Diretor técnico da Fórmula 1, Ross Brawn prometeu uma investigação profunda a respeito do violento acidente de Romain Grosjean no GP do Barein. A batida se deu diretamente no guard rail, na saída da curva 3 do circuito de Sakhir. No ponto do impacto, não havia proteção de pneus ou “soft wall” (barreira de proteção que absorve os impactos), e o guard rail se rompeu com o choque. O carro se partiu ao meio e pegou fogo, mas Grosjean, que demorou 29 segundos para sair do cockpit em chamas, escapou apenas com queimaduras leves.
– Penso que hoje poderíamos estar diante de uma situação diferente, se não tivéssemos o Halo (dispositivo de segurança acima do cockpit, o que protegeu a cabeça de Grosjean). E para mim, isso foi o que manteve o guard rail afastado, quando o carro passou por ele. Mas tenho certeza de que faremos uma investigação profunda para entender o que podemos aprender com isso. Porque ver uma barreira dividida como essa claramente não é o que queremos ver – disse Brawn.
Informações do acidente de Romain Grosjean no Barein — Foto: Infoesporte
O dirigente ainda fez questão de enfatizar o trabalho do presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, em defender a implantação do Halo em 2018 mesmo diante de críticas.
– É chocante para todos na F1 ver um acidente dessa gravidade. Não estamos acostumados com isso, o fogo também está envolvido. Mas acho que é uma homenagem ao trabalho que a FIA e as equipes têm feito ao longo dos anos. Penso que nos lembramos da polêmica do Halo quando foi introduzido. E devo dar crédito a Jean Todt, porque ele insistiu nisso – apontou.
– Estamos orgulhosos de ter todos eles. E penso que é muito reconfortante para os pilotos ver esse nível de profissionalismo e essa resposta. A esse respeito, acho que foi perfeito. Obviamente, não queremos ver um acidente como esse. Mas em termos de resposta, não consigo realmente imaginar como poderia ter sido feito algo mais eficaz – finalizou. (Globo Esporte)