duas invencibilidades caseiras.
• A defesa do São Paulo é a mandante menos vazada da competição com seis gols sofridos em dez jogos. A equipe é a quarta que menos sofre finalizações quando tem o mando (9,1 em média) e a segunda que mais resiste a esses ataques, com um gol sofrido em casa a cada 15,2 finalizações. O Sport tem a menor média de finalizações entre os visitantes (7,9) e faz um gol a cada 10,6 tentativas, 13ª eficiência visitante.
• No ataque, o São Paulo tem eficiência relativamente baixa. Apesar de ser o quinto mandante que mais finaliza (média 16,3), esta com apenas a 14ª eficiência caseira, conseguindo um gol a cada 10,9 tentativas. O Sport é um visitante que se deixa atacar, o segundo que mais sofre finalizações (18,2 em média), mas se defende com tanto afinco que é o quinto que mais resiste a esses ataques, sofrendo em média um gol a cada 12,1 finalizações sofridas.

• O Atlético-GO é o terceiro pior visitante do Brasileirão (2V, 6E, 3D, 36%) e recebe o Goiás, pior visitante (0V, 4E, 7D) e única equipe da competição que ainda não conseguiu vencer fora de casa. Quem sabe no clássico… O Atlético-GO é a quarta equipe menos punida com cartões amarelos (48 e média 2,09) e o Goiás é o mais punido (foram 71 amarelos e média 3,23). É a única equipe com média acima de 3,0.
• Embora o Atlético-GO seja o oitavo mandante que mais finalize no campeonato (média 14,0), é o quarto que precisa de mais finalizações para conseguir um gol (11,9). O Goiás é o visitante que mais sofre finalizações (19,5), mas o nono que mais resiste a elas, sofrendo um gol a cada 11,3 finalizações sofridas.
• O ataque do Goiás já foi mais eficiente: é o segundo visitante que menos finaliza (média 8,2) e atualmente está com média de um gol a cada 10,0 tentativas, décima marca. Em casa, o Atlético-GO sofre em média 12,8 finalizações (15ª marca) e leva um gol a cada 9,4 (12ª marca mandante).

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 70.165 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.885 jogos de Brasileirões. Para esta temporada, passamos a considerar os jogos realizados desde a edição de 2013. Além de a base de dados ter sido ampliada em uma temporada, também passamos a considerar a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização, além do ângulo e da distância entre a bola em cada conclusão e o gol em si.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

Favoritismos acertou 94 resultados em 215 partidas analisadas, aproveitamento de 44%.