Nesses últimos 10 dias, vivemos um intenso imbróglio tanto no Cuiabá quanto no Fortaleza, sendo um na primeira e outro na segunda divisão do brasileiro. Marcelo Chamusca e Rogério Ceni, respectivos técnicos de grande relevância no futebol nacional, tomaram uma decisão que contraria a nossa concepção de torcedor, embora não torço para as agremiações esportivas aqui citadas.
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Agora focando aqui no nosso futebol, o Chamusca estava fazendo até então, um bom trabalho no Dourado na Série B, o clube chegará e fixará até agora no G-4, mas a pergunta que faço, o que faz um profissional hoje, nessa lógica do futebol capitalista que vivemos, onde o dinheiro é o centro de tudo.
Uma ação provoca outra ação. Rogério Ceni, recebeu uma proposta, embora recusável para assumir o Flamengo, ele não pensou duas vezes. Com a lacuna deixada no Fortaleza, a diretoria não pensou duas vezes e foi atrás do Chamusca, que por sua vez já ajudará o Tricolor cearense a subir da série B para A.
E com isso, o Cuiabá teve que correr atrás de um novo técnico, mas acredito que será difícil que Allan Aal, ex-Paraná, poderá manter a mesma harmonia que o antigo treinador deixou. Agora é ter sorte, para que uma reação ocorra em Porto Alegre diante do Grêmio, e manter-se no G-4 da série B do campeonato Brasileiro.
Hoje eu como apreciador do futebol, a cada dia fico, abismado, com o capital que são oferecidos pelos clubes de ponta. De que adianta ganhar 50 mil, e numa urgência ganhar o dobro para atuar num clube da série A? É evidente que além de ganhar 100 mil reais, vai ter visibilidade, é isso que atletas e técnicos precisam, ser vistos e ter o trabalho reconhecido.
Por outro lado, fica à mercê do prejuízo, e do abalo de grupo, ao perder uma engrenagem que vem dando resultados positivos, e uma vez fazendo falta, a produção cai, isso não é falácia de administrador de empresas, é fato de um clube que tem uma proposta, é organizado, e tem projetos para alcançar por longos prazos, até por que é preciso perder algumas vezes para se ter uma sequência de vitórias seja lá qual setor for.
Podem até me criticar dizendo, se eu não me colocaria no lugar dele, se eu não teria o mesmo desejo capital de trocar o que está dando certo, para assumir uma quase bomba-relógio, é evidente que não. Chamusca pode ter assumido um time com 20 pontos e está em 12° lugar, mas sabe que não será fácil manter ali, se perder os próximos 3 jogos, se aproxima da zona.
Da mesma forma, desejamos sorte ao professor Allan, que dentro de suas limitações, possa desenvolver aquilo que o Chamusca vinha fazendo, ou melhor, não sou eu que sofro com isso, mas sim, quem tem simpatia pelo clube, que merece o mínimo de respeito.
*IGOR GABRIEL MARQUES é jornalista, radialista, locutor esportivo e mestre de cerimônia; mora em Várzea Grande e milita há anos no esporte de Mato Grosso.
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