O canal ‘Favoritismos’ apresenta o potencial que cada time carrega para a rodada #8 do Brasileirão comparando o desempenho na temporada como mandante ou visitante e também nos últimos seis jogos independentemente o mando, considerando os desempenhos ofensivo e defensivo das equipes no jogo aéreo e rasteiro. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 66.203 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.724 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para entender a produtividade atual.

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Flamengo

  • Uma mudança no Flamengo: o time parou de fazer gols de bola aérea. Sem contar pênalti, dos últimos 15 gols sob o comando de Jorge Jesus, sete foram aéreos (47%). Com Domènec Torrent, foram sete gols e um aéreo (14%). Cruzamentos eram a bola de segurança para abrir o placar. Isso mudou.
  • A goleada na rodada passada por 5 x 3 sobre o Bahia, fora de casa, deu uma equilibrada na eficiência ofensiva do Flamengo. Pelos gols esperados (xG), era para o Flamengo ter 10 ou 11 gols marcados, mas agora está com nove. Até a rodada passada, esperava-se oito gols, mas só tinha feito quatro.
  • Apesar de vir de derrota para o Ceará, a eficiência do Fortaleza tem sido maior. Estatisticamente esperava-se seis gols, mas já marcou sete. Defensivamente ocorre o oposto com os mesmos números: levou um gol a menos do que o esperado. Mas a produtividade ofensiva é baixa.

Favorito >> Corinthians

  • A bola aérea é uma esperança para ambos os ataques. Sem contar pênaltis, como mandante o Corinthians fez 15 gols na temporada e oito foram aéreos (53%). O Botafogo levou 13 gols fora de casa no ano, e oito deles (62%) foram a partir de ataques aéreos.
  • E dos últimos oito gols que o Corinthians sofreu, seis (75%) foram marcados repetidamente em cruzamentos, inclusive os últimos quatro. É majoritariamente pelo lado esquerdo do ataque que os adversários mais conseguiram fazer esses gols.
  • Após 11 jogos sem vencer fora em jogos oficiais, o Botafogo derrotou o Paraná, pela Copa do Brasil. Terá de suar para repetir a dose: o Corinthians não perde como mandante há oito jogos (67%, 4V, 4E). Depois de perder cinco pontos em nove em casa (56%), o Botafogo precisa recuperar fora de casa.
 — Foto: Espião Estatístico

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  • O Santos tem tantas dificuldades para anular ataques aéreos que levou assim gol do Vasco, com um gol aéreo em 12 sob o comando de Ramon Menezes até então, sem contar pênaltis e faltas diretas. Ceará é especialista: tem a terceira maior média de gols aéreos (0,77 por jogo) entre times da Série A.
  • A favor do Santos para a indicação do empate há o histórico te complicar a vida do Ceará quando joga lá: em quatro confrontos pela Série A de 2006 em diante, o Ceará só venceu um, e o Santos, dois.
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Favorito >> Palmeiras

  • Fora de casa, o Palmeiras se guia pela força de sua defesa, a menos vazada quando visitante em toda a temporada entre os times da Série A. Em 11 jogos fora de casa, a equipe não levou gol em sete (64%) e a média de gols sofridos está em 0,45 por jogo.
  • Nos últimos seis jogos em casa, o Bragantino venceu dois (Guarani e Fluminense), empatou dois (Botafogo-SP e Botafogo) e perdeu dois (Corinthians e Coritiba). Marcou seis gols e sofreu sete.
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  • Sempre sem contar pênaltis e faltas diretas, dos últimos nove gols do São Paulo, sete foram marcados a partir de jogadas aéreas. Será um teste para a defesa do Fluminense, que a partir da Taça Rio, começou a sofrer com jogadas aéreas e levou assim cinco de oito gols.
  • No Brasileirão, apenas dois de sete gols foram sofridos dessa forma pelo Fluminense. Coincidentemente, Igor Julião virou lateral-direito, e Luccas Claro entrou na zaga. O Fluminense leva menos gols aéreos quando eles jogam, mas a dupla pode ficar fora no domingo. A ver.
  • O São Paulo também precisará de muita atenção ao jogo aéreo do Fluminense. Dos últimos dez gols que o São Paulo levou, sete foram aéreos, inclusive dois na derrota por 3 a 0 para o Atlético-MG, rodada passada. Dos 12 gols aéreos que o São Paulo levou no ano, só em cinco Bruno Alves estava em campo.
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Favorito >> Internacional

  • Melhor defesa da temporada entre os times da Série A (média 0,52 gol sofrido por jogo), em casa o Internacional disputou 13 jogos e não levou gol em dez. Como visitante, disputou 14 jogos e não sofreu gol em sete. Foram 27 jogos e saiu de campo sem levar gol em 17 (63%). No Beira-Rio, nenhum time fez mais de um gol no Inter.
  • A vantagem do Internacional em casa quando recebe o Bahia reforça seu favoritismo para esta partida: de 2006 em diante, pela Série A, quando mandante a equipe gaúcha venceu cinco vezes e só perdeu uma, no Brasileirão de 2013.
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Favorito >> Vasco

  • O Vasco é um fenômeno neste Brasileirão. Está entre as equipes que menos finalizações faz no Brasileirão, foram 55 em seis jogos, média 9,2 por partida. Mas é disparado o ataque mais eficiente: pelos gols esperados (xG) era para ter cinco gols, mas já marcou dez.
  • Mesmo tendo disputado quatro jogos em casa, o Athletico-PR só venceu uma das últimas seis partidas que disputou. Empatou outra e perdeu quatro. Aliado a isso, tem a história: o Vasco venceu cinco e só perdeu uma vez em dez jogos em que recebeu o Athletico de 2006 para cá pela Série A.
  • Só Bragantino e Atlético-GO têm menor eficiência defensiva do que o Athletico-PR no Brasileirão. Pelas estatísticas de gols esperados (xG), era para a equipe paranaense ter levado cinco ou seis gols, mas o time já sofreu oito.
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Favorito >> Grêmio

  • O Grêmio tem a quinta melhor defesa da temporada (média 0,73 por partida) e é o que vem sustentado o time, apesar de vir de duas derrotas seguidas, a última em casa para o Sport no Brasileirão. Em 13 jogos fora de casa, não levou gol em oito.
  • A estatística de gols esperados (xG) indica que o ataque do Grêmio é o terceiro que mais produz finalizações de qualidade. Mas é disparado o mais ineficiente do Brasileirão: era para ter nove gols, mas só fez quatro. Só que com esse volume de produção a fase pode mudar a qualquer momento.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Sport

  • As duas equipes passam por momentos muito ruins, com uma vitória, um empate e quatro derrotas (aproveitamento de 22%). Mas tem um detalhe aí: o Sport disputou quatro desses jogos como visitante, mas agora será mandante. O Goiás fez quatro em casa, e agora será visitante…
  • Embora o futebol apresentado pelo Sport esteja deixando o torcedor preocupado, a história aponta que a equipe pernambucana se impõe quando recebe o Goiás. Em cinco jogos de 2006 para cá, venceu quatro e só perdeu uma pela Série A.
  • Os contra-ataques têm sido um problema para o Goiás. Dos últimos sete gols que levou, dois foram nesses lances. Na temporada, tem a terceira pior média de gols sofridos dessa forma (0,19 por partida). O Sport não é um especialista, mas seu novo técnico, Jair Ventura, gosta e pode mudar isso.
 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Atlético-MG

  • O Coritiba tem a pior média de gols sofridos em contra-ataques (0,28) no ano, inclusive os dois últimos que levou foram assim. O Atlético-MG tem quatro gols em contragolpes entre os últimos 16 gols que marcou, um a cada quatro. No ano, tem entre times da Série A a quarta maior média desses gols (0,24).
  • Sem contar pênaltis e faltas diretas: se pode ter problemas com contra-ataques, o Coritiba pode se impor com as jogadas aéreas: todos os seus últimos cinco gols foram feitos assim e também 12 dos últimos 16 (75%) que marcou. O Atlético-MG levou sete dos últimos 11 gols (64%) em bolas aéreas.

Metodologia

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados aplicada a 66.203 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 2.724 jogos de Brasileirões. Para esta temporada, passamos a considerar os jogos realizados desde a edição de 2013. Além de a base de dados ter sido ampliada em uma temporada, também passamos a considerar a altura dos goleiros que sofreram cada uma dessas finalizações, a diferença de valor de mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson bivariada, que calcula as probabilidades de eventos – no caso, os gols de cada equipe – acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo).

Resultado

Favoritismos acertou 24 resultados em 64 partidas analisadas, aproveitamento de 38%.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti. (Favoritismo/Globo Esporte)