A direção dos correios não aceitou a proposta de conciliação apresentada pelo vice-presidente do TST, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho na audiência de conciliação. A mediação foi pedida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Na mesa, o ministro Mello Filho sugeriu que o Acordo Coletivo do Trabalho (ACT) assegurando os atuais benefícios dos trabalhadores, em contrapartida os trabalhadores não teriam a reposição salarial de 5%, este ano.
O representante dos trabalhadores disse que a proposta seria levada para assembleias em todos os estados, e a tendência seria de aceitação. A direção não aceitou.
Embora tenha alegado prejuízos por causa da pandemia, durante a reunião no TST, a direção da ECT ADMITIU que, no primeiro semestre deste ano, a ECT teve um lucro de R$ 614 milhões em plena pandemia.
Um lucro que custou a vida de mais de 130 trabalhadores que morreram vítima do coronavírus para a ECT não parar.
Assim, por intransigência da empresa e do governo em retirar os direitos dos trabalhadores, como ficou nítido nessa reunião, os trabalhadores decidiram manter a greve.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintect), Edmar Leite, a estratégia da empresa é precarizar ainda mais os serviços dos Correios para privatizar a empresa no próximo ano.