Esta semana, o site ge.globo – o portal de esporte do Grupo Globo – divulgou em primeira mão detalhes da decisão da Justiça italiana que condenou o jogador de futebol Robinho. Em 2017, ele e um amigo foram sentenciados a nove anos de prisão por violência sexual de grupo.
O caso aconteceu numa boate em Milão, há sete anos. A vítima é uma jovem albanesa que, de acordo com a sentença, foi violentada enquanto estava embriagada. Seis homens estão envolvidos, entre eles Robinho. O jogador recorre em liberdade.
No Brasil, uma onda de indignação pressionou Robinho e o time do Santos a suspenderem o contrato que traria de volta aos campos brasileiros um ídolo do clube. Como foi a investigação na Itália, que contou até com uma escuta instalada no carro de Robinho? E quais são os próximos passos na Justiça?
Robinho não quis falar com o Fantástico. Os advogados de defesa do jogador também não aceitaram dar entrevista, mas se manifestaram por meio de nota à imprensa. Nela, Robinho “reitera que não cometeu o crime do qual é acusado e que sempre que relacionou sexualmente foi de maneira consentida”. Na mesma nota, a defesa de Robinho afirma que “há diversas conversas interceptadas que não foram corretamente traduzidas para o idioma italiano”, o que teria levado ao equívoco de interpretação.
Nem Ricardo Falco, o outro condenado, nem o músico Jairo Chagas, que teve o camarote usado por Robinho e seus amigos, quiseram falar com o Fantástico.
Robinho agora aguarda julgamento em segunda instância na Justiça italiana. E ainda cabe um recurso em terceira instância. Só então, em caso de condenação definitiva, poderá ser iniciada uma cooperação jurídica internacional para que a pena seja cumprida no Brasil.
Robinho se manifestou no sábado (17) sobre o caso. Em entrevista ao site UOL, ele negou ter cometido o crime, disse que teve relação consensual com a mulher que o acusa de violência sexual e que seu único arrependimento é ter traído a esposa. Também disse: “infelizmente, existe esse movimento feminista”. (Globo Esporte/Fantástico)